domingo, 30 de abril de 2017
1ª Jornada Paroquial da Juventude - Beata Lindalva e São Cristóvão
Kairós na Compasa
sábado, 29 de abril de 2017
Experiência de Emaús, Experiência da Comunidade
Pe. Luiz Alípio, scj!
A Liturgia do
3º Domingo da Páscoa reflete a caminhada a Emaús como uma pedagogia catequética
para entendermos o significado litúrgico e existencial da ressurreição de Jesus
Cristo. Nessa passagem bíblica (Lc 24, 13-35), podemos elencar alguns pontos
importantes:
·
Jesus
começou a caminhar com eles: dois discípulos partem tristes para Emaús. O
número dois na Bíblia já se configura uma comunidade. Esses dois discípulos
simbolizam a comunidade triste, desnorteada, sem esperança diante do infortúnio
da morte de Cristo. Caminham a sós com o grande risco de ter outras referências
que não seja o Cristo. A verdadeira comunidade caminha com Jesus. Imbuídos por
tal desamparo, Jesus começou a caminhar com eles. A comunidade que caminha com
Jesus só tende a crescer, pois Ele é aquele que sempre se coloca em nosso
caminho, já que ele mesmo disse: “Eu sou o Caminho” (Jo 14, 6).
·
Depois de descrevem o infortúnio da morte de
Cristo, Jesus começa a explicar-lhes as
Escrituras, as passagens que apontavam a morte e ressurreição do Messias. A
tristeza tem o poder de vedar os olhos da esperança. Ela deixa nossa vida sem
muitas expectativas para a Vida que há de vir. Ela tem seu ápice e sua força
maior na morte. Quando a comunidade passa pela experiência da decepção e
tristeza, a Sagrada Escritura é o melhor meio para entendermos os absurdos e
encantos da vida. A Palavra de Deus alivia, conforta, reconforta, reanima,
reacende e recoloca a comunidade no verdadeiro Caminho.
·
Ao término da explicação da morte e ressurreição
de Cristo feito pelo mesmo aos discípulos, ao cair da tarde, eles insistem para
que o peregrino (Jesus) fiquem com ele: Fica
conosco, pois é tarde e o dia já declina. Fica conosco Senhor! Permanece
conosco Senhor! É a prece da Comunidade. A hospitalidade dos judeus faz parte
do Código da Aliança. Uma vez Jesus falou da necessidade de acolher as
pessoas... (Cf. Mt 25).
·
Depois
eles foram cear: sentaram-se a mesa que era o mesmo que partilhar a vida
mútua. Na mesa do Altar, compartilhamos a vida de Cristo. Depois ele tomou o pão, deu graças, distribuiu e nisto Jesus foi
reconhecido. Eles reconheceram Jesus ao partir o pão. Jesus reconhece como verdadeira
comunidade sua aquela que não somente partilha a Eucaristia, mas que também
serve a mesa do pobre.
·
A Eucaristia é o óculos da fé. Ela abre nossos
olhos para as incertezas e conflitos da vida. É o sacramento da unidade,
voltamos aquela mesma unidade que tínhamos perdido com o advento da morte. Ela
traz esperança. Por sua força, faz memória do sacrifício de Cristo na cruz e
nos dá alegria de antecipar as iguarias no banquete eterno. Colocamos intenções
nas celebrações pelos finados porque não só rezamos, em comunidade, por eles
que aguardam a ressurreição final, mas porque queremos fortalecer nossa fé na
vida presente e na vida eterna.
·
Os discípulos ficaram tão felizes que
exclamaram: não ardia nosso coração?
Muitas vezes, na vida em comunidade, necessitamos de alguém inspirado que nos
ajude a recolocar a Palavra de Deus no centro da nossa vida. Necessitamos de
companhia, de alguém que caminhe, oriente e reconduza a nossa vida ao Cristo.
·
Realmente
o Senhor ressuscitou! A última parada da caminha catequética comunitária é
chegar no fim e compreender: realmente o Senhor ressuscitou! A ressurreição é a
chegada depois de uma longa caminhada nessa vida para a vida eterna.
·
Toda a catequese da Igreja visa essa linda
conclusão: realmente, o Senhor ressuscitou! Pedro, ao proclamar o Kerigma, termina-o
falando sobre a ressurreição de Cristo (At 2, 32), pois este acontecimento é o
centro da fé crista que dá sentido a vida da comunidade.
