Paróquia Beata Lindalva e São Cristóvão: junho 2017

quarta-feira, 28 de junho de 2017

A convicção do Evangelho em Pedro e Paulo


Pe. Luiz Alípio, scj!
 
Celebramos hoje a Solenidade das colunas da Igreja, os apóstolos São Pedro e São Paulo. Dois grandes santos convictos da mensagem informativa e performativa do Evangelho. Dois grandes santos apaixonados pela causa do Evangelho.
 
 
 
O Prefácio da Missa da Solenidade de São Pedro e São Paulo é uma ótima catequese para falarmos dessa liturgia. O prefácio diz: Pedro, primeiro a proclamar a fé, fundou a Igreja primitiva sobre a herança de Israel. No Evangelho de hoje (Mt 16, 13-19), Pedro é o primeiro a proclamar a fé quando responde a pergunta de Jesus: E vós, que quem dizeis que eu sou? Simão Pedro respondeu: ‘Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo, isto é, pela revelação divina, Pedro descobre a verdadeira identidade de Jesus. Ele não é só um profeta, mas o Filho de Deus. A essa revelação, Jesus lhe confere o poder da Igreja (a antiga herança de Israel, o novo Povo de Deus). Primeiro é a mudança do nome: de Simão passará a ser chamado de Cefas, isto é, Pedra que indica durabilidade, fortaleza e fundamento. Pedro será aquele que vai confirmar os irmãos na fé (cf. Lc 22, 32); será uma referência e o chefe da Igreja não para mandar, mas sim, para servir. O poder na Igreja está a serviço dos irmãos.

E Jesus dará a Pedro as chaves do Reino dos Ceus. É comum vermos a representação de São Pedro com as chaves. As chaves simbolizam a autoridade sobre aquele departamento, nesse caso a Igreja. Na literatura bíblica, confiar as chaves a alguém não é só uma questão de privilégios, mas de sim de confiança e responsabilidade por esta. Desse modo, Pedro tem o poder e a autoridade de ligar ou desligar. Na cultura religiosa judaica, os fariseus desenvolvem bem essa função. Eles admitem na comunidade religiosa aqueles que desejam participar, como também eles excomungam aqueles que perturbam a ordem religiosa da comunidade. Com Pedro é a mesma coisa: ele tem o poder de admitir todos no redil de Cristo, mas também usa o mesmo poder para expulsar aqueles que fomentam cizânia, discorrem de heresias, de falsos moralismos e entre outras problemas que danificam a pacificidade eclesial. Portanto, temos duas características importantes sobre Pedro: aquele que professa a fé e, nele, Jesus funda a Igreja que perdura até hoje.

Com relação ao Apóstolo Paulo, o prefácio diz o seguinte: Paulo, mestre e doutor das nações . Dois honoríficos títulos ele recebe: mestre e doutor. Contudo, o significado do nome de Paulo é “pouco”, ou seja, mesmo com esses títulos de peso, Paulo se considera pequeno e pouco diante da imensidão do mundo em anunciar o evangelho. Sem sombras de dúvidas, Paulo era um homem muito inteligente. Conhecia bem as Sagras Escrituras, falava outros idiomas, conhecia a geografia do mundo daquela época, era influente, pois tinha cidadania romana, o que lhe rogava privilégios, até ser convertido pela aparição de Cristo Ressuscitado. O que antes perseguia a Igreja, passou agora a defende-la e anuncia-la com a própria vida. Escreveu catorze cartas, fez quatro grandes viagens, sofreu perseguição, perigos, assaltos, foi preso, jugado injustamente, flagelado, mas nada foi capaz de separar do amor de Cristo. Paulo foi o primeiro a pregar aos pagãos. No Concilio de Jerusalém (At 15), ficou acordado que Pedro e os demais pregariam no território de Jerusalém, enquanto que Paulo e os outros iriam para a terra dos pagãos. É por isso, que Paulo é chamado o “Apóstolo dos Gentios”, através dele o Evangelho saiu das fronteiras de Israel.

