Por Elisângela Feitosa

Difícil
esquecermos sua primeira vez em Assú – esteve conosco junto a outros Fraters em
missão pela sua Congregação, a Congregação do Sagrado
Coração de Jesus, PE/Brasil – aonde pode estar visitando diversas famílias das capelas
de comunidades pertencentes a nossa Paróquia. Retorna agora para morar e
cumprir estágio que faz parte da formação de um seminarista.
Fr. Henrique ganha admiradores pela simpatia e simplicidade,
sobretudo, sabedoria em suas homilias como também em suas aulas na Escola da Fé
(nas noites de quinta-feira, no Salão
Paroquial). Confira entrevista completa:
EF: Conte-nos sobre o seu chamado à vida dehoniana: a
história vocacional e as figuras significativas que o acompanharam.
A minha experiência, primeiramente, não foi com os dehonianos e sim, com
os diocesanos onde eu fiquei por três anos. E lá com os diocesanos eu tive a
oportunidade de conhecer alguns padres dehonianos que davam aulas. Mas o que me
encantou, sobretudo, o foi a forma como eles se relacionavam – e, alguns traços
foram marcantes, como a fraternidade e o respeito pelo outro, o cuidado que se
tinha pela pessoa humana, pela pessoa do religioso. Então isso favoreceu com
que eu entrasse num processo de discernimento e fizesse a opção de entrar na Congregação
do Sagrado Coração de Jesus.
Pessoas que foram importantes nesse processo, posso citar o Pe. Zezinho
(que sempre me acompanhou desde minha infância e adolescência através de suas
canções); em seguida aqueles Padres em que convivi mais de perto: Pe. Pedro,
Pe. Valmir, Pe. André e Pe. Sales que foram meus primeiros formadores. Teve
também o Fr. Carlos Eduardo, hoje Diácono Carlos – que foi àquele que me acompanhou
em minha transição e entrada para a vivência dehoniada; bem como o padre
provincial na época Pe. Alexandre, por fim o Pe. Daniel (que se tornou um
referencial em minha vida) na época quando o conheci ele estava na luta contra
um câncer e, o que mais chamava atenção era como ele lidava com isso... ele
nunca demonstrava ficar triste ou preocupado com a doença, mas ele vivia bem o hoje com esperanças.
EF: O que mais tem ajudado a viver com fidelidade a vocação dehoniana?
Primeiro, reconhecer que a vocação não é meramente produto de um esforço humano, não é porque sou bom, inteligente... “e nem me considero essas coisas”. Mas é uma graça de Deus! Primeiramente é Deus que convida, é Deus quem nos chama e Ele vai colocando pessoas, que com seu exemplo, vão ajudando a moldar um pouco do seu comportamento enquanto cristão. Deste modo, o que têm me ajudado a vivência dehoniana é esta concepção: foi Deus. Ele é responsável, Ele é aquele que nos/me chama.
E segundo, como já mencionei, são pessoas que na minha vida tiveram uma presença muito especial e, que dizem para mim assim: o carisma dehoniano é belíssimo de se viver, por mais dificultoso que alguns momentos pareçam ser, mas é o ideal que nos faz felizes. E tem um Padre que se tornou para mim um modelo, que até hoje em grandes momentos de minha vida de discernimento, inseguranças, alegrias – ele é aquele que me dá luz necessária para compreender aquilo que estou vivendo, sendo um referencial que quero seguir... falo do Pe. Eli (que foi meu mestre de noviços).
EF: Recentemente o Sr. recebeu título de sociólogo, e há 5 anos teve licenciatura em Filosofia – inclusive, em menos de 1 mês em Assú já está exercendo a profissão de professor (lecionando a disciplina de Ensino Religioso), conte-nos um pouco de sua experiência acadêmica.
De fato, eu recebi a licenciatura em Filosofia há 5 anos, e tive a experiência acadêmica no estágio pelas disciplinas pedagógicas do curso. Como também tive a experiência de lecionar em minha cidade – quando eu substitui um amigo que estava doente, e fiquei por 6 meses. Foi uma área que gostei muito! Me identifiquei bastante, porque não vejo como uma mera transmissão de conhecimento mas de ser um facilitador de conhecimento. E, lá em Taubaté, antes mesmo de terminar o curso de teologia tive experiência também de lecionar num curso de teologia para leigos que acontecia no período noturno. Então, desde que cheguei a Taubaté, já fui convocado para dar aulas na faculdade, fiquei responsável por algumas disciplinas. Outra experiência, também em Taubaté, foi junto ao Pe. Zezinho onde revezávamos a cada semana em uma missão – era o curso de teologia para leigos no Santuário de Santa Terezinha.
