Paróquia Beata Lindalva e São Cristóvão: abril 2018

terça-feira, 10 de abril de 2018

Novas criaturas

Por Elisângela Feitosa - Agente da PASCOM

Reunidos em torno da Palavra e da Eucaristia, somos convidados a ser um só coração e uma só alma, partilhando o que temos e somos – Jesus pede apenas sua essência, coração e alma. É na entrega total a Jesus que o reconhecemos como único Deus e Senhor. Por isso, que o Salmista diz:

Reina o Senhor, revestiu-se de esplendor.
1.      Deus é rei e se vestiu de majestade, / revestiu-se de poder e de esplendor!
2.      Vós firmastes o universo inabalável, † vós firmastes vosso trono desde a origem, / desde sempre, ó Senhor, vós existis!
3.      Verdadeiros são os vossos testemunhos, † refulge a santidade em vossa casa / pelos séculos dos séculos, Senhor!
Salmo Responsorial: 92(93)

O caminho da fé passa pelos desafios da missão e pela certeza de que Jesus ressuscitado acompanha cada passo nosso. Confiantes em Deus somos chamados a caminhar a favor de Sua vontade e obedientes anunciar as maravilhas de Deus “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o evangelho a toda criatura!”.

Peçamos com fé, que O Ressuscitado nos ajude a ser novas criaturas, nascidas do alto!


terça-feira, 3 de abril de 2018

Ele ressuscitou


Por Elisângela Feitosa - Agente da PASCOM

Ele Ressuscitou, verdadeiramente, Aleluia! Jesus está vivo
Esta é a boa notícia que devemos anunciar: Jesus está vivo, venceu a morte! É com esta certeza que vivemos no Espírito Santo, pois é o Cristo vivo que nos dá este dom. Cada dia mais, devemos pedir ao Deus amoroso a graça do perdão, a graça de Sua misericórdia – pois o Pão imolado veio e ressurge para converter a todos; animar a toda a gente.
            O Salmo de hoje nos diz:

“Transborda em toda a terra a bondade do Senhor” (Sl. 32)

É com a certeza da ressurreição e misericórdia de Deus que devemos anunciar o amor verdadeiro. Rezemos confiantes:
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1.       1 Reta é a palavra do Senhor, / e tudo o que ele faz merece fé. / Deus ama o direito e a justiça, / transborda em toda a terra a sua graça. – R.
2.     2  Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem / e que confiam, esperando em seu amor, / para da morte libertar as suas vidas / e alimentá-los quando é tempo de penúria. – R.
3.      3 No Senhor nós esperamos confiantes, / porque ele é nosso auxílio e proteção! / Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, / da mesma forma que em vós nós esperamos! – R.

Pois esperemos confiantes em Deus. Suplique ao Deus de amor, por sua vida, sua proteção, sua conversão! Viva a presença de Deus a cada dia, assim como fez Maria Madalena, que aceitou o encontro pessoal com Cristo. É com a imagem de Madalena a procurar o Mestre que devemos almejar – ela chorou ao não ver o corpo de Jesus no sepulcro. Chorou, porque é natural sentir a ausência do outro. Mas, ao passo que não o vê ali, morto, crê que Jesus está vivo!
 Encontra o Senhor ressuscitado e O contempla. Jesus com seu amor infinito e sabendo da importância daquele momento, em especial, dá a ela a missão de anunciá-lo a comunidade e aos irmãos. E assim, foi ela, a primeira a evangelista da ressurreição de Jesus.
“Eu vi o Senhor!”disse Maria Madalena. (Evangelho João 20, 11-18) 
Que possamos, também nós, vivenciar este Tempo Pascal com fervor e fé na missão de anunciar o Cristo!

domingo, 1 de abril de 2018

Liturgia Diária - Páscoa

Resultado de imagem para pascoa da ressurreiçãoPÁSCOA DA RESSURREIÇÃO
(branco – 1ª semana do saltério)
Com sublime alegria nos reunimos para celebrar o acontecimento central de nossa fé: a ressurreição de Cristo. Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos, aleluia. Vencendo a morte, Jesus permanece conosco para sempre. A Eucaristia é para nós, que vimos e acreditamos, a força para testemunhar ao mundo a vida nova que dele recebemos.
Primeira Leitura: Atos 10,34.37-43