E o prefacio continua: por diferentes meios, os dois congregam a única família de Cristo e, unidos pela coroa do martírio, recebem hoje, por toda a terra, igual veneração. Ambos foram martirizados em Roma, segundo a Tradição. Pedro foi crucificado de cabeça para baixo por achar indigno de morrer tal como o Mestre. Já Paulo foi decepado na prisão.  Como afirma a antífona de entrada da Missa: Eis os santos que, vivendo neste mundo, plantaram a Igreja regando-a com seu sangue. Beberam do cálice do Senhor e se tornaram amigos de Deus.

São Pedro e São Paulo,
Rogai por nós!

 





sexta-feira, 23 de junho de 2017

A VITÓRIA DA FÉ SOBRE O MEDO




A Liturgia do 12º Domingo do Tempo Comum nos apresenta a problemática da fé ante o medo (Mt 10, 26-33). Nas Sagradas Escrituras a fé implica conhecimento, confiança e força em Deus, o contrário seria desconfiança, insegurança, pavor e fraqueza, a isso chamamos de medo. Naturalmente esses dois elementos coabitam no homem. Ao mesmo tempo que sentimos fé, isto é, cultivamos uma vida de oração, de comunhão e de caridade, também sentimos medo do escuro, da solidão, da morte e da doença.
Esses dois elementos interferem na totalidade do homem, isto é, Alma, Corpo, Espírito. Na conseguimos tranquilizar nossos sentimentos, suportar as fadigas do corpo, e elevar nossa alma as alturas. No medo, sentimos o corpo tremulo, há um bloqueio da mente que impede o raciocínio e muitas vezes caímos no desespero perdendo a paz. Contudo não há uma forma mágica para vencer os medos, ou criar uma fortaleza sobre a fé, mas há sim uma maneira de compreendendo a fé, encarar os medos. Jesus conhecendo a fragilidade humana, no evangelho de hoje, repete três vezes a expressão: Não tenhas medo! E qual seria esse medo? Medo de escurecer a fé, de chegar até mesmo a negá-la devido à pressão psicológica e as ameaças violentas ao corpo. Historicamente falando, muitos cristãos recuaram na fé para não serem martirizados, outros se disfarçaram para salvar a vida, enquanto que uma outra parte morreram como verdadeiros heróis da fé.
Atualmente nos países do Oriente Médio, assistimos pelos meios de comunicação, a resistência da minoria dos cristãos ante ao pavor do fundamentalismo islâmico. São cristãos corajosos, ousados e encorajados pela palavra do Senhor que diz não têm medo daqueles que matam o corpo, mas não matam a alma.
Jesus nos alerta para um outro tipo de medo que se camufla nas relações com a fé: diante de muitas filosofias e ensaios da vida, não podemos relativizar a nossa fé por mera questão de convencionalismo, diante de tantos perigos espirituais, de noites escuras, não duvidemos de que o Senhor está do nosso lado, como esteve também com Jeremias, quando o perigo atingir a matéria corporal, ou simplesmente se declarar diante do Pai, o Senhor misteriosamente sofre conosco, se solidariza na dor, como também na vida eterna; não podemos ter medo de expressar nossos sentimentos religiosos, nossa maneira saudável de crer em Deus, nossas devoções pessoais, e não ter medo de dar oportunidade a apresentar Jesus.
Conta-se que uma vez nos Estados unidos, um jovem universitário, estava sentado na escadaria, triste, de cabeça baixa e de repente apareceu um funcionário e lhe perguntou: _O que está passando com você?  Ele respondeu: _Muitos problemas, muitas coisas que eu não sei como resolver. Então ele replicou: _Você já deixou Jesus entrar em sua vida? Portanto na oportunidade, não podemos ter medo de apresentar Jesus para as pessoas, e assim despertar a fé nos outros.
Pe. Luiz Alipio de Sousa  Neto
SCJ.

