Paróquia Beata Lindalva e São Cristóvão: fevereiro 2018

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Liturgia Diária

2ª SEMANA DA QUARESMA
(roxo – ofício do dia)
Somos chamados a seguir Jesus de forma desinteressada, pois, no reino de Deus, poder é sinônimo de serviço. O Senhor nos conceda a graça de sermos servos humildes e fiéis.
Primeira Leitura: Jeremias 18,18-20

Leitura do livro do profeta Jeremias – Naqueles dias, 18disseram eles: “Vinde para conspirarmos juntos contra Jeremias; um sacerdote não deixará morrer a lei; nem um sábio, o conselho; nem um profeta, a palavra. Vinde para o atacarmos com a língua, e não vamos prestar atenção a todas as suas palavras”. 19Atende-me, Senhor, ouve o que dizem meus adversários. 20Acaso pode-se retribuir o bem com o mal? Pois eles cavaram uma cova para mim. Lembra-te de que fui à tua presença para interceder por eles e tentar afastar deles a tua ira. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 30(31)

Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus!
  1. Retirai-me desta rede traiçoeira, / porque sois o meu refúgio protetor! / Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, / porque vós me salvareis, ó Deus fiel! – R.
  2. Ao redor, todas as coisas me apavoram; / ouço muitos cochichando contra mim; / todos juntos se reúnem, conspirando / e pensando como vão tirar-me a vida. – R.
  3. A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio / e afirmo que só vós sois o meu Deus! / Eu entrego em vossas mãos o meu destino; / libertai-me do inimigo e do opressor! – R.
Evangelho: Mateus 20,17-28

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 17enquanto Jesus subia para Jerusalém, ele tomou os doze discípulos à parte e, durante a caminhada, disse-lhes: 18“Eis que estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do homem será entregue aos sumos sacerdotes e aos mestres da lei. Eles o condenarão à morte 19e o entregarão aos pagãos para zombarem dele, para flagelá-lo e crucificá-lo. Mas no terceiro dia ressuscitará”. 20A mãe dos filhos de Zebedeu aproximou-se de Jesus com seus filhos e ajoelhou-se com a intenção de fazer um pedido. 21Jesus perguntou: “O que tu queres?” Ela respondeu: “Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu reino, um à tua direita e outro à tua esquerda”. 22Jesus, então, respondeu-lhes: “Não sabeis o que estais pedindo. Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber?” Eles responderam: “Podemos”. 23Então Jesus lhes disse: “De fato, vós bebereis do meu cálice, mas não depende de mim conceder o lugar à minha direita ou à minha esquerda. Meu Pai é quem dará esses lugares àqueles para os quais ele os preparou”. 24Quando os outros dez discípulos ouviram isso, ficaram irritados contra os dois irmãos. 25Jesus, porém, chamou-os e disse: “Vós sabeis que os chefes das nações têm poder sobre elas e os grandes as oprimem. 26Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser tornar-se grande torne-se vosso servidor; 27quem quiser ser o primeiro seja vosso servo. 28Pois o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate em favor de muitos”. – Palavra da salvação.
Reflexão:

Jesus chama de lado seus apóstolos para confidenciar-lhes algo importante. Comunica-lhes que, em Jerusalém, ele será entregue aos chefes, que o condenarão à morte. Sua paixão é descrita com três verbos: será “desprezado, açoitado e crucificado”. Mas virá também sua glorificação: “no terceiro dia ele ressuscitará”. Cenário sombrio, capaz de despertar aflição entre seus amigos, mesmo porque o caminho do Mestre é o caminho dos discípulos. Não é o que pensam  a esposa de Zebedeu e seus dois filhos, também apóstolos. Querem lugar de honra no Reino de Jesus, ao passo que ele lhes fala de sua morte na cruz. Os demais apóstolos também anseiam por ocupar os primeiros lugares. Negativo. Na comunidade de Jesus, “quem quiser tornar-se grande, seja aquele que serve” aos demais. Aí, o menor é o maior.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Liturgia Diária

2ª SEMANA DA QUARESMA
(roxo – ofício do dia)
A liturgia nos convida a abandonar o mal e nos deixarmos guiar pela prática do bem, realizando, com humildade, aquilo que professamos.
Primeira Leitura: Isaías 1,10.16-20

Leitura do livro do profeta Isaías – 10Ouvi a palavra do Senhor, magistrados de Sodoma, prestai ouvidos ao ensinamento do nosso Deus, povo de Gomorra. 16Lavai-vos, purificai-vos. Tirai a maldade de vossas ações de minha frente. Deixai de fazer o mal! 17Aprendei a fazer o bem! Procurai o direito, corrigi o opressor. Julgai a causa do órfão, defendei a viúva. 18Vinde, debatamos – diz o Senhor. Ainda que vossos pecados sejam como púrpura, tornar-se-ão brancos como a neve. Se forem vermelhos como o carmesim, tornar-se-ão como lã. 19Se consentirdes em obedecer, comereis as coisas boas da terra. 20Mas se recusardes e vos rebelardes, pela espada sereis devorados, porque a boca do Senhor falou! – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 49(50)