Assim, a
experiência de Emaús, muitas vezes, é a experiência da Comunidade. Uma
comunidade que deve ter Cristo como referência e centro; uma comunidade que
busca nas Sagradas Escrituras inspiração; uma comunidade cujo líder reorienta
para o verdadeiro Caminho; uma comunidade que celebra a partilha no pão no
Altar e na mesa do Pobre; uma comunidade que professa a Ressurreição de Nosso
Senhor!
sexta-feira, 21 de abril de 2017
O Dom do Ressuscitado: a Paz!
Pe. Luiz Alípio, scj!
A Liturgia do 2º Domingo da Páscoa,
mas propriamente o Evangelho (Jo 20, 19-31), narra a aparição de Jesus
Ressuscitado à comunidade dos discípulos reunidos, transmitindo-lhes o
maravilhoso dom da paz.
Na literatura bíblica, a
palavra paz significa Shalom, que por
sua vez designa tranquilidade, confiança
e serenidade. A narrativa do Evangelho descreve que os discípulos estavam
trancados com medo dos judeus. Ao aparecer no meio deles pavorosos e confusos,
Jesus acalma seus corações transmitindo simplesmente aquilo que muitas vezes
falta em nossa vida: paz! Ou seja, tenham confiança! Percam o medo! Eu estou
com vocês até o fim!
Muitas vezes, em nossa vida,
experimentamos angústias, decepções, fracassos, medos e nos trancamos no porão
da nossa existência. É preciso abertura para que a luz do Ressuscitado afugente
nossos tremores, deixar que a sua claridade atinja o mais recôndito do nosso
ser, acalmando, suavizando e serenizando nosso coração.
Nessa aparição de Jesus
Ressuscitado, há um pormenor a ser considerado. No Evangelho diz que Jesus apareceu no meio dos discípulos.
Esse versículo traz uma mensagem forte para a nossa vida. Jesus se coloca no
centro da comunidade, Ele é o centro da Igreja e também deve ser o centro
particular da vida de cada um de nós. E no centro está a nossa paz: Ele é a nossa paz!
Na aparição do Ressuscitado,
faltava Tomé. Naturalmente, ele duvidou que Jesus Ressuscitado da morte
tenha-lhes aparecido. Humanamente falando, Tomé necessitava de provas. Contudo,
no primeiro dia da semana, eis que Jesus aparece-lhes outra vez, desejando a
paz e tirando a prova de Tomé. E ele diz uma bem aventurança salvífica: Bem aventurados aqueles que creram sem terem
visto. Somos esses benditos de Deus! Nunca vimos Jesus Ressuscitado, mas
cremos que Ele está vivo em nossa fé; cremos no testemunho dos apóstolos que
derramaram suas vidas pelo Kerigma (Anúncio da Vida, Paixão, Morte,
Ressurreição e Ascenção de Jesus); cremos mais eficazmente quando na Eucaristia,
Sacramento do Altar, comungamos seu Corpo e Sangue ressuscitados.
Ao ver Jesus, Tomé fez uma
linda profissão de fé: meu Senhor e meu
Deus! Diariamente, somos inspirados por Tomé a professar essa pequena e
grandiosa fé diante de todos os acontecimentos mundo: Tu és meu Senhor e meu Deus, a Paz da minha vida!
segunda-feira, 17 de abril de 2017
Celebração da Páscoa e 1º Eucarístia
domingo, 16 de abril de 2017
NOTA de apoio e solidariedade a nosso Pe. Luiz Alípio
Com profundo pesar, que comunicamos o falecimento do senhor Carlos Luiz de Sousa, mais conhecido como Carlinhos, (Pai do Pe. Luiz Alípio), que veio a óbito no dia 15 em Sousa/PB.
Toda a cidade do vale do Assú, bem como nossa Paróquia da Beata Lindalva e São Cristóvão, se solidariza com o Pe. Luiz e sua família neste momento difícil.
sábado, 15 de abril de 2017
Celebração da Vigília Pascal
sexta-feira, 14 de abril de 2017
As quatro noites da salvação
Pe. Luiz Alípio, scj!
A Liturgia da Vigília Pascal ou
Sábado de Aleluia, é a Vigília das vigílias. É a maior festa cristã:
Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Liturgicamente, iniciamos a
celebração com a bênção do fogo novo que há de ascender o Círio Pascal,
simbolizando a Luz que afugentou as trevas do desespero da morte. Cristo é a
luz da nova vida n’Ele, por Ele, com Ele e para Ele.