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Deus é Coração




Celebramos hoje a solenidade do Sagrado Coração de Jesus, cuja, a origem remete ao tempo medieval e que foi propagado com as revelações a Santa Maria Margarida Alacoque em (1673-1675). O símbolo da festa de hoje é o Coração. Na Bíblia, o coração não apenas significa o órgão que bombeia o sangue no organismo, mas simboliza o homem a sua inteireza. Na linguagem moderna o coração simboliza nossas afetividades e sentimentos, é o símbolo do amor. Ao dizer que Deus é coração, significa que Deus é Amor, mais também significa que Deus teve comoção, ou seja, ele move o coração para frente; ele é também compaixão, ou seja, Deus sente as dores e as necessidades do nosso coração; e, por fim, Ele é misericórdia, ou seja, ele tem o coração para nós. Deus resolveu ter coração quando se encarnou em Jesus Cristo, afim de arrancar o coração de pedra e colocar um coração de carne, conforme as promessas do profeta Ezequiel. E Jesus se apresenta para nós como manso e humilde de coração. O elemento mansidão aponta que Jesus vai contra a violência, agressões físicas e verbais, ou estresse de cada dia. Jesus também nos apresenta uma solução que acalma, pacifica e tranquiliza nosso interior. Depois a humildade que se contrapõe a vaidade, soberba e a prepotência, e o orgulho, elementos estes que corrói a nossa espiritualidade. Jesus se coloca como humilde, na convivência com os pobres, no perdão daqueles que mais necessitam. Outra característica importante na liturgia devocional do Coração de Jesus é a pratica da reparação, cuja palavra significa concertar . A reparação que nós fazemos, significa concertar o que foi estragado pelo pecado. O pecado estraga a paz interior, a harmonia, o amor, a convivência fraterna e o mundo fica no caos, fica bagunçado, fica quebrado pelas consequências dos pecados pessoais e também sociais, e a maneira mais concreta de reparar isso se faz também pela oração, pelas missas nas primeiras sextas-feiras do mês, e sobretudo essa reparação se faz quando nós praticamos a caridade, porque a caridade vem do amor, do amor para Deus, para com o outro, e também para consigo mesmo. Portanto a palavra “REPARAÇÃO” no dia de hoje, ela deve-se fazer presente em nosso dia a dia, através da oração, da pratica dos sacramentos, e sobretudo, através da caridade fraterna com aqueles que mais necessitam. E, por fim, hoje, é também um dia especial para nossa congregação do Sagrado Coração de Jesus, os Padres Dehonianos. Nosso fundador, Padre João Leon Dehon, ao contemplar o coração de Cristo ferido por nossos pecados, imerso numa profunda oração e comunhão com Deus, decide fundar está congregação, que tem um carisma muito importante: Amar e Reparar. Pois, para o nosso fundador o pecado é a recusa do amor a Deus, e amando, nós estaremos aceitando, promovendo, incentivando o amor a Deus, e a reparação, isto é, o que foi estragado pelo pecado, nós temos que concertar no nosso dia a dia numa contínua oblação. Portanto para nós Dehonianos, Amar e Reparar é a marca do nosso Carisma, e que nossa Paróquia é assistida por essa tão bonita congregação. Nós usamos uma Cruz Dehoniana com um Coração vazado, que significa de que é necessário ser preenchido com Amor de Deus, e não com outros tipos de “amores”, que podem estragar e ferir ainda mais o nosso coração. Portanto peçamos a Jesus que é manso e humilde coração, que nos ajude a ter um coração manso e também humilde, que sejamos mansos e humildes de coração, de verdade, e com todo nosso amor.