A todos os que procedem retamente / eu mostrarei a salvação que vem de Deus.
  1. “Eu não venho censurar teus sacrifícios, / pois sempre estão perante mim teus holocaustos; / não preciso dos novilhos de tua casa / nem dos carneiros que estão nos teus rebanhos. – R.
  2. Como ousas repetir os meus preceitos / e trazer minha aliança em tua boca? / Tu que odiaste minhas leis e meus conselhos / e deste as costas às palavras dos meus lábios! – R.
  3. Diante disso que fizeste, eu calarei? / Acaso pensas que eu sou igual a ti? / É disso que te acuso e repreendo, / e manifesto essas coisas aos teus olhos. – R.
  4. Quem me oferece um sacrifício de louvor, / este, sim, é que me honra de verdade. / A todo homem que procede retamente / eu mostrarei a salvação que vem de Deus.” – R.
Evangelho: Mateus 23,1-12

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 1Jesus falou às multidões e aos seus discípulos e lhes disse: 2“Os mestres da lei e os fariseus têm autoridade para interpretar a lei de Moisés. 3Por isso, deveis fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam. 4Amarram pesados fardos e os colocam nos ombros dos outros, mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los nem sequer com um dedo. 5Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros. Eles usam faixas largas, com trechos da Escritura, na testa e nos braços e põem na roupa longas franjas. 6Gostam de lugar de honra nos banquetes e dos primeiros lugares nas sinagogas. 7Gostam de ser cumprimentados nas praças públicas e de serem chamados de mestre. 8Quanto a vós, nunca vos deixeis chamar de mestre, pois um só é vosso mestre e todos vós sois irmãos. 9Na terra, não chameis a ninguém de pai, pois um só é vosso Pai, aquele que está nos céus. 10Não deixeis que vos chamem de guias, pois um só é o vosso guia, Cristo. 11Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. 12Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado”. – Palavra da salvação.
Reflexão:

As duras advertências de Jesus atingem primeiramente as lideranças religiosas. Elas conhecem as Escrituras, fazem belas pregações nas sinagogas, apontam os defeitos alheios. Talvez consigam até esconder-se atrás de seus impressionantes discursos. Página de incrível atualidade. Aos líderes religiosos e políticos, o Mestre pede que sejam cumpridores do que exigem dos outros. Ao povo em geral ele alerta para que não se deixe enganar com as conversas de certos líderes. São lobos ferozes disfarçados de ovelhas, dirá Jesus em outra ocasião (cf. Mt 7,15). Malfeitores também choram diante das câmeras de televisão! É preciso observar o que fazem. Os títulos podem encobrir atitudes não recomendáveis. Jesus espera atitudes de humildade e generoso serviço ao próximo.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Liturgia Diária

2ª SEMANA DA QUARESMA
(roxo – ofício do dia)
Em sua infinita misericórdia, o Senhor está sempre disposto a perdoar-nos. Somos convidados a ser, a seu exemplo, misericordiosos com nossos irmãos e irmãs.
Primeira Leitura: Daniel 9,4-10

Leitura da profecia de Daniel – 4“Eu te suplico, Senhor, Deus grande e terrível, que preservas a aliança e a benevolência aos que te amam e cumprem teus mandamentos; 5temos pecado, temos praticado a injustiça e a impiedade, temos sido rebeldes, afastando-nos de teus mandamentos e de tua lei; 6não temos prestado ouvidos a teus servos, os profetas, que, em teu nome, falaram a nossos reis e príncipes, a nossos antepassados e a todo o povo do país. 7A ti, Senhor, convém a justiça; e a nós, hoje, resta-nos ter vergonha no rosto: seja ao homem de Judá, aos habitantes de Jerusalém e a todo Israel, seja aos que moram perto e aos que moram longe, de todos os países para onde os escorraçaste por causa das infidelidades cometidas contra ti. 8A nós, Senhor, resta-nos ter vergonha no rosto: a nossos reis e príncipes e a nossos antepassados, pois que pecamos contra ti; 9mas a ti, Senhor, nosso Deus, cabe misericórdia e perdão, pois nos temos rebelado contra ti 10e não ouvimos a voz do Senhor, nosso Deus, indicando-nos o caminho de sua lei, que nos propôs mediante seus servos, os profetas”. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 78(79)

O Senhor não nos trata como exigem nossas faltas.
  1. Não lembreis as nossas culpas do passado, † mas venha logo sobre nós vossa bondade, / pois estamos humilhados em extremo. – R.
  2. Ajudai-nos, nosso Deus e salvador! † Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos! / Por vosso nome, perdoai nossos pecados! – R.
  3. Até vós chegue o gemido dos cativos: † libertai com vosso braço poderoso / os que foram condenados a morrer! / Quanto a nós, vosso rebanho e vosso povo, † celebraremos vosso nome para sempre, / de geração em geração vos louvaremos. – R.
Evangelho: Lucas 6,36-38

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 36“Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso. 37Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados. 38Dai e vos será dado. Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante será colocada no vosso colo; porque com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos”. – Palavra da salvação.
Reflexão:

Modelo de compaixão é o Pai celeste: “Sejam misericordiosos, como o Pai de vocês é misericordioso”. Mas o é também Jesus, a quem recorriam os sofredores, implorando: “Filho de Davi, tem piedade de nós” (Mt 9,27), “Senhor, tem piedade do meu filho” (Mt 17,15). O Mestre nunca negou uma resposta traduzida em boa obra em favor de quem, com fé, lhe pedisse ajuda. Quanto ao julgamento, corremos o risco de errar, já que as aparências enganam. E não conhecemos profundamente o ser humano. Aviso de Jesus: Pratiquem boas obras com generosidade, sem nada esperar como reconhecimento ou recompensa. É assim que Deus age: de modo abundante. Quanto mais formos gratuitos e generosos para com os outros, mais o Senhor nos cumulará de bens espirituais. E materiais.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Liturgia Diária