A Igreja fica com as luzes
apagadas, no escuro e o ministro da celebração entra carregando o Círio Pascal
e cantando: “Eis a Luz de Cristo” e a assembleia responde à medida que ascendem
as velas: “Demos graças a Deus”. Ao chegar no presbitério, entoa-se o Exulte,
proclamando a Páscoa do Senhor, num harmonioso refrão: “Oh noite de alegria
verdadeira! Que une de novo o céu e a terra inteira”. É a Noite das noites.
Na literatura bíblica, há quatro
noites da salvação. A primeira noite foi quando o Senhor Deus se manifestou
sobre o mundo para cria-lo. É a noite do Amor Humilde. O mundo estava em trevas,
Deus veio com a luz e o salvou.
A segunda noite da salvação foi
quando o Senhor se manifestou a Abraão. É a noite da Fé. Abraão é convidado a
sacrificar seu único filho para provar se realmente ama o Senhor. Ele é convidado
a sacrificar aquilo que mais ama: Isaac. Ele oferece a Deus o seu maior amor. É
a noite da provação da fé.
A terceira noite da Salvação foi
quando o Senhor se manifestou aos egípcios. É a noite da Esperança Libertadora.
É a noite em que Moisés com o braço poderoso de Deus liberta do povo da escravidão
no Egito.
E, por fim, a noite do Messias, ou
do Amor Crucificado/Ressuscitado, do Amor Vitorioso. O Messias virá como luz na
noite, Palavra no silêncio, Vida vitoriosa sobre a morte.
Eis a noite verdadeira. Uma noite
de alegria. A noite do Amor glorioso e vitorioso. Eis a noite da Luz, uma luz
brilhou no mais recôndito da nossa existência: a luz da ressurreição. Essa é a
noite da fé, da fé no Cristo Ressuscitado. Essa é a noite da esperança cristã,
a esperança na ressurreição. Essa é a noite da vida, vida ressuscitada.
Aleluia! Aleluia! Ele vive! Oh noite gloriosa!
Celebração da Paixão do Senhor
Após a Celebração da Paixão do Senhor, a assembleia foi em Via-sacra ao encontro dos fieis da capela de São José do Frutilândia até a capela de Santa Luzia no Dom Elizeu.
O CORAÇÃO DE JESUS ABERTO PELA LANÇA
“Mas um dos soldados perfurou-lhe o lado com uma lança e logo saiu
sangue e água. Aquele que o viu é que o atesta… E isto aconteceu para que se
cumprisse a Escritura: nem um só dos meus ossos se há-de quebrar. E ainda:
Hão-de olhar para aquele que trespassaram” (Jo 19, 34-36).
Primeiro Prelúdio: O último acto da Paixão de Cristo, a abertura do seu
lado, explica e resume toda a vida do Salvador. Tomou um Coração para o abrir
como a fonte de todas as graças.
Segundo Prelúdio: Dai-me, Senhor, a graça de beber nas fontes da
santidade e do amor.
PRIMEIRO PONTO: A ferida. – Vamos ao Calvário, depois da morte de Jesus.
A multidão afastou-se, os amigos ficam. Alguns soldados vêm verificar ou, se é
o caso, apressar a morte dos pacientes, para que o espectáculo do seu suplício
prolongado não entristeça o dia do sabbat.
Um dos soldados adiantou-se, portanto, e abriu o lado de Jesus com uma
lança. É um grande mistério da história sagrada, onde tudo é mistério e acção
divina. A ferida exterior é aqui a revelação simbólica da ferida interior, a do
amor. O amor, eis o algoz de Jesus! Cristo morreu porque quis, foi o amor quem
o matou … É assim que a Igreja canta, para saudar o Coração trespassado do seu
esposo: «ó Coração vítima de amor, Coração ferido por amor. Coração morrendo de
amor por nós!
Nosso Senhor permitiu este golpe de lança para chamar a nossa atenção
para o seu coração, para nos fazer pensar no seu amor que é a fonte de todos os
mistérios da salvação: as promessas do Éden, as profecias e as figuras da
antiga lei, a acção providencial sobre o povo de Deus, a incarnação, a vida, os
ensinamentos e a morte do Salvador. A abertura do lado de Jesus, é como a fonte
que regava o paraíso terrestre, é como a fenda do rochedo que deu a água para
saciar o povo de Israel.