sábado, 17 de junho de 2017

Igreja: povo de sacerdotes e nação santa

Por Pe. Luiz​ Alípio


A liturgia do XI Domingo do Tempo Comum (MT 9, 16-10,8), nos apresenta a formação da Igreja, isto é, o novo Povo de Deus.
No Evangelho de hoje, Jesus convoca, chama e congrega doze homens para constituírem uma comunidade a fim de levar a Boa Nova da salvação a todos. A esse pequeno grupo de discípulos podemos, sem sobras de dúvidas, chamar de Igreja, ou seja, Povo de Deus. A palavra “IGREJA” vem do grego que significa EKKLESIA, ou seja, assembleia, convocação, congregação.
A convocação dos primeiros discípulos já se configura uma Igreja, cuja missão é anunciar o reino de Deus, curar os doentes, expulsar as forças malignas e semear vida onde há sinais de morte. Os primeiros discípulos cumpriram fielmente as recomendações de Jesus. E estes gestos continuam presentes na nossa Igreja atual, quando visitamos os enfermos, doentes; socorremos os pobres; quando promovemos gestos concretos de perdão, de amor, dentro e fora da igreja; quando somos missionários da Palavra, da Eucaristia, da reconctiliação, enfim, a missão dos apóstolos se perpetua ainda hoje em cada um de nós.
Contudo, somos conscientes do pequeno número de leigos, sacerdotes e religiosos que se dedicam a tais serviços. Ainda não conseguimos abarca a totalidade da missão, logo, devemos pedir ao Pai operários para nossa Igreja. Pedir operários para Igreja, não significa apenas o aumento numérico de agentes , mais sim a qualidade de tais agentes. Que o trabalho seja árduo, exigente, fecundo e também de qualidade religiosa. Todo esse trabalho visa convocar as pessoas para formarem uma bonita comunidade Eclesial, na intenção de conhecerem  que a Igreja é um reino de sacerdotes e uma nação santa (Ex 19, 6). Em que consiste um reino de sacerdotes? Quando os seus membros se oferecem a missão vocacional, ao qual foram chamados: sacerdotes, consagrados, religiosos, leigos, oferecendo seus dons, talentos, para o crescimento da Igreja, como também oferecem suas incansáveis orações pelo fortalecimento da mesma.
E, em que consistem a Igreja como nação Santa? A palavra “SANTA” na Bíblia, significa separado, nos separamos não do mundo que é o nosso campo de atuação Apostólica, mais no mundo nos separamos do mundanismo, evitando todo e qualquer tipo de corrupção moral e espiritual; santo porque queremos, todavia, ser de Deus, na vivência da Palavra, no fortalecimento da Eucaristia e no encontro com o outro e no diálogo da oração.
Portanto, nós que fazemos parte da Igreja, possamos tomar consciência dessa tão grande dignidade de sermos sacerdotes e santos nessa Igreja fundada por Cristo.

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Último dia do Encontro de Justiça e Paz

Hoje, sexta-feira foi o último dia do Encontro de Justiça e Paz na Argentina. Pe. Luiz descreve como foi este dia. Confira:

No quinto dia do Encontro  Justiça  e Paz, iniciamos nossos trabalhos com a Adoração  Eucarística conduzida pelo Padre Luiz Alipio as 08h. Em seguida tomamos café e nos reunimos para responder o questionário sobre a Conferência  Geral SCJ em Manila, Filipinas, no mês de Julho de 2018. Tivemos um imprevisto na programação: na parte da tarde, tínhamos um estudo sobre “o voluntariado  social" com a psicóloga  social Martina Maini, contudo a mesma teve que viajar as pressas para a Itália a fim de resolver questões de passaporte.  Desse modo, tivemos que adiantar  os trabalhos: apreciamos a exposição  do conselheiro geral padre Stephen Hufftetter e a elaboração  da mensagem final do Encontro Latino-Americanos de Justiça  e Paz para toda a Congregação.
As 20h15 celebramos  a Missa  presidida pelo Padre Stephen Huttfetter e em seguida saímos para saborear uma apetitosa pizza!

quinta-feira, 15 de junho de 2017

4° dia de Encontro de Justiça e Paz - Argentina

Pe. Luiz nos conta como foi o 4° dia de Encontro de Justiça e Paz, confira:

No quarto dia do Encontro  de Justiça  e Paz, começamos nossas atividades  com a Adoração  Eucarística as 08h, conduzida pelo padre Joaquín Izurzu. Depois tomamos café  e fizemos uma romaria para a Basílica  de Nossa senhora de Luján, padroeira da Argentina. Na ocasião,  celebramos a Missa de Nossa Senhora  presidida  por Dom Bresanelli, scj.
As 17h retomamos nossos estudos com a seguinte  tematica: “Programa de recuperação para os drogados” com padre José Di Paolo. Depois tivemos a exposição  do Padre Attilio Zorzetti sobre “os filhos  da misericórdia “. Concluímos o dia com o jantar as 21h.