2º DA QUARESMA
(roxo – 2ª semana do saltério)
Jesus é o Filho amado do Pai que nos revela todo o esplendor de sua glória. Neste domingo celebramos a certeza de que, se Deus é por nós, nada nos impedirá de viver em sua presença e experimentar seu amor. A fé nos garante ser possível transfigurar a sociedade marcada pela violência e a vida de quem foi despojado de sua dignidade.
Primeira Leitura: Gênesis 22,1-2.9-13.15-18

Leitura do livro do Gênesis – Naqueles dias, 1Deus pôs Abraão à prova. Chamando-o, disse: “Abraão!” E ele respondeu: “Aqui estou”. 2E Deus disse: “Toma teu filho único, Isaac, a quem tanto amas, dirige-te à terra de Moriá e oferece-o aí em holocausto sobre um monte que eu te indicar”. 9Chegados ao lugar indicado por Deus, Abraão ergueu um altar, colocou a lenha em cima, amarrou o filho e o pôs sobre a lenha em cima do altar. 10Depois, estendeu a mão, empunhando a faca para sacrificar o filho. 11E eis que o anjo do Senhor gritou do céu, dizendo: “Abraão! Abraão!” Ele respondeu: “Aqui estou!” 12E o anjo lhe disse: “Não estendas a mão contra teu filho e não lhe faças nenhum mal! Agora sei que temes a Deus, pois não me recusaste teu filho único”. 13Abraão, erguendo os olhos, viu um carneiro preso num espinheiro pelos chifres; foi buscá-lo e ofereceu-o em holocausto no lugar do seu filho. 15O anjo do Senhor chamou Abraão, pela segunda vez, do céu 16e lhe disse: “Juro por mim mesmo – oráculo do Senhor –, uma vez que agiste desse modo e não me recusaste teu filho único, 17eu te abençoarei e tornarei tão numerosa tua descendência como as estrelas do céu e como as areias da praia do mar. Teus descendentes conquistarão as cidades dos inimigos. 18Por tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra, porque me obedeceste”. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 115(116B)

Andarei na presença de Deus, / junto a ele na terra dos vivos.
  1. Guardei a minha fé, mesmo dizendo: / “É demais o sofrimento em minha vida!” / É sentida por demais pelo Senhor / a morte de seus santos, seus amigos. – R.
  2. Eis que sou o vosso servo, ó Senhor, † vosso servo que nasceu de vossa serva; / mas me quebrastes os grilhões da escravidão! / Por isso oferto um sacrifício de louvor, / invocando o nome santo do Senhor. – R.
  3. Vou cumprir minhas promessas ao Senhor / na presença de seu povo reunido; / nos átrios da casa do Senhor, / em teu meio, ó cidade de Sião! – R.
Segunda Leitura: Romanos 8,31-34

Leitura da carta de são Paulo aos Romanos – Irmãos, 31se Deus é por nós, quem será contra nós? 32Deus, que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos daria tudo junto com ele? 33Quem acusará os escolhidos de Deus? Deus, que os declara justos? 34Quem condenará? Jesus Cristo, que morreu, mais ainda, que ressuscitou e está à direita de Deus, intercedendo por nós? – Palavra do Senhor.
Evangelho: Marcos 9,2-10

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 2Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e os levou sozinhos a um lugar à parte sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles. 3Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar. 4Apareceram-lhe Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus. 5Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. 6Pedro não sabia o que dizer, pois estavam todos com muito medo. 7Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: “Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!” 8E, de repente, olhando em volta, não viram mais ningu9Ao descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do homem tivesse ressuscitado dos mortos. 10Eles observaram essa ordem, mas comentavam entre si o que queria dizer “ressuscitar dos mortos”. – Palavra da salvação.

ém, a não ser somente Jesus com eles.
Reflexão:

A transfiguração de Jesus é relato presente nos três evangelhos sinóticos. Jesus sobe a montanha junto com três discípulos representativos e se transfigura; sua aparência se transforma e suas vestes ficam brancas. A descrição simboliza a antecipação da glória de Jesus ressuscitado. As personagens, Moisés e Elias, representam a totalidade do Antigo Testamento: Moisés a Lei e Elias os profetas. Pedro, diante de tamanha beleza, se entusiasma e propõe construir tendas e permanecer aí. É a tentação de quem se nega a descer para a planície e deseja fugir dos compromissos e dos problemas cotidianos. A visão não mudou a mentalidade de Pedro, que iguala Jesus, Moisés e Elias, ou seja, mantém o messianismo de Jesus nas categorias do Antigo Testamento. Da nuvem, símbolo da presença divina, sai uma voz, pedindo para que todos escutem o Filho amado. É a Jesus que agora devemos escutar. É ele que nos transforma em novos protagonistas do seu projeto; é ele a nova realidade que revela a presença de Deus.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Liturgia Diária