E, chegando em Assú, no intuito de criar vínculos e ter uma possibilidade ter contato maior com público jovem e, ao mesmo tempo por saber que aqui na cidade tem uma comunidade de religiosas, então verifiquei a possibilidade de ajudar. Foi então que a diretora ofereceu lecionar a disciplina de ensino religioso do 5º ao 9º ano, de terças a sexta-feira no período da manhã. E para mim é uma experiência enriquecedora! E tem feito muito bem, porque posso retribuir disseminando tudo aquilo que a Igreja investiu em mim durante esses 11 anos em minha formação sacerdotal.
EF: Qual o valor agregado desta preparação à consagração dehoniana e pela presença do Sagrado Coração de Jesus em sua formação?
Um grande tema de nossa Congregação é a “reparação”. O que significa você consertar aquilo que não vai bem, isso deve começar conosco. Então nossa congregação é brilhante porque em nosso processo formativo, ajuda-nos a perceber aquilo que não vai bem em nós; nos mostra os instrumentos necessários se não para curar, mas para remediar, e, consequentemente fazendo essa experiência de nos amar e aceitar como somos, nos predispomos também a amar as pessoas são. Claro, não querendo que elas sejam de acordo com aquilo que eu manipulo, acho certo ou correto, todavia confiando de que Deus age. Porque segundo o Papa Francisco: “a gente deve carregar a nossa vida do jeito que ela é. Ou sendo boa ou ruim, ou tendo muitas virtudes ou más vícios. Mas a gente deve carregá-la. Porque é nessa capacidade de carrega-la como ela é, que Deus vai agindo e operando mudanças”.
Assim, o tema da reparação foi primordial para eu me conhecer, perceber aquilo que de bom existe em mim (que as vazes não conseguia verificar) porém também de verificar aquilo que não vai bem e dizer assim: se quero ser um sacerdote do Coração de Jesus eu tenho que me parecer com Ele. E como Ele foi?! Não teve medo de se relacionar com pecadores, não tinha palavras de julgamento, mas sempre teve palavras amorosas que levava as pessoas a conversão. E é essa experiência que Pe. Dehon teve com o Sagrado Coração de Jesus, que ilumina o meu agir.
EF: Têm-se ouvido muitos comentários de suas homilias, aulas na Escola da Fé, de que o Sr. emana sabedoria, e, que em suas palavras e seu jeito humilde e simples de ser tem ganhado cada vez a atenção e os corações dos fieis de nossa Paróquia, que de fato, já o querem e o têm como “padre”. O que o Sr. acha disso?
Sempre acho que o povo é muito generoso, não é?! Muito generoso, muito amável e acolhedor! Eu sempre tenho a preocupação de preparar bem as homilias, porque a gente sabe que grande parte das pessoas que frequentam as nossas missas – a única oportunidade que elas têm de ter esse envolvimento com a Igreja é na Missa. Nem todos participam de movimentos e de pastorais, então para mim, a homilia continua sendo um momento muito particular pra nós catequizarmos, para tocar o coração das pessoas e até mesmo despertar consciência de elas se comprometerem mais com a igreja. Portanto, uma homilia bem preparada é um direito dos fiéis e uma obrigação daquele que prega. Não pregar para si mesmo, não pregar o que pensa, mas pregar o Cristo ensinou.
Quanto a Escola da Fé, ela tem um teor mais acadêmico, então a forma como falo na homilia é diferente de como falo na Escola da fé – onde tratamos dos livros bíblicos e daí eu trabalho com o contexto histórico, o sentido teológico e a aplicação para vida. E, talvez as pessoas ficam admiradas, mas não é com o Frater, mas sim porque é algo novo em nossa Paróquia (por iniciativa do Pe. Luiz em implantar a Escola da Fé) afim de fazer com que os nossos fieis sejam mais amadurecidos no caminho de Cristo, com isso, faz com que a Bíblia seja de fato algo primordial na evangelização. O próprio São Jerônimo dizia: “sabedoria da Sagrada Escritura é conhecimento de Cristo. Ignorar a Sagrada Escritura ou o não conhecimento da Sagrada Escritura é não conhecer a nosso Senhor”.