O Mistério do amor: Corpo e Sangue de Cristo

A Ele a glória, a Ele o louvor!
"O Senhor alimentou seu povo com a flor do trigo e com o mel do rochedo o saciou".
Hoje a Igreja celebra o Mistério do amor e vínculo de unidade: o Corpo e Sangue de Cristo.













quarta-feira, 14 de junho de 2017

3° dia do Encontro de Justiça e Paz na Argentina

Pe. Luiz da detalhes do 3° dia do Encontro na Argentina. Veja:

Nesta quarta-feira,  terceiro dia do Encontro de Justiça e Paz,  iniciamos nossas atividades com a Adoração  Eucarística as 08h sob a condução  do Padre Everaldo Germano. Tomamos café as 08h30 e em seguida tivemos a apresentação  do Sr. Maximiliano Almiron e Pe. Juan Domingo sobre “trabalho, desemprego,  pobreza e economia justa, social e solidária, relacionadas com a Doutrina Social da Igreja”. Depois em grupo,  fizemos uma reflexão  social e política  nos nossos países. Encerramos os trabalhos  matutino com o almoço as 12h30.
Pela tarde, as 14h30, visitamos o Museu dos Imigrantes  e também  conhecemos o Centro de Acolhida das Irmãs Oblatas do Santíssimo  Redentor.
Regressamos às 19h30, celebramos a Missa presidida pelo Padre Juan José  Arnáiz e, em seguida, foi servido o jantar, terminando assim o terceiro dia do Encontro de Justiça e Paz.




Terça-feira: 2° dia do Encontro na Argentina

Em conversa com Pe. Luiz Alípio, ele nos conta detalhes de como foi o 2° dia de Encontro de Justiça  e Paz que acontece na Argentina. Veja:

"Começamos as 08h com a Adoração  Eucarística conduzida pelo padre Carlos de Oliveira.  As 08h30 tomamos café e, em seguida, assistimos a apresentação  do Padre Juan José  Arnáiz Ecker sobre “as migrações em relação  com os escritos do Padre Dehon, a atualidade  e a relação com as migrações  com trata de pessoas". Depois nos dividimos em grupos para responder a essa pergunta: que impacto essa apresentação  trouxe para as nossas entidades? Depois  da partilha de cada grupo,  almoçamos. E  retomamos as atividades  as 15h com a psicóloga social Martina Maini com o tema “a mobilidade  humana em situação do tráfico  e exploração". As 17h30 o dehoniano Diego Díaz juntamente  com as Irmãs  Bolotas do Santíssimo  Redentor apresentaram o seguinte tema “o tráfico de pessoas e a prostituição". Em seguida, o Bispo Dom Bressanelli apresentou “a pastoral de travestis  e pessoas  trans da Diocese de Neuquén”. As 20h15 celebramos  a Missa presidida pelo Padre Bruno Santos e jantamos as 21h.