1ª SEMANA DA QUARESMA
(roxo – ofício do dia)
O Senhor convida seu povo a caminhar na sua lei, observando seus mandamentos. Para nós, cristãos, obedecer a esse preceito significa amar a todos, também aos que nos odeiam.
Primeira Leitura: Deuteronômio 26,16-19

Leitura do livro do Deuteronômio – Moisés dirigiu a palavra ao povo de Israel e lhe disse: 16“Hoje, o Senhor teu Deus te manda cumprir esses preceitos e decretos. Guarda-os e observa-os com todo o teu coração e com toda a tua alma. 17Tu escolheste hoje o Senhor para ser o teu Deus, para seguires os seus caminhos e guardares seus preceitos, mandamentos e decretos, e para obedeceres à sua voz. 18E o Senhor te escolheu, hoje, para que sejas para ele um povo particular, como te prometeu, a fim de observares todos os seus mandamentos. 19Assim ele te fará ilustre entre todas as nações que criou e te tornará superior em honra e glória, a fim de que sejas o povo santo do Senhor teu Deus, como ele disse”. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 118(119)

Feliz é quem na lei do Senhor Deus vai progredindo!
  1. Feliz o homem sem pecado em seu caminho, / que na lei do Senhor Deus vai progredindo! / Feliz o homem que observa seus preceitos / e de todo o coração procura a Deus! – R.
  2. Os vossos mandamentos vós nos destes / para serem fielmente observados. / Oxalá seja bem firme a minha vida / em cumprir vossa vontade e vossa lei! – R.
  3. Quero louvar-vos com sincero coração, / pois aprendi as vossas justas decisões. / Quero guardar vossa vontade e vossa lei; / Senhor, não me deixeis desamparado! – R.
Evangelho: Mateus 5,43-48

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 43“Vós ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’ 44Eu, porém, vos digo, amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem! 45Assim vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons e faz cair a chuva sobre justos e injustos. 46Porque, se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa? 47E se saudais somente os vossos irmãos, o que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? 48Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito”. – Palavra da salvação.
Reflexão:

Amar os inimigos não é atitude espontânea nem fácil. Trata-se de ensinamento inteiramente novo na época de Jesus, e ainda hoje ressoa incompreensível aos que não conhecem a Deus. No entanto, Jesus não hesita em exigir de nós um amor sem restrições. Fazer o bem a quem nos odeia, rezar por quem nos persegue, tudo isso está em sintonia com o jeito de Deus amar, pois o Pai celeste é bom e misericordioso com justos e injustos. Além disso, o próprio Jesus atinge o grau máximo do amor. Ele mesmo dissera: “Ninguém tem amor maior do que alguém que dá a vida pelos amigos” (Jo 15,13). Quanto aos inimigos, Jesus os surpreendeu com sincera expressão de amor nascida do seu coração e dos seus lábios na hora derradeira: “Pai, perdoa-lhes, porque eles não sabem o que estão fazendo” (Lc 23,34).
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Liturgia Diária

1ª SEMANA DA QUARESMA*
(roxo – ofício do dia)
Uma vez que somos cristãos, nossa justiça deve exceder a da letra fria da lei. O Senhor nos conceda a graça de praticar e observar o direito e a justiça.
Primeira Leitura: Ezequiel 18,21-28

Leitura da profecia de Ezequiel – Assim fala o Senhor: 21“Se o ímpio se arrepender de todos os pecados cometidos, e guardar todas as minhas leis, e praticar o direito e a justiça, viverá com certeza e não morrerá. 22Nenhum dos pecados que cometeu será lembrado contra ele. Viverá por causa da justiça que praticou. 23Será que eu tenho prazer na morte do ímpio? – oráculo do Senhor Deus. Não desejo, antes, que mude de conduta e viva? 24Mas, se o justo se desviar de sua justiça e praticar o mal, imitando todas as práticas detestáveis feitas pelo ímpio, poderá fazer isso e viver? Da justiça que ele praticou, nada mais será lembrado. Por causa da infidelidade e do pecado que cometeu, por causa disso morrerá. 25Mas vós andais dizendo: ‘A conduta do Senhor não é correta’. Ouvi, vós da casa de Israel: é a minha conduta que não é correta ou, antes, é a vossa conduta que não é correta? 26Quando um justo se desvia da justiça, pratica o mal e morre, é por causa do mal praticado que ele morre. 27Quando um ímpio se arrepende da maldade que praticou e observa o direito e a justiça, conserva a própria vida. 28Arrependendo-se de todos os seus pecados, com certeza viverá; não morrerá”. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 129(130)

Se levardes em conta nossas faltas, / quem haverá de subsistir?
  1. Das profundezas eu clamo a vós, Senhor, / escutai a minha voz! / Vossos ouvidos estejam bem atentos / ao clamor da minha prece! – R.
  2. Se levardes em conta nossas faltas, / quem haverá de subsistir? / Mas em vós se encontra o perdão, / eu vos temo e em vós espero. – R.
  3. No Senhor ponho a minha esperança, / espero em sua palavra. / A minha alma espera no Senhor / mais que o vigia pela aurora. – R.
  4. Espere Israel pelo Senhor / mais que o vigia pela aurora! / Pois no Senhor se encontra toda graça / e copiosa redenção. / Ele vem libertar a Israel / de toda a sua culpa. – R.
Evangelho: Mateus 5,20-26