SEGUNDO PONTO: O sangue e a água. – E saiu sangue e água, diz S. João. O
ferro ao retirar-se deixou jorrar uma dupla fonte de sangue e de água, na qual
os Padres da Igreja viram o símbolo desta outra maravilha de amor, os
sacramentos, canais preciosos da graça da salvação. – Rio de água que, no santo
baptismo e no banho da penitência, lava a alma da mácula original; rio de
sangue que cai todas as manhãs nos cálices dos altares, para se expandir pelo
mundo fora, consolar a Igreja sofredora do Purgatório e reanimar a Igreja que
combate sobre a terra; rio refrescante, onde o coração, ressequido pelos
trabalhos e pelas tentações, vai saciar-se de piedade, de caridade e de santa
alegria.
Senhor, concedei-me beber desta água e deste sangue, para não mais tenha
esta sede doentia das coisas do mundo que me tortura, e que eu seja inebriado
pelo vosso amor.
TERCEIRO PONTO: «Olharão para dentro daquele que trespassaram». – É a
palavra do profeta Zacarias, recordada por S. João. O profeta não disse:
«Olharão para aquele que trespassaram», mas «olharão para dentro daquele que
trespassaram: Videbunt in quem transfixerunt» (Jo 19, 38). S. João aplica estas
palavras à abertura do lado de Jesus; devia pensar no interior de Jesus, no
Coração mesmo de Jesus que ele pôde entrever pela chaga aberta do lado, no
momento do embalsamamento.
Esta ferida entrega-nos e abre-nos o Coração de Jesus. Espiritualmente,
nós aí lemos o amor que tudo deu, mesmo a vida. Neste amor mesmo, nós
reconhecemos o motivo e o fim de todas as obras divinas: Deus criou-nos,
resgatou-nos, santificou-nos por amor. No Coração de Jesus, é o fundo mesmo da
natureza divina que nós penetramos na sua mais maravilhosa manifestação. «Deus é
emot». S. João leu isto no Coração de Jesus.
Tenho necessidade de contemplar esta ferida para ver como eu sou amado e
como por minha vez devo amar. Lá hei-de aprender como um coração amante deve
agir, sofrer, tudo dar, até à morte, por Deus e pelas almas.
Vamos mais profundamente ainda, e vejamos tudo o que sofreu o mais
delicado dos corações: os desprezos, as calúnias, as traições, os abandonos, as
desistências. Todas as dores estão reunidas neste Coração e transbordam.
Sentiu-as todas, a todas santificou. Nas nossas dores, por mais extremas que
sejam, tenhamos confiança na simpatia e na compaixão deste Coração, que quis
assemelhar-se a nós no sofrimento, para ser mais compassivo e mais
misericordioso (Heb 2, 17).
Comecemos nós mesmos lamentar este amor que não é amado e por compadecer
com as suas dores.
Resoluções. – A abertura do Coração de Jesus recorda-nos o seu amor, a
sua bondade, o seu sofrimento. Ele espera de mim o amor em troca, a gratidão, a
compaixão. Eisme aqui, Senhor, para viver convosco e em Vós. Não permitais que
eu jamais me separa de vós e que vos esqueça.
Colóquio com Jesus na cruz.
quinta-feira, 13 de abril de 2017
O verdadeiro amor como oferta
Pe. Luiz Alípio, scj!
Com a celebração da Ceia do Senhor,
iniciamos o Tríduo Pascal, um tempo forte em nossa Igreja na qual ficamos
imbuídos e introspectivos liturgicamente da Paixão, Morte e Ressurreição do
Senhor Jesus.
Hoje, Quinta-feira Santa, a
Liturgia celebra o dia em que Jesus instituiu o Sacramento da Eucaristia, no
dizer de São João Maria Vianey, o
Sacramento do Amor. A palavra Eucaristia significa “ação de graças”. Damos graças
a Deus pela maior Graça que concedeu a humanidade: o Corpo e Sangue de Jesus
Cristo sacramentalizados como comida e bebida para a salvação: “quem come este
pão viverá eternamente” (Jo 6, 58).