Então eu vejo isso como bondade do povo! E o esforço que tenho que fazer não é para falar bem, entretanto para viver aquilo que se fala. Ai está o diferencial e, é o que vai fazer o povo gostar do Frater.
EF: Sua cidade natal é Vitória de Santo Antão/PE – contudo cresceu em Gravatá, que é onde sua família reside, do que mais sente saudades do lugar onde cresceu?
De Gravatá sinto muita saudade, principalmente no início de minha adolescência quando eu comecei a ser mais ativo na igreja. Como eu já cantava, tinha uma certa entonação no início da adolescência, então fui convocado para o coral das crianças e depois eu fui só crescendo, no sentido de conhecimento com relação as coisas da igreja. Entrei no grupo de coroinhas e tinha como exemplo, o meu Pároco (já falecido), na época o Pe. Monsenhor Cremildo. Tinha como exemplo porque gostava da forma como ele trava as coisas de Deus, com muito zelo e cuidado e era uma pessoa que desgastava totalmente pelo reino de Deus. Então isso fez brotar em mim o chamado vocacional. Bem como sinto também saudades das amizades que fiz quando era coroinha, porque na época, o grupo de coroinhas eram formados por 150 rapazes – firmei muitas amizades ali e hoje ainda, apesar da distância geográfica, mantemos contato firmamos esse laço de amizade, sempre quando vou a Gravatá nos encontramos e saímos para conversar, se divertir.
EF: Tenho uma ‘pequenina mania’ de buscar o significado dos nomes próprios. Descobri que Henrique significa: Henrique: "senhor da pátria" e traduz uma pessoa prestável, sempre disponível para s amigos”. E Benjamim: deriva do hebraico Benyamin e significa "o filho da mão direita ou da felicidade". Interessante, não é mesmo? Isto traduz um pouco do que tu és ou chega próximo a sua definição de “quem sou eu”?
Acho que sim, apesar de minha mãe não ter procurado o sentido do meu nome (na hora da escolha), a gente ver que na cultura bíblica o nome tem essa finalidade de falar da identidade da pessoa e da missão daquilo que ela vai desempenhar. Modéstia parte eu me considero uma pessoa “disponível” e sei que tenho uma grande dificuldade de dizer “não” as pessoas. Quando eu digo não a alguém, é porque de fato chegou num limite que eu não sei o que fazer ou como fazer. Mas eu vejo que essa disponibilidade não é algo que surgiu de forma gratuita em mim, no entanto é exatamente pela convivência que tive com pessoas (Padres) que não colocavam empecilhos e obstáculos para servir ao povo de Deus. Como o Monsenhor Cremildo, era um padre de 68 anos e pároco de uma cidade com mais de 70 comunidades, sozinho ele dava assistência a todas. Apesar de ser idoso, não colocava empecilho por causa de sua doença ou seus limites.
Assim, tudo isso foi moldando a minha personalidade para dizer assim: ora, se eu quero seguir esse caminho, eu tenho que guardar a minha vida não para mim, mas utilizá-la para o bem das outras pessoas, e por isso a gente é feliz. Então o significado do “Henrique” parece sim. Quanto ao “Benjamim” que é filho da minha direita ou esquerda, ai eu já não sei dizer muito porque na cultura bíblica o sentar-se à esquerda significa ter a mesma autoridade. Eu vejo que não tenho muita autoridade sobre nada; e quanto ao da direita eu não queria ser muito este, porque significa “angústia”. Então prefiro só ficar com o Henrique mesmo.
EF: O que
espera do futuro?
Espero que cada vez mais eu finque meu coração aqui na cidade do Assú;
que eu aprenda cada vez mais a amar este povo, tenho certeza que não é por
acaso que entrou em minha vida. Deus quando me enviou até aqui, Ele tem seus
propósitos, alguma coisa Ele quer me ensinar, alguma coisa Ele quer tirar de
mim (no sentido de meu sacerdócio). E tenho certeza que Assú será uma escola
para mim, para que eu seja um bom padre! Outra coisa que espero, depois de 11
anos de formação no seminário, é a definição das datas para estes momentos
finais: votos perpétuos, o diaconato e o presbiterado.