terça-feira, 13 de junho de 2017

A Eucaristia é a maravilha da fé

Por Pe. Luiz Alípio

Nesta quinta-feira, 15 de junho, nós celebramos a Solenidade de Corpus Christi, cuja expressão significa: o corpo de Deus. Esta festa foi instituída pelo Papa Urbano IV no século XIII na Bélgica. No princípio, essa festa tinha como motivação expressar todo nosso amor e veneração pela Eucaristia. Com a Reforma Protestante,  essa festa se intensificou mais ainda e dessa vez teve outro  objetivo : dar uma resposta  aos protestantes  sobre a presença verdadeira  e real de Nosso Senhor Jesus Cristo nas espécies consagradas  do pão e do vinho. E  séculos mais tarde, essa festa teve o alcance em toda a Igreja Católica incentivando,  promovendo e celebrando  esse grande mistério de fé: a Santíssima  Eucaristia.
Biblicamente  falando,  a origem da Eucaristia se encontra no livro do Genesis, quando Melquisedec, sacerdote  do Deus Altíssimo,  oferece o pão e o vinho. Na ultima ceia, Jesus fez a mesma coisa: no pão e no vinho oferece seu Corpo e Sangue como alimento e bebida para a vida eterna. Quem comer desse pão e beber desse cálice possui a vida eterna (cf. Jo 6, 54). Comungar da Eucaristia, cuja palavra significa  ação de graças,  é manter uma profunda  e íntima  comunhão  com Nosso Senhor. É a mais perfeita de todas as formas de comunhão com o Nosso Senhor. Não é privilégio,  mas é prêmio, CONSCIÊNCIA, conversão  e alegria para aqueles que se aproximam da mesa do Altar.
Há um pensamento  bonito da Santa Igreja que se encontra na Constituição da Sagrada Liturgia que serve para nossa reflexão nesse dia santo: “A Eucaristia  é o ápice  da vida da Igreja”, isto é, todos os trabalhos dos movimentos,  grupos, serviços e comunidades encontrarão sentido se levarmos até a Eucaristia.  Abastecido  pelo sublime alimento, nossa ação  apostólica  será eficaz. Padre Dehon dizia que sem a Eucaristia  o operário  era fraco, seu trabalho era improdutivo. A Eucaristia  fortalece  nossa missão  na Igreja e no mundo.
Nesse mesmo pensamento, temo de levar  em conta nossa maneira de celebrar  a Eucaristia: ir a missa com alegria, saborear cada momento  do ritual litúrgico, fazer silêncio quando necessário... e ao sair da Missa, se permitir que Jesus, Palavra e Eucaristia, transforme nossa maneira de ser, de pensar e de agir.
Há outro  aspecto da Eucaristia  a ser levado em conta: a Adoração  ao Santíssimo  Sacramento.  É necessário  dedicar tempo diante do Santíssimo,  a fim de contemplar a maravilha  da nossa fé.  O Papa Francisco  dizia para nós dehonianos,  e que também  serve para todos: é necessário  perder tempo diante do Santíssimo. Perder tempo  não é um desperdício  ocioso, mas sim um profundo  silêncio  que se trabalha  interiormente. A capela do Santíssimo  é um lugar por excelência de silencio. Temos uma vida tão  agitada, corriqueira e intensa que necessita  de alguns minutinhos de profunda  solidão acompanhada do santíssimo.
 Dentro do espírito  litúrgico  da Solenidade  do Corpo de Deus, temos alguns adicionais  na liturgia  que nos ajudam a entender tão grande dignidade  e divindade  da Eucaristia.  O primeiro  elemento é a confecção do tapete que realça o caráter  tão elevado de quem pisa nele; as flores  brancas que sinalizam a festa e a alegria; a procissão com o Santíssimo pelas  ruas demonstrando publicamente  nossa verdadeira fé; e, por fim,  a bênção do  Santíssimo.
A Eucaristia é o nosso milagre maior. É o milagre da fé : só se vê bem com os olhos da fé. Contudo,  há algumas pessoas  que duvidam da sacramentalidade eucaristica. E daí que historicamente surgiram muitos milagres eucaristicos. Segundo a revista Jesus, das edições Paulinas de 1983, foi constatado mais de 130 milagres eucarística, dentre eles  o mais conhecido de Lanciano, na Itália; também nós temos na Paraíba na cidade de Sousa o Milagre Eucarístico e nesse local foi construído o Santuário Eucarístico Aparecida do Bom Jesus . Não precisamos  duvidar da Eucaristia,  mas somente crer. Como dizia Santo Agostinho: crer para conhecer e conhecer para crer.
 Acrescentemos os Congressos Eucarísticos nacionais e internacionais. O último Congresso Nacional no ano passado em Belém do Pará e, o Internacional aconteceu em Cuba, também ano passado (2016). Os Congressos Eucarísticos visam aumentar mais ainda a profundidade sapiencial da Eucaristia como também trazer a Eucaristia para a vida de cada Diocese, de cada pessoa.
Que tenhamos uma Quinta-feira santificada! E graças  e louvores  sejam dadas a todo momento ao Santíssimo  e Divinissimo Sacramento.