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 20“Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da lei e dos fariseus, vós não entrareis no reino dos céus. 21Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal’. 22Eu, porém, vos digo, todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo; quem disser ao seu irmão ‘patife!’ será condenado pelo tribunal; quem chamar o irmão de tolo será condenado ao fogo do inferno. 23Portanto, quando tu estiveres levando a tua oferta para o altar e ali te lembrares que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24deixa a tua oferta ali diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão. Só então vai apresentar a tua oferta. 25Procura reconciliar-te com teu adversário, enquanto caminha contigo para o tribunal. Senão o adversário te entregará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça, e tu serás jogado na prisão. 26Em verdade eu te digo, dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo”. – Palavra da salvação.
Reflexão:

Mestres da Lei e fariseus pertenciam ao grupo governante, aliado a Roma, com interesse especial em manter a estrutura social da época, opressora e injusta. Jesus quer uma justiça capaz de transformar a sociedade opressora. Por isso, pede a seus discípulos uma justiça acompanhada de misericórdia e fidelidade (cf. Mt 23,23). Modelo é o Pai celeste que “faz seu sol nascer sobre malvados e bons, e faz chover sobre justos e injustos” (Mt 5,45). O preceito negativo “não matar” estende-se à exigência positiva de reconciliação. Não é possível prestar culto a Deus, se o coração está dominado pelo ódio. Tal culto deixa de ser autêntico e transforma-se em mera caricatura, inútil para Deus e escandalosa para os irmãos.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Liturgia Diária

CÁTEDRA DE SÃO PEDRO
(branco – ofício da festa)
Inspirado por Deus, Pedro reconhece Jesus como o Messias. Celebrando a Cátedra de Pedro, professemos também nós a nossa fé no enviado do Pai e peçamos-lhe a graça de testemunhá-lo com palavras e obras.
Primeira Leitura: 1 Pedro 5,1-4

Leitura da primeira carta de são Pedro – Caríssimos, 1exorto aos presbíteros que estão entre vós, eu, presbítero como eles, testemunha dos sofrimentos de Cristo e participante da glória que será revelada: 2sede pastores do rebanho de Deus, confiado a vós; cuidai dele não por coação, mas de coração generoso; não por torpe ganância, mas livremente; 3não como dominadores daqueles que vos foram confiados, mas, antes, como modelos do rebanho. 4Assim, quando aparecer o pastor supremo, recebereis a coroa permanente da glória. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 22(23)

O Senhor é o pastor que me conduz, / não me falta coisa alguma.
  1. O Senhor é o pastor que me conduz; / não me falta coisa alguma. / Pelos prados e campinas verdejantes / ele me leva a descansar. / Para as águas repousantes me encaminha / e restaura as minhas forças. – R.
  2. Ele me guia no caminho mais seguro, / pela honra do seu nome. / Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, / nenhum mal eu temerei. / Estais comigo com bastão e com cajado, / eles me dão a segurança! – R.
  3. Preparais à minha frente uma mesa, / bem à vista do inimigo; / com óleo vós ungis minha cabeça, / e o meu cálice transborda. – R.
  4. Felicidade e todo bem hão de seguir-me / por toda a minha vida; / e na casa do Senhor habitarei / pelos tempos infinitos. – R.
Evangelho: Mateus 16,13-19

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 13Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do homem?” 14Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros, que é Elias; outros, ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. 15Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” 16Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. 17Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu te darei as chaves do reino dos céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”. – Palavra da salvação.
Reflexão:

Cátedra é o símbolo da autoridade e do magistério do bispo, e catedral é a igreja-mãe da diocese, sede permanente do pastor. A cátedra de São Pedro é o reconhecimento de sua autoridade sobre a Igreja: “Você é Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha igreja”. Essa investidura dada por Jesus foi reforçada depois da ressurreição: “Alimente os meus cordeiros… Alimente as minhas ovelhas” (Jo 21,15.17). Os evangelhos fazem inúmeras referências a Pedro, mas são escassas as informações sobre seu ministério em Jerusalém, em Antioquia da Síria e em Roma. Entretanto, sua presença e martírio em Roma são comprovados por  muitos  estudiosos.  A  autoridade de Pedro (e de seus sucessores, os papas) se expressa pelo serviço, à semelhança do Mestre e Pastor, que veio para servir e não para ser servido.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Liturgia Diária

1ª SEMANA DA QUARESMA
(roxo – ofício do dia)
A Palavra do Senhor exerce em nós a mesma ação que a água na terra. Deixemo-nos fecundar por ela e aprendamos com o Mestre a atitude com a qual convém nos dirigirmos a Deus.
Primeira Leitura: Isaías 55,10-11

Leitura do livro do profeta Isaías – Isto diz o Senhor: 10“Assim como a chuva e a neve descem do céu e para lá não voltam mais, mas vêm irrigar e fecundar a terra e fazê-la germinar e dar semente para o plantio e para a alimentação, 11assim a palavra que sair de minha boca não voltará para mim vazia; antes, realizará tudo que for de minha vontade e produzirá os efeitos que pretendi ao enviá-la”. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 33(34)