Evidentemente, Jesus celebrou
outras eucaristias, isto é, outras ceias/refeições, mas a última Ceia se
destaca por ser não somente a última, mas sim pelo caráter mandatário de
Cristo: “Fazei isto em memória de mim” (Lc 22, 19). Jesus deixou seu Corpo e
Sangue como alimento e bebida para a vida do mundo: “Quem come minha carne e
bebe o meu sangue tem a vida eterna... Pois minha carne é verdadeira comida e o
meu sangue é verdadeira bebida” (Jo 6, 54-55).
Ao longo da história, a celebração
da Ceia do Senhor recebeu outros nomes: Eucaristia, Ágape, Fração do Pão, Mesa
do Senhor, Santo Sacrifício até chegar a palavra Missa que significa “Missão”
ou “Despedida”. Participar da Celebração da Missa é assumir a tarefa de ser um
verdadeiro cristão fora das quatro paredes da Igreja. É ser uma Eucaristia na
vida do outro, isto é, um canal e instrumento da graça de Deus.
Simultaneamente a instituição da
Ceia, Jesus ordena os apóstolos e sucessores para continuar a repetir o gesto
salvífico da última ceia: os sacerdotes. Mais uma vez citamos a máxima de São
João Maria Vianey: “O Sacerdote é o Amor do Coração de Jesus”, ele (o sacerdote)
celebra esse grande amor. A palavra sacerdote significa “aquele que oferece”,
ou seja, ele oferece o Santo Sacrifício da Missa. Ele não age em seu próprio
nome, mas “in persona Christi” e “in persona Eclesiae”, ou seja, age na
pessoa de Cristo e na pessoa da Igreja. Não é o padre que batiza, que perdoa os
pecados, que assiste os casamentos, que celebra a Missa, mas é Cristo que
batiza, perdoa, abençoa e oferece o Santo Sacrifício na mediação daquele que
preside e confere. Na celebração Eucarística, o sacerdote oferece o amor velado
nas espécies do pão e vinho que sustenta a Igreja. Como diz o Documento da
Igreja da Sagrada Liturgia, “a Eucaristia é o ápice da Igreja” (SC 10).
Para nós cristãos católicos, a
Missa é o maior ato expressivo de louvor a Deus. Um louvor não só litúrgico,
mas existencial. É por isso que na Missa há três mesas: a Mesa da Palavra
(alimentamos nossa fé ao escutar e refletir essa palavra), Mesa do Altar
(alimentamos nossa vida espiritual com o verdadeiro pão do céu) e a Mesa da
Caridade (dessa vez somos nós que alimentamos a vida do irmão que passa
necessidade, numa palavra: solidariedade). A Caridade ou a solidariedade é o
último gesto que Jesus institui no mais íntimo ser dos homens: o mandamento do
amor, o rito do Lava-Pés que não é somente um rito, mas um exemplo a ser feito
todos os dias. O amor não é uma opção, mas uma obrigação, um mandamento. Parafraseando
São Paulo na Carta aos Coríntios, “ai de mim se eu não amar”. Quando Jesus lava
os pés dos apóstolos, gesto tal que simboliza o abaixamento, serviço dos
servos, o Mestre e Senhor deu-nos esse exemplo: não existem pessoas melhores do
que as outras, mas sim, o que existe é o melhor serviço que prestamos no amor
aos irmãos. Não fazemos simplesmente ao outro, mas porque enxergamos nele a
face de Cristo.
Portanto, o amor é a palavra chave
da liturgia de hoje: o amor que se humilha (lava-pés), amor que se imola
(instituição da Eucaristia) e o Amor que se faz visível e atualiza o sacrifício
do Altar (sacerdote). Diante do presente do mandamento do Amor e do Lavatório,
só me resta que Cristo lave meus pés e a minha consciência. E tenho que que me
abaixar para lavar os pés dos meus irmãos com a caridade. Diante do presente da
Eucaristia, só me resta agradecer e recebe-la com o coração limpo e fazer-se
eucaristia para meus irmãos. E diante do presente do sacerdócio, só me resta
rezar a Deus para que mande santos sacerdotes à sua Igreja.
segunda-feira, 10 de abril de 2017
Encerramento do Tríduo da Beata Lindalva
Ontem, domingo (09) foi o encerramento do II Tríduo da Beata Lindalva, bem como Abertura da Semana Santa em nossa Paróquia.