Leitura dos Atos dos Apóstolos – Naqueles dias, 34Pedro tomou a palavra e disse: 37“Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do batismo pregado por João: 38como Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com o Espírito Santo e com poder. Ele andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os que estavam dominados pelo demônio, porque Deus estava com ele. 39E nós somos testemunhas de tudo o que Jesus fez na terra dos judeus e em Jerusalém. Eles o mataram, pregando-o numa cruz. 40Mas Deus o ressuscitou no terceiro dia, concedendo-lhe manifestar-se 41não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus havia escolhido: a nós, que comemos e bebemos com Jesus, depois que ressuscitou dos mortos. 42E Jesus nos mandou pregar ao povo e testemunhar que Deus o constituiu juiz dos vivos e dos mortos. 43Todos os profetas dão testemunho dele: ‘Todo aquele que crê em Jesus recebe, em seu nome, o perdão dos pecados’”. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 117(118)

Este é o dia que o Senhor fez para nós: / alegremo-nos e nele exultemos!
  1. Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! / “Eterna é a sua misericórdia!” / A casa de Israel agora o diga: / “Eterna é a sua misericórdia!” – R.
  2. A mão direita do Senhor fez maravilhas, / a mão direita do Senhor me levantou. / Não morrerei, mas, ao contrário, viverei / para cantar as grandes obras do Senhor! – R.
  3. A pedra que os pedreiros rejeitaram / tornou-se agora a pedra angular. / Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: / que maravilhas ele fez a nossos olhos! – R.
Segunda Leitura: Colossenses 3,1-4

Leitura da carta de são Paulo aos Colossenses – Irmãos, 1se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, 2onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres. 3Pois vós morrestes, e a vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus. 4Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis também com ele, revestidos de glória. – Palavra do Senhor.
Evangelho: João 20,1-9

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – 1No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. 2Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo e não sabemos onde o colocaram”. 3Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. 6Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. 8Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu e acreditou. 9De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos. – Palavra da salvação.
Na missa vespertina, pode-se também proclamar (Lucas 24,13-35):
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – 13Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado, chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. 14Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido. 15Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. 16Os discípulos, porém, estavam como que cegos e não o reconheceram. 17Então Jesus perguntou: “O que ides conversando pelo caminho?” Eles pararam, com o rosto triste, 18e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: “Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias?” 19Ele perguntou: “O que foi?” Os discípulos responderam: “O que aconteceu com Jesus, o nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. 20Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. 21Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! 22É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo 23e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. 24Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu”.
25Então Jesus lhes disse: “Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! 26Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?” 27E, começando por Moisés e passando pelos profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele. 28Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. 29Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” Jesus entrou para ficar com eles. 30Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía. 31Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. 32Então um disse ao outro: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?” 33Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém, onde encontraram os onze reunidos com os outros. 34E estes confirmaram: “Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!” 35Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. – Palavra da salvação.
Reflexão:

O primeiro dia da semana nos remete ao Gênesis, que descreve a criação. A partir da ressurreição de Jesus, nasce nova criação, nova humanidade. Maria Madalena madruga para se dirigir ao túmulo, e constata que o corpo de Jesus já não está aí. Assustada, volta para dar a notícia aos discípulos. Pedro e o outro discípulo correm ao sepulcro e constatam o que Maria anunciou. Os dois veem as mesmas coisas, mas têm percepções diferentes. Pela posição das faixas e do pano, creem e concluem que Jesus não é mais prisioneiro das mortalhas e seu corpo não fora roubado. O túmulo foi apenas o lugar do descanso do corpo de Jesus. Nesse primeiro dia da semana, aconteceu algo extraordinário que somente quem tem fé e muito amor consegue descobrir e crer. O discípulo amado nos dá o testemunho de que é possível crer e apostar na superação dos sinais de morte, para que a vida resplandeça em toda sua beleza e plenitude. É possível desatar as amarras que não deixam a vida florescer. A ressurreição de Jesus nos dá a certeza de que é possível promover a vida, colaborando para que a nova humanidade aconteça. Deus é amigo da vida, por isso ressuscita seu Filho Jesus, libertando-o das trevas da morte.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