EF: O Sr. já tinha estado conosco (em nossa Paróquia) em missões, e agora retorna para morar e realizar seu estágio, o que tem achado de nossa acolhida? O que gostarias de dizer à comunidade açuense?
Estive aqui na 1ª semana missionária realizada pela congregação, MDJ onde pude estar presente em algumas comunidades pertencentes a Paróquia. Como também no segundo quando retornei. Foi uma experiência muito boa que nos engrandece, visitamos todas as casas, sem exceção. E a gente escuta histórias de fé e superação que nos animam em nossa fé. Relatos que a gente percebe que na simplicidade do povo existe uma sabedoria que não é fruto do saber acadêmico, mas de uma experiência com Deus.
Isto faz com que quebremos nosso orgulho, porque por vezes nós podemos pensar que só porque passamos 11, 12 anos no seminário, então somos dono do saber. E nós não somos donos do saber. Podemos ter uma maior facilidade de transmissão do saber, no entanto a vivência ela não depende de faculdade, e sim de um coração simples.
Entretanto é muito diferente vir aqui quando é apenas uma situação de semana missionária... outra coisa é quando você vem para exercer o pastoreio. Porque nesta última situação, é colocado diante de você aquilo que vai bem na comunidade, mas também aquilo que ainda é preciso melhorar. E diante disso há a interrogação: o que posso fazer? Qual minha contribuição? Porque no trabalho pastoral temos que saber que nem todo mundo trabalha no meu tempo. Cada um tem seu tempo, tem uma forma diferente de acolher as mudanças, e que temos que implementar pouco a pouco. Primeiro adquirir a confiança, depois mostrar que as mudanças não são frutos de um querer subjetivo, mas é fruto do que a igreja ensina e para o bem da comunidade.
Graças a Deus até agora, eu tenho sido muito bem acolhido! Já tive reunião com a comunidade de São José, no bairro Frutilândia e lá já fizemos algumas mudanças com relação a Liturgia – todos acolheram com bom grado. Então percebe-se que o povo tem essa sede, nos acolhem como de fato enviados do Senhor. E eu desejo é que eu não frustre ninguém, que eu faça o diferencial na vida da comunidade já que aqui estarei até o mês de dezembro.
EF: Fr. Henrique além do dom da palavra, têm também o dom da canção e melodia em sua vida. Como é poder tocar os corações das pessoas através de sua voz? O sr. pensas um dia poder seguir esta carreira?
Como eu falei, o Pe. Zezinho sempre teve uma presença forte em minha vida, porque eu sou de uma cidade do interior, e lá era costume colocar as músicas dele para tocar na corneta, antes da missa começar – então eu sempre fui catequizado pelas canções dele. Mas eu nunca esperei ir morar com ele, tanto é que a primeira vez que eu fui a Taubaté, juntamente com outros Fraters (Rofrigo, Manuel e Valdinan que foram fazer vestibular de teologia, na época), quem estava na porta do convento era o Pe. Zezinho. E eu fiquei muito impressionado pela simplicidade, a forma dele dialogar, uma pessoa que mesmo sendo tão famoso (é um dos mais conhecidos da Igreja Católica não só aqui no Brasil, mas em todo o mundo) – ele compôs 1700 músicas e dessas ele gravou 1400, então de uma hora para outra eu estava morando com àquele que sempre fora meu ídolo! E também o Pe. Joãozinho, e o Pe. Fabio de Melo que era vigário paroquial na paróquia em que eu trabalhava. Então para mim, isso era muita graça! Porque tive a oportunidade de crescer muito com eles!
Mas eu sempre me recordei das seguintes palavras do Pe. Zezinho: “se prenda ao altar e não ao palco. Porque o palco passa, mas o altar permanece”. Hoje eu não penso seguir uma carreira. Eu penso em ser um padre do interior, de uma paróquia e em alguns momentos utilizar da canção para evangelizar. Como diz Pe. Zezinho: “eu não sou um cantor, eu sou um padre que evangeliza através da canção”. Então esse também é o meu desejo! De fato, eu tive experiência de gravar algumas canções. No YouTube tem vídeo em que eu participo da gravação do Hino da Jornada Mundial da Juventude de 2016, junto com alguns colegas dehonianos, Pe. Zezinho, Pe. Joãozinho, o Walmir Alencar e outras pessoas famosas. E também tive a experiência de fazer dois shows: na Basílica de Aparecida dia 9 de abril, e outro na TV Canção Nova em junho do ano passado no acampamento do Sagrado Coração de Jesus.