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Arraiá da Paróquia

Neste domingo (11) a celebração Eucarística foi presidida pelo Bispo Dom Mariano.
Ao término, toda a comunidade se reuniu na quadra da Igreja, para o tradicional Arraiá, e veja, ninguém ficou de fora! Comidas típicas, pescaria, diversão com a quadrilha improvisada, forró e muito arrasta-pé!



















Pe. Luiz Alípio participa de Encontro Latino-americano

Por Elisângela Feitosa



De 12 a 17 de Junho em Buenos Aires acontece o Encontro Latino-americano de Justiça e Paz com tema: "Misericordiosos em comunidade com os pobres".
Nosso pároco, Pe. Luiz Alípio participa com muita alegria e entusiasmo deste evento que vem trazer novas ideias e contribuições no enfrentamento das questões sociais existentes em todo o mundo, e por que não também em nossa comunidade.
Em conversa com Pe. Luiz, ele nos contou detalhes deste encontro. 
Deu início às 8h da manhã, na capela interna da casa dos Dehonianos quando o Pe. Juan  Domingo expôs o Santíssimo para Adoração  Eucarística. 
Logo após tivemos o café da manhã, e às 9h iniciamos as atividades do encontro de Justiça e Paz. 
Pe. Luiz nos conta que neste momento da abertura,  o Padre Provincial Leonardo Zampa deu as boas vindas a todos os participantes do encontro! Ao todo são 17 padres Dehonianos que participam. Padres do Brasil, Argentina, Uruguai, Venezuela, Equador, Estados Unidos, Espanha  e Itália. 
O encontro prosseguiu com a fala de cada padre apresentando resumidamente as pastorais sociais de suas respectivas entidades. 
Na oportunidade, Pe. Luiz Alípio relatou um pouco sobre as questões sociais da província Brasil/Recife fazendo um resgate histórico social da província, com os trabalhos junto aos menores infratores, as prostitutas em Campina Grande,  o reforço escolar (aulas de línguas, informática e corte/costura em João Pessoa), trabalhos sociais no sertão potiguar (Campo Grande e Apodi) o trabalho com a Pastoral carcerária em Recife e outras. Como tambem os trabalhos atuais da mesma: formação nas Paroquias sobre a Doutrina Social da Igreja, colaboração financeira na area da saúde, bolsa de estudos etc. Além de destacar também alguns trabalhos das paróquias dehonianas, que desenvolvem caritativamente e, sobretudo, o trabalho da Paróquia do Açu - da Beata Lindalva e São Cristóvão - onde através da Pastoral Social assiste algumas famílias carentes.
As atividades nesta tarde de segunda-feira retornaram as 15h, com a palestra do Bispo Dom Vergílio Bressanelli, com tema: “O impacto ecológico-social e econômico das indústrias extrativistas; a água e seu efeito sobre a vida na Patagônia" baseado na Encíclica do Papa Francisco Laudato Si no capítulo  IV.
As 19h30 fizemos um momento de confraternização,  as 20h15 celebramos  a Eucaristia presidida pelo  Padre Leonardo Zampa e as 21h jantamos, finalizando  assim o nosso intenso dia de estudos.

terça-feira, 6 de junho de 2017

Trindade: o Amor que ama em comunidade


Pe. Luiz Alípio, scj!
Celebramos hoje a Solenidade da Santíssima Trindade (Jo 3, 16-18). Deus é uno e trino: Pai, Filho e Espírito Santo. A crença na Santíssima Trindade é um dogma de fé. Um dogma de fé é uma verdade construída pela Igreja, fundamentando-se nas Sagradas Escrituras e inspirada pelo Espírito. Os dogmas sustentam a unidade da Igreja, fortalecendo a fé em comunidade. Não cremos sozinhos, mas cremos em comunidade.

A Igreja define a Trindade de Deus como a crença que em Deus existem três pessoas, que subsistem numa única natureza. Essa definição Trinitária surgiu como resultado de longas controvérsias, discursos, cartas, estudos durantes os primeiros Concílios da Igreja.

