Pe. Luiz Alípio, scj!
Celebramos hoje a Solenidade das
colunas da Igreja, os apóstolos São Pedro e São Paulo. Dois grandes santos
convictos da mensagem informativa e performativa do Evangelho. Dois grandes
santos apaixonados pela causa do Evangelho.
O Prefácio da Missa da Solenidade
de São Pedro e São Paulo é uma ótima catequese para falarmos dessa liturgia. O
prefácio diz: Pedro, primeiro a proclamar
a fé, fundou a Igreja primitiva sobre a herança de Israel. No Evangelho de
hoje (Mt 16, 13-19), Pedro é o primeiro a proclamar a fé quando responde a
pergunta de Jesus: E vós, que quem dizeis
que eu sou? Simão Pedro respondeu: ‘Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo,
isto é, pela revelação divina, Pedro descobre a verdadeira identidade de Jesus.
Ele não é só um profeta, mas o Filho de Deus. A essa revelação, Jesus lhe
confere o poder da Igreja (a antiga herança de Israel, o novo Povo de Deus).
Primeiro é a mudança do nome: de Simão passará a ser chamado de Cefas, isto é,
Pedra que indica durabilidade, fortaleza e fundamento. Pedro será aquele que
vai confirmar os irmãos na fé (cf. Lc 22, 32); será uma referência e o chefe da
Igreja não para mandar, mas sim, para servir. O poder na Igreja está a serviço
dos irmãos.

Com relação ao Apóstolo Paulo, o
prefácio diz o seguinte: Paulo, mestre e
doutor das nações . Dois honoríficos títulos ele recebe: mestre e doutor.
Contudo, o significado do nome de Paulo é “pouco”, ou seja, mesmo com esses
títulos de peso, Paulo se considera pequeno e pouco diante da imensidão do
mundo em anunciar o evangelho. Sem sombras de dúvidas, Paulo era um homem muito
inteligente. Conhecia bem as Sagras Escrituras, falava outros idiomas, conhecia
a geografia do mundo daquela época, era influente, pois tinha cidadania romana,
o que lhe rogava privilégios, até ser convertido pela aparição de Cristo
Ressuscitado. O que antes perseguia a Igreja, passou agora a defende-la e
anuncia-la com a própria vida. Escreveu catorze cartas, fez quatro grandes
viagens, sofreu perseguição, perigos, assaltos, foi preso, jugado injustamente,
flagelado, mas nada foi capaz de separar
do amor de Cristo. Paulo foi o primeiro a pregar aos pagãos. No Concilio de
Jerusalém (At 15), ficou acordado que Pedro e os demais pregariam no território
de Jerusalém, enquanto que Paulo e os outros iriam para a terra dos pagãos. É
por isso, que Paulo é chamado o “Apóstolo dos Gentios”, através dele o
Evangelho saiu das fronteiras de Israel.
E o prefacio continua: por diferentes meios, os dois congregam a
única família de Cristo e, unidos pela coroa do martírio, recebem hoje, por
toda a terra, igual veneração. Ambos foram martirizados em Roma, segundo a
Tradição. Pedro foi crucificado de cabeça para baixo por achar indigno de
morrer tal como o Mestre. Já Paulo foi decepado na prisão. Como afirma a antífona de entrada da Missa: Eis os santos que, vivendo neste mundo,
plantaram a Igreja regando-a com seu sangue. Beberam do cálice do Senhor e se
tornaram amigos de Deus.
São Pedro e São Paulo,
Rogai por nós!
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