O Senhor liberta os justos de todas as angústias.
  1. Comigo engrandecei ao Senhor Deus, / exaltemos todos juntos o seu nome! / Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu / e de todos os temores me livrou. – R.
  2. Contemplai a sua face e alegrai-vos, / e vosso rosto não se cubra de vergonha! / Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido, / e o Senhor o libertou de toda angústia. – R.
  3. O Senhor pousa seus olhos sobre os justos, / e seu ouvido está atento ao seu chamado; / mas ele volta a sua face contra os maus, / para da terra apagar sua lembrança. – R.
  4. Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta / e de todas as angústias os liberta. / Do coração atribulado ele está perto / e conforta os de espírito abatido. – R.
Evangelho: Mateus 6,7-15

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7“Quando orardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras. 8Não sejais como eles, pois vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o peçais. 9Vós deveis rezar assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10venha o teu reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus. 11O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. 12Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. 13E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. 14De fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará. 15Mas, se vós não perdoardes aos homens, vosso Pai também não perdoará as faltas que vós cometestes”. – Palavra da salvação.
Reflexão:

As crianças, mediante orações simples, surpreendem os adultos. Elas expressam, sem rodeios: “Papai do Céu, arrume um emprego  para o meu pai. Obrigado”. Dado que são sinceras e confiantes, serão atendidas. Jesus, nosso principal modelo de oração, não condena a insistência nos pedidos; ao contrário, a recomenda, conforme o faz na parábola do juiz e da viúva (cf. Lc 18,1ss). O que Jesus corrige é nossa tendência a multiplicar palavras (amontoar frases vazias) quando rezamos. Ao ensinar-nos a rezar, Jesus nos apresenta a essência da oração cristã. O pai-nosso contém uma invocação e sete pedidos, três em honra de Deus e quatro a favor do ser humano. Nossa oração só será eficaz se for acompanhada do perdão a quem nos ofendeu.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Hino da Campanha da Fraternidade 2018



01 – Neste tempo quaresmal, ó Deus da vida,
A tua Igreja se propõe a superar.
A violência que está nas mãos do mundo,
E sai do íntimo de quem não sabe amar. (Mc 7,21)
Refrão:
Fraternidade é superar a violência! (Mt 14, 1-12)
É derramar, em vez de sangue, mais perdão! (Jo 20, 21-23)
É fermentar na humanidade o amor fraterno! (Mt 13, 33)
Pois Jesus disse que “somos todos irmãos”. (Mt 23,8). (2x)
02 – Quem plantar a paz e o bem pelo caminho,
E cultivá-los com carinho e proteção,
Não mais verá a violência em sua terra. (Is 59,6)
Levar a paz é compromisso do cristão! (Ef 6, 15)
03 – A exclusão que leva à morte tanta gente, (EG 59)
corrompe vidas e destrói a criação. (LS 70)
– “Basta de guerra e violência, ó Deus clemente!” (Mq 2,2)
É o clamor dos filhos teus em oração.
04 – Venha a nós, Senhor, teu Reino de justiça,
Pleno de paz, de harmonia e unidade. (Mt 6, 10 e Rm 15, 17-19)
Sonhamos ver um novo céu e uma nova terra:
Todos na roda da feliz fraternidade. (Ap 21, 1-7)
05 – Tua Igreja tem o coração aberto, (EG 46-49)
E nos ensina o amor a cada irmão.
Em Jesus Cristo, acolhe, ama e perdoa,
Quem fez o mal, caiu em si, e quer perdão. (Mt 18, 21)

Campanha da Fraternidade 2018


Liturgia Diária



DEPOIS DAS CINZAS

(roxo – ofício do dia)

Permanecendo no caminho de Deus, teremos vida e felicidade. Dispostos a carregar a cruz e dar a vida pelo Reino, participemos desta celebração confiando-nos ao Senhor.
Primeira Leitura: Deuteronômio 30,15-20


Leitura do livro do Deuteronômio – Moisés falou ao povo, dizendo: 15“Vê que eu hoje te proponho a vida e a felicidade, a morte e a desgraça. 16Se obedeceres aos preceitos do Senhor teu Deus, que eu hoje te ordeno, amando ao Senhor teu Deus, seguindo seus caminhos e guardando seus mandamentos, suas leis e seus decretos, viverás e te multiplicarás, e o Senhor teu Deus te abençoará na terra em que vais entrar para possuí-la. 17Se, porém, o teu coração se desviar e não quiseres escutar, e se, deixando-te levar pelo erro, adorares deuses estranhos e os servires, 18eu vos anuncio hoje que certamente perecereis. Não vivereis muito tempo na terra onde ides entrar, depois de atravessar o Jordão, para ocupá-la. 19Tomo hoje o céu e a terra como testemunhas contra vós de que vos propus a vida e a morte, a bênção e a maldição. Escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e teus descendentes, 20amando ao Senhor teu Deus, obedecendo à sua voz e apegando-te a ele – pois ele é a tua vida e prolonga os teus dias, a fim de que habites na terra que o Senhor jurou dar a teus pais, Abraão, Isaac e Jacó”. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 1


É feliz quem a Deus se confia!
Feliz é todo aquele que não anda / conforme os conselhos dos perversos; / que não entra no caminho dos malvados / nem junto aos zombadores vai sentar-se; / mas encontra seu prazer na lei de Deus / e a medita, dia e noite, sem cessar. – R.
Eis que ele é semelhante a uma árvore / que à beira da torrente está plantada; / ela sempre dá seus frutos a seu tempo, † e jamais as suas folhas vão murchar. / Eis que tudo o que ele faz vai prosperar. – R.
Mas bem outra é a sorte dos perversos. † Ao contrário, são iguais à palha seca / espalhada e dispersada pelo vento. / Pois Deus vigia o caminho dos eleitos, / mas a estrada dos malvados leva à morte. – R.
Evangelho: Lucas 9,22-25


Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 22“O Filho do homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia”. 23Depois Jesus disse a todos: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia e siga-me. 24Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará. 25Com efeito, de que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro se se perde e se destrói a si mesmo?” – Palavra da salvação.
Reflexão:


Jesus se confronta com as autoridades civis e religiosas e será condenado à morte. Essa é a realidade reservada ao Mestre; esse é o itinerário que todo cristão deverá percorrer: “Quem quiser salvar a própria vida, a perderá. Mas quem perder a própria vida por causa de mim, a salvará”. Morrer para viver. Parece atitude absurda, mas a nossa salvação é fruto do extremo sacrifício de Jesus. “Alguém pagou preço alto pelo resgate de vocês” (1Cor 6,20). Essa era a catequese ensinada aos primeiros cristãos: “Nós anunciamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para as nações” (1Cor 1,23). Aos discípulos de Jesus cabe trilhar o caminho percorrido por ele. Quais são os meus projetos pessoais? Quais são os projetos de Jesus para mim?

(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Campanha da Fraternidade 2018

Campanha da Fraternidade 2018 (CF 2018) é realizada todos os anos pela Igreja Católica no Brasil durante o período da Quaresma, e a campanha é coordenada pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. A Campanha da Fraternidade tem como principal objetivo despertar a solidariedade de todos os seus fiéis e também da sociedade brasileira, em um problema que envolve todos nós, buscando assim uma solução para resolver esses determinados problemas. Todos os anos, são escolhidos temas, o Tema da Campanha da Fraternidade 2018 é: “Fraternidade e superação da violência, tendo como lema Em Cristo somos todos irmãos (Mt 23,8)“.
CF 2018 é realizada em âmbito nacional, e envolve todas as comunidades cristãs católicas e ecumênicas do Brasil. A arrecadação da Campanha da Fraternidade compõe o Fundo Nacional de Solidariedade e os Fundos Diocesanos de Solidariedade, onde 60% da arrecadação são destinadas ao apoio de projetos sociais da própria comunidade diocesana, e os outros 40% restantes compõem o FNS, que são destinados para o fortalecimento da solidariedade em diversas regiões do país.
Educar para a vida em fraternidade, com base na justiça e no amor, exigências centrais do Evangelho.
Renovar a consciência da responsabilidade de todos pela ação da Igreja Católica na evangelização e na promoção humana, tendo em vista uma sociedade justa e solidária.

Tema da Campanha da Fraternidade 2018 – Tema e lema da CF 2018

tema e lema da CF 2018 já foi escolhido pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos), confira:
O tema será Fraternidade e superação da violência, tendo como lema Em Cristo somos todos irmãos (Mt 23,8).

Campanha da Fraternidade 2018 Datas

Muitas pessoas que vem aqui no site tem essa dúvida, “Quais são as datas da Campanha da Fraternidade 2018?” A Campanha da Fraternidade 2018 começa na quarta-feira de cinzas e se estende durante o ano todo. Algumas pessoas acham que a CF 2018 termina depois da Páscoa, mas como falamos acima, acontece durante o ano todo, juntamente com o Ano Litúrgico, onde são desenvolvidas diversas atividades pastorais em todas as regiões do Brasil.
14 de fevereiro de 2018 – Quarta-feira de cinzas: Lançamento da Campanha da Fraternidade 2018 em todo Brasil (nacional, regional, diocesano e paroquial), com mensagem do Papa Francisco, da Presidência da CNBB entre outros.
Realização da Campanha da Fraternidade 2018: 14 de fevereiro a 25 de março de 2018.
Domingo de Ramos: 25 de Março de 2018 – Coleta Nacional da solidariedade.
Como falamos acima, a Campanha da Fraternidade acontece o ano todo, onde ela é trabalhada, debatida e refletida com todas as comunidades no Brasil. Mas com ela é debatida? A resposta é muito simples! Ela é debatida com cartazes, hinos, desenhos, texto-base, vídeos, textos destinados para cada pastoral entre muitas outras formas.

Oração da Campanha da Fraternidade 2018

Confira a oração da CF 2018:
Deus e Pai,
nós vos louvamos pelo vosso infinito amor
e vos agradecemos por ter enviado Jesus,
o Filho amado, nosso irmão.

Ele veio trazer paz e fraternidade à terra
e, cheio de ternura e compaixão,
sempre viveu relações repletas
de perdão e misericórdia.

Derrama sobre nós o Espírito Santo,
para que, com o coração convertido,
acolhamos o projeto de Jesus
e sejamos construtores de uma sociedade
justa e sem violência,
para que, no mundo inteiro, cresça
o vosso Reino de liberdade, verdade e de paz.
Amém!