Biblicamente falando, não encontramos a palavra trindade, propriamente dita, mas seus elementos: Pai, Filho e Espírito Santo. Na ascensão de Jesus, ele mesmo pediu para que as pessoas fossem batizadas em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (cf. Mt 28, 19). Nas cartas redigidas por São Paulo, ele começa com uma saudação trinitária: Que a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco (2Cor13, 11-13) - a mesma saudação trinitária usada na Missa.

Com essas breves citações bíblicas, ainda não revela a profundidade infinita desse grande mistério de fé. O dogma da Trindade é um mistério de fé. Aqui, temos que entender o que significa a palavra mistério. Mistério não é algo obscuro, incompreensível, impossível da mente humana penetrar, mas, ao contrário, o mistério enquanto profundidade do objeto da fé. Isto é, quanto mais estudo, mais fico maravilhado e não encontro o seu fim. É um poço com água sem fim.

Depois temos que entender que a Trindade se torna inútil, se não se articula com a vida do homem e da mulher que creem. O conhecimento da Trindade não é algo inteligível, mas é prática da vida da humanidade. A Trindade deve revelar a forma de vivermos com os outros. O estudo da Trindade nos ajuda a viver como irmãos. A melhor definição de Deus encontra-se na Primeira Carta de São João: Deus é Amor. Essa expressão significa que o Amor não é estático, imóvel, incomunicável ou distante, mas o Amor é dinâmico, comunicável e de fácil acesso. O amor não ama sozinho, mas ama em comunidade: Pai, Filho e Espírito Santo. Posto isso, o que seria, então, a Trindade? A Trindade é o Amor que ama em comunidade, é a comunidade que se ama. O Pai ama o Filho, o Filho ama o Espírito, o Espírito ama o Pai, o Espírito ama o Filho e o Filho ama o Pai. É o amor que envolve a comunidade. É por isso que dizemos que a Trindade é a melhor comunidade. E o que isso significa para a vida das pessoas? Isso implica dizer que não vivemos isolados, mas sim, vivemos em relação, em comunidade, e daí a importância de primar pelo amor em comunidade. O amor na comunidade da família, na comunidade dos vizinhos, na comunidade dos amigos, na comunidade da Igreja, na comunidade do trabalho...

Outro fator importante está relacionado ao conceito de pessoa. Dizemos que a Trindade é um Deus em três pessoas. Mas o que significa a palavra pessoa? Pessoa não é gente, nem concretude, nem muito menos materialidade, ou coisa palpável. O melhor conceito de pessoa foi formulado por Santo Tomás de Aquino: pessoa é relação e liberdade. Aplicando a Trindade, a três pessoas emanam e vivem uma intrínseca relação de comunhão. A nossa comunhão começa nas relações com as demais pessoas visando a perfeita comunhão com a Trindade na vida eterna.

E por fim, o elemento da liberdade. Na Trindade, a liberdade das pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo visam umas as outras. Na nossa vida prática, sabemos que a liberdade é um direito inalienável e que sua praticidade visa o bem dos outros. A liberdade, tal como na Trindade não é um fechamento e querer particular, mas uma abertura na vivência em vista do outro. Não vivemos para o outro, mas vivemos com o outro.

Portanto, somos seremos criados a imagem e semelhança na Trindade nas relações, na liberdade e no amor.

Dessa forma, podemos compreender melhor a Trindade em nossa vida.

domingo, 4 de junho de 2017

Celebração de Pentecostes



Neste domingo, a Igreja celebra Pentecostes!
Tivemos a investidura de 16 ministros e 2 coroinhas.

O Catecismo da Igreja Católica diz que: “No dia de Pentecostes (no termo das sete semanas pascais), a Páscoa de Cristo completou-se com a efusão do Espírito Santo, que se manifestou, se deu e se comunicou como Pessoa divina: da Sua plenitude, Cristo Senhor derrama em profusão o Espírito” (CIC, n. 731).
Nessa celebração somos convidados e enviados para professar ao mundo a presença d’Ele [Espírito Santo]. E invocarmos a efusão do Espírito para que renove a face da terra e aja com a mesma intensidade do acontecimento inicial dos Atos dos Apóstolos sobre a Igreja, sobre todos os povos e nações.
Tivemos um belíssimo show de Fr. Henrique Benjamin...