O anúncio da Páscoa

Pe. Henrique Benjamim, scj

“Cantemos ao Senhor: é verdadeiramente glorioso!” 
          Queridos irmãos e irmãs!
Resultado de imagem para pascoa do senhorTransmito-vos o anúncio da Páscoa com estas palavras da Liturgia, que repercutem o antiquíssimo hino de louvor dos hebreus depois da travessia do Mar Vermelho. Conta o Livro do Êxodo (cf. 15, 19-21) que, depois de atravessarem o mar enxuto e terem visto os egípcios submersos pelas águas, Miriam – a irmã de Moisés e Aarão – e as outras mulheres entoaram, dançando, este cântico de exultação: “Cantai ao Senhor que Se revestiu de glória.          Precipitou no mar o cavalo e o cavaleiro!” Por todo o mundo, os cristãos repetem este cântico na Vigília Pascal, cujo significado é depois explicado na respectiva oração; uma oração que agora, na plena luz da Ressurreição, jubilosamente fazemos nossa: “Também em nossos dias, Senhor, vemos brilhar as vossas antigas maravilhas: se outrora manifestastes o vosso poder libertando um só povo da perseguição do Faraó, hoje assegurais a salvação de todas as nações fazendo-as renascer pela água do Batismo: fazei que todos os povos da terra se tornem filhos de Abraão e membros do vosso povo eleito”.
      O Evangelho revelou-nos o cumprimento das figuras antigas: com a sua morte e ressurreição, Jesus Cristo libertou o homem da escravidão radical, a do pecado, e abriu-lhe a estrada para a verdadeira Terra Prometida, o Reino de Deus, Reino universal de justiça, de amor e de paz. Este “êxodo” verifica-se, antes de mais nada, no íntimo do próprio homem e consiste num novo nascimento no Espírito Santo, efeito do Batismo que Cristo nos deu precisamente no mistério pascal. O homem velho cede o lugar ao homem novo; a vida anterior é deixada para trás, pode-se caminhar numa vida nova (cf. Rm 6, 4). Mas o “êxodo” espiritual é princípio duma libertação integral, capaz de renovar toda a dimensão humana, pessoal e social.
Sim, irmãos, a Páscoa é a verdadeira salvação da humanidade! Se Cristo – o Cordeiro de Deus – não tivesse derramado o seu Sangue por nós, não teríamos qualquer esperança, o destino nosso e do mundo inteiro seria inevitavelmente a morte. Mas a Páscoa inverteu a tendência: a Ressurreição de Cristo é uma nova criação, como um enxerto que pode regenerar toda a planta. É um acontecimento que modificou a orientação profunda da história, fazendo-a pender de uma vez por todas para o lado do bem, da vida, do perdão. Somos livres, estamos salvos! Eis o motivo por que exultamos do íntimo do coração: “Cantemos ao Senhor: é verdadeiramente glorioso!”
         O povo cristão, saído das águas do Batismo, é enviado por todo o mundo a testemunhar esta salvação, a levar a todos o fruto da Páscoa, que consiste numa vida nova, liberta do pecado e restituída à sua beleza original, à sua bondade e verdade. Continuamente, ao longo de dois mil anos, os cristãos – especialmente os santos – fecundaram a história com a experiência viva da Páscoa. A Igreja é o povo do êxodo, porque vive constantemente o mistério pascal e espalha a sua força renovadora em todo o tempo e lugar. Também em nossos dias a humanidade tem necessidade de um “êxodo”, não de ajustamentos superficiais, mas de uma conversão espiritual e moral. Necessita da salvação do Evangelho, para sair de uma crise que é profunda e, como tal, requer mudanças profundas, a partir das consciências.
           Queridos irmãos e irmãs! A Páscoa não efetua qualquer magia. Assim como, para além do Mar Vermelho, os hebreus encontraram o deserto, assim também a Igreja, depois da Ressurreição, encontra sempre a história com as suas alegrias e as suas esperanças, os seus sofrimentos e as suas angústias. E, todavia esta história mudou, está marcada por uma aliança nova e eterna, está realmente aberta ao futuro. Por isso, salvos na esperança, prosseguimos a nossa peregrinação, levando no coração o cântico antigo e sempre novo: “Cantemos ao Senhor: é verdadeiramente glorioso!”.