A celebração iniciou com a Procissão de Ramos pelas ruas do bairro, seguindo até a Matriz. Foi presidida pelo Bispo Dom. Mariano junto ao Pe. Luiz Alípio, Pe. Dian, Fr. Henrique e seminaristas.
domingo, 9 de abril de 2017
2º dia do Tríduo da Beata Lindalva
A celebração de sábado (08) marcou o 2º dia do Tríduo da Beata Lindalva e, foi presidida por Pe. Carlos Alberto junto ao Fr. Henrique e seminaristas.
Liturgia Diária
1a Leitura - Isaías 50,4-7
Leitura do livro do profeta Isaías.
50 4 O Senhor Deus deu-me a língua de um discípulo para que eu saiba reconfortar pela palavra o que está abatido. Cada manhã ele desperta meus ouvidos para que escute como discípulo;
5 (o Senhor Deus abriu-me o ouvido) e eu não relutei, não me esquivei.
6 Aos que me feriam, apresentei as espáduas, e as faces àqueles que me arrancavam a barba; não desviei o rosto dos ultrajes e dos escarros.
7 Mas o Senhor Deus vem em meu auxílio: eis por que não me senti desonrado; enrijeci meu rosto como uma pedra, convicto de não ser desapontado.
Palavra do Senhor.
50 4 O Senhor Deus deu-me a língua de um discípulo para que eu saiba reconfortar pela palavra o que está abatido. Cada manhã ele desperta meus ouvidos para que escute como discípulo;
5 (o Senhor Deus abriu-me o ouvido) e eu não relutei, não me esquivei.
6 Aos que me feriam, apresentei as espáduas, e as faces àqueles que me arrancavam a barba; não desviei o rosto dos ultrajes e dos escarros.
7 Mas o Senhor Deus vem em meu auxílio: eis por que não me senti desonrado; enrijeci meu rosto como uma pedra, convicto de não ser desapontado.
Palavra do Senhor.
Meus Deus, me Deus, por que me abandonastes?
Riem de mim todos aqueles que me vêem,
torcem os lábios e sacodem a cabeça:
“Ao Senhor se confiou, ele o liberte
e agora o salve, se é verdade que ele o ama!”
Cães numerosos me rodeiam furiosos,
e por um bando de malvados fui cercado.
Transpassaram minhas mãos e os meus pés
e eu posso contar todos os meus ossos.
Eles repartem entre si as minhas vestes
e sorteiam entre si a minha túnica.
Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe,
ó minha força, vinde logo em meu socorro!
Anunciarei o vosso nome a meus irmãos
e no meio da assembléia hei de louvar-vos!
Vós que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores,
glorificai-o, descendentes de Jacó,
e respeitai-o, toda a raça de Israel!
2a Leitura - Filipenses 2,6-11
Leitura da carta de são Paulo aos Filipenses.
2 6 Jesus Cristo, sendo ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus,
7 mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens.
8 E, sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz.
9 Por isso Deus o exaltou soberanamente e lhe outorgou o nome que está acima de todos os nomes,
10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos.
11 E toda língua confesse, para a glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor.
Palavra do Senhor.
Evangelho - Mateus 27,11-54
N = Narrador
L = Leitor
P = Presidente
G = Grupo
N (Narrador): Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo segundo Mateus - Naquele tempo, 27 11 Jesus compareceu diante do governador, que o interrogou:
L (Leitor): És o rei dos judeus?
P (Presidente): Sim.
N: Respondeu-lhe Jesus.
12 Ele, porém, nada respondia às acusações dos príncipes dos sacerdotes e dos anciãos.
13 Perguntou-lhe Pilatos:
L: Não ouves todos os testemunhos que levantam contra ti?
N: 14 Mas, para grande admiração do governador, não quis responder a nenhuma acusação.
15 Era costume que o governador soltasse um preso a pedido do povo em cada festa de Páscoa.
16 Ora, havia naquela ocasião um prisioneiro famoso, chamado Barrabás.
17 Pilatos dirigiu-se ao povo reunido:
L: Qual quereis que eu vos solte: Barrabás ou Jesus, que se chama Cristo?
N: 18 (Ele sabia que tinham entregue Jesus por inveja.)
19 Enquanto estava sentado no tribunal, sua mulher lhe mandou dizer:
L: Nada faças a esse justo. Fui hoje atormentada por um sonho que lhe diz respeito.
N: 20 Mas os príncipes dos sacerdotes e os anciãos persuadiram o povo que pedisse a libertação de Barrabás e fizesse morrer Jesus.
