Pe. Luiz Alípio, scj!

Por que Semana Santa? Porque
liturgicamente, acompanhamos os últimos momentos terrenos de Cristo. Esse
acompanhamento se faz por meio de uma profunda vivência litúrgica (Liturgia da
Ceia do Senhor, da Paixão e Vigília Pascal) que desemboca em nosso existencial
a caminhar na vida nova e renovada em Cristo.

A vivência litúrgica e existencial
da Semana Santa não acentua a dor, o sofrimento e morte como elementos
imprescindíveis para a salvação. Não evocamos tais elementos cruentos como
necessários a salvação. O sofrimento é mau, não tem nenhuma força redentora.
Não agrada a Deus ver Jesus sofrendo. A única coisa que salva no Calvário é o
amor insondável de Deus, encarnado no sofrimento e na morte de seu Filho. Não
há nenhuma força salvadora a não ser o amor. O sofrimento continua sendo mau,
mas, precisamente por isso, transforma-se na experiência humana mais sólida e
real para viver e expressar o amor. Parafraseando Santo Agostinho, a
experiência da Luz passa pela dor da cruz.
Portanto, nesse domingo de Ramos,
primeiro dia da Semana Santa, aprendamos com o Todo-Poderoso as lições de
humildade, serenidade e dignidade diante da dor. Ela não tem a última palavra.
Mas sim, a ressurreição é a Luz que afugenta nossos medos e males. A
ressurreição é o vigor necessário para não perdermos o equilíbrio nas adversidades.
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