Fonte> http://www.campanhadafraternidade2017.com.br/campanha-da-fraternidade-2018-tema-e-lema/

Liturgia Diária



CINZAS – JEJUM E ABSTINÊNCIA

(roxo – ofício do dia da 4ª semana do saltério)

Com a Quarta-feira de Cinzas, iniciamos a caminhada quaresmal rumo à Páscoa da ressurreição. Deixemo-nos reconciliar com Deus, trilhando o caminho da conversão na companhia da caridade, da oração e do jejum. O Pai benigno e misericordioso nos convida a assumir também a proposta da Campanha da Fraternidade, que neste ano nos motiva à superação de toda violência e intolerância.
Primeira Leitura: Joel 2,12-18




Leitura da profecia de Joel – 12“Agora, diz o Senhor, voltai para mim com todo o vosso coração, com jejuns, lágrimas e gemidos; 13rasgai o coração, e não as vestes, e voltai para o Senhor, vosso Deus; ele é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia, inclinado a perdoar o castigo.” 14Quem sabe se ele se volta para vós e vos perdoa, e deixa atrás de si a bênção, oblação e libação para o Senhor, vosso Deus? 15Tocai trombeta em Sião, prescrevei o jejum sagrado, convocai a assembleia; 16congregai o povo, realizai cerimônias de culto, reuni anciãos, ajuntai crianças e lactentes; deixe o esposo seu aposento, e a esposa seu leito. 17Chorem, postos entre o vestíbulo e o altar, os ministros sagrados do Senhor e digam: “Perdoa, Senhor, a teu povo e não deixes que esta tua herança sofra infâmia e que as nações a dominem”. Por que se haveria de dizer entre os povos: “Onde está o Deus deles?” 18Então, o Senhor encheu-se de zelo por sua terra e perdoou ao seu povo. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 50(51)




Misericórdia, ó Senhor, pois pecamos.
Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! / Na imensidão de vosso amor, purificai-me! / Lavai-me todo inteiro do pecado / e apagai completamente a minha culpa! – R.
Eu reconheço toda a minha iniquidade, / o meu pecado está sempre à minha frente. / Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei, / pratiquei o que é mau aos vossos olhos! – R.
Criai em mim um coração que seja puro, / dai-me de novo um espírito decidido. / Ó Senhor, não me afasteis de vossa face / nem retireis de mim o vosso Santo Espírito! – R.
Dai-me de novo a alegria de ser salvo / e confirmai-me com espírito generoso! / Abri meus lábios, ó Senhor, para cantar, / e minha boca anunciará vosso louvor! – R.
Segunda Leitura: 2 Coríntios 5,20–6,2




Leitura da segunda carta de são Paulo aos Coríntios – Irmãos, 20somos embaixadores de Cristo, e é Deus mesmo que exorta através de nós. Em nome de Cristo, nós vos suplicamos: deixai-vos reconciliar com Deus. 21Aquele que não cometeu nenhum pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele nós nos tornemos justiça de Deus. 6,1Como colaboradores de Cristo, nós vos exortamos a não receberdes em vão a graça de Deus, 2pois ele diz: “No momento favorável eu te ouvi, e no dia da salvação eu te socorri”. É agora o momento favorável, é agora o dia da salvação. – Palavra do Senhor.
Evangelho: Mateus 6,1-6.16-18




Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 1“Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus. 2Por isso, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens. Em verdade vos digo, eles já receberam a sua recompensa. 3Ao contrário, quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita, 4de modo que a tua esmola fique oculta. E o teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa. 5Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar em pé, nas sinagogas e nas esquinas das praças, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo, eles já receberam a sua recompensa. 6Ao contrário, quando tu orares, entra no teu quarto, fecha a porta e reza ao teu Pai que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa. 16Quando jejuardes, não fiqueis com o rosto triste como os hipócritas. Eles desfiguram o rosto para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade vos digo, eles já receberam a sua recompensa. 17Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, 18para que os homens não vejam que tu estás jejuando, mas somente teu Pai, que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa”. – Palavra da salvação.
Reflexão:




Fazer o bem é atitude correta e louvável. Além disso, o benfeitor será recompensado por Deus, pois “o Pai que vê, no segredo, o recompensará”. A recompensa celeste cessa quando a pessoa faz publicidade de suas obras para receber aplausos. Jesus indica três boas obras que figuram como exemplos para as demais: dar esmola, jejuar, e orar. Se forem acompanhados de reta intenção, e não simplesmente feitos para conquistar elogios e bajulações, esses gestos serão agradáveis a Deus e promoverão a fraternidade. Jesus nos adverte sobre o perigo, tão comum à natureza humana, de corrermos atrás da glória deste mundo. O que conta realmente é a conversão a Deus e aos irmãos e irmãs. Projeto para toda a quaresma.

(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Liturgia Diária



6ª SEMANA COMUM

(verde – ofício do dia)

Deus não é tentado nem tenta a ninguém. Nós, no entanto, às vezes cedemos às tentações. O Senhor nos conceda a força necessária para superá-las e nos ajude a compreender melhor a pessoa de seu Filho.
Primeira Leitura: Tiago 1,12-18


Leitura da carta de são Tiago – 12Feliz o homem que suporta a provação. Porque, uma vez provado, receberá a coroa da vida, que o Senhor prometeu àqueles que o amam. 13Ninguém, ao ser tentado, deve dizer: “É Deus que me está tentando”, pois Deus não pode ser tentado pelo mal e tampouco ele tenta a ninguém. 14Antes, cada qual é tentado por sua própria concupiscência, que o arrasta