21 O governador tomou então a palavra:
L: Qual dos dois quereis que eu vos solte?
N: Responderam:
G (Grupo): Barrabás!
N: 22 Pilatos perguntou:
L: Que farei então de Jesus, que é chamado o Cristo?
N: Todos responderam:
G: Seja crucificado!
N: 23 O governador tornou a perguntar:
L: Mas que mal fez ele?
N: E gritavam ainda mais forte:
G: Seja crucificado!
N: 24 Pilatos viu que nada adiantava, mas que, ao contrário, o tumulto crescia. Fez com que lhe trouxessem água, lavou as mãos diante do povo e disse:
L: Sou inocente do sangue deste homem. Isto é lá convosco!
N: 25 E todo o povo respondeu:
G: Caia sobre nós o seu sangue e sobre nossos filhos!
N: 26 Libertou então Barrabás, mandou açoitar Jesus e lho entregou para ser crucificado.
27 Os soldados do governador conduziram Jesus para o pretório e rodearam-no com todo o pelotão.
28 Arrancaram-lhe as vestes e colocaram-lhe um manto escarlate.
29 Depois, trançaram uma coroa de espinhos, meteram-lha na cabeça e puseram-lhe na mão uma vara. Dobrando os joelhos diante dele, diziam com escárnio:
G: Salve, rei dos judeus!
N: 30 Cuspiam-lhe no rosto e, tomando da vara, davam-lhe golpes na cabeça.
31 Depois de escarnecerem dele, tiraram-lhe o manto e entregaram-lhe as vestes. Em seguida, levaram-no para o crucificar.
32 Saindo, encontraram um homem de Cirene, chamado Simão, a quem obrigaram a levar a cruz de Jesus.
33 Chegaram ao lugar chamado Gólgota, isto é, lugar do crânio.
34 Deram-lhe de beber vinho misturado com fel. Ele provou, mas se recusou a beber.
35 Depois de o haverem crucificado, dividiram suas vestes entre si, tirando a sorte. Cumpriu-se assim a profecia do profeta: Repartiram entre si minhas vestes e sobre meu manto lançaram a sorte.
36 Sentaram-se e montaram guarda.
37 Por cima de sua cabeça penduraram um escrito trazendo o motivo de sua crucificação: Este é Jesus, o rei dos judeus.
38 Ao mesmo tempo foram crucificados com ele dois ladrões, um à sua direita e outro à sua esquerda.
39 Os que passavam o injuriavam, sacudiam a cabeça e diziam:
G: 40 Tu, que destróis o templo e o reconstróis em três dias, salva-te a ti mesmo! Se és o Filho de Deus, desce da cruz!
N: 41 Os príncipes dos sacerdotes, os escribas e os anciãos também zombavam dele:
G: 42 Ele salvou a outros e não pode salvar-se a si mesmo! Se é rei de Israel, desça agora da cruz e nós creremos nele!
43 Confiou em Deus, Deus o livre agora, se o ama, porque ele disse: Eu sou o Filho de Deus!
44 E os ladrões, crucificados com ele, também o ultrajavam.
45 Desde a hora sexta até a nona, cobriu-se toda a terra de trevas.
46 Próximo da hora nona, Jesus exclamou em voz forte:
P: Eli, Eli, lammá sabactáni?
N: O que quer dizer: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?
47 A estas palavras, alguns dos que lá estavam diziam:
G: Ele chama por Elias.
N: 48 Imediatamente um deles tomou uma esponja, embebeu-a em vinagre e apresentou-lha na ponta de uma vara para que bebesse.
49 Os outros diziam:
G: Deixa! Vejamos se Elias virá socorrê-lo.
N: 50 Jesus de novo lançou um grande brado, e entregou a alma.
(Todos se ajoelham num momento de silêncio).
51 E eis que o véu do templo se rasgou em duas partes de alto a baixo, a terra tremeu, fenderam-se as rochas.
52 Os sepulcros se abriram e os corpos de muitos justos ressuscitaram.
53 Saindo de suas sepulturas, entraram na Cidade Santa depois da ressurreição de Jesus e apareceram a muitas pessoas.
54 O centurião e seus homens que montavam guarda a Jesus, diante do estremecimento da terra e de tudo o que se passava, disseram entre si, possuídos de grande temor:
G: Verdadeiramente, este homem era Filho de Deus!
N: Palavra da Salvação.
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