Hoje existe uma proposta, sobretudo do Pe. Josemar e Pe, Fred, que eu e mais outros dois dehoniados gravemos um CD, para ajudar na formação sacerdotal. Contudo, essa é a finalidade e não a promoção de a ou de b, mas para o bem da congregação. Assim sendo, o meu desejo é ser padre, e se lá na frente Deus me indicar que pela canção eu evangelizo mais, então que Ele me mostre. Todavia até agora Ele me mostra a paróquia.
EF: O Sr. Já cantou junto a alguns padres famosos, não foi? Qual sua relação com eles? Conte-nos como foram estes episódios, onde aconteceram, como surgiram tantos convites?
Minha relação com Pe. Joãozinho em primeiro momento foi acadêmica, já que desde em que chegamos a Taubaté, além dele ser diretor da faculdade dehoniana, ele era professor de várias disciplinas. E como ele morava no convento, ele me viu cantar. Da mesma forma o Pe. Zezinho (um pouco diferente) porque alguém ouviu eu fazendo uma palestra e, me elogiou para ele. Então ele queria saber se de fato eu me comunicada bem. Foi quando ele marcou um encontro junto aos leigos de Taubaté nas segundas-feiras que se dava da seguinte forma: ele dava um tema, lia as leituras e depois tínhamos que fazer uma discussão – e ai ele disse na primeira vez que eu participei do encontro: agora quem vai falar é o Henrique. Foi então que criou esse costume, se tinha alguma palestra, ele me enviava. E como ele sabia que eu gostava muito das músicas dele, e no período ele não podia cantar (porque ainda estava com sequelas do AVC), nos encontros ele fazia uma brincadeira: apenas assobiava e eu tinha que começar a cantar aquela determinada música! E em alguns momentos, eu cantava algumas canções que ele nem lembrava que era composição dele mesmo, isso foi muito interessante! Até que um dia eu cantei para ele em uma missa, a qual ele presidia (era celebração em Ação de Graças de seu aniversário). Cantei uma das missas mais antigas que ele compôs, chamada Missa Ágape. Foi a partir dali que ele começou a querer que eu também caminhasse pelo lado da música. Foi assim que surgiu a possibilidade de fazermos esse show (eu e mais fraters), na TV Canção Nova e Aparecida.
E, com Pe. Fábio de Melo foi mais questão de pastoral, porque ele mora em Taubaté e trabalhava na paróquia onde eu atuava como Frater. Então digo que nossa relação foi mais pastoral, nada muito relacionado com a canção, até porque ele não pode cantar em todos os lugares, pelo fato de ter um contrato com a Globo, o que acaba diminuindo essa liberdade.
E com Pe. Joãozinho, eu tive ainda um pouco mais de possibilidades, agora em fevereiro antes de vir a Assú, por exemplo, fiz um show com ele em Gravatá. E foi um momento de muita graça! Porque o Pe. Joãozinho é um artista, é uma pessoa muito criativa, ele é um grande evangelizador! Então de fato é uma escola de sabedoria e, no meu processo formativo, o Pe. Joãozinho foi o meu orientador de síntese, assim sempre tivemos muita proximidade.
EF: Para encerrar, Frater Henrique em
poucas palavras:
Poema favorito? A amizade, Cora Coralina.
Autor favorito? Josef Rasselnberg.
Um exemplo? Minha mãe.
Um exemplo? Minha mãe.
Uma lembrança boa? Minha entrada no seminário.
Uma lembrança não muito boa? A morte de meu pai.
Uma lembrança não muito boa? A morte de meu pai.
Um fato engraçado? Quando no show da Canção Nova, fiquei nervoso porque não sabia a
letra da canção que eu ia cantar.
Lugar favorito? Minas Gerais.
Pe. Dehon? Ação e oração.
Assú? Cidade de povo
religioso, acolhedor e simpático.
Pe. Luiz Alípio? Acolhedor e amigo.
Beata Lindalva e São Cristóvão? Exemplos a serem
seguidos hoje e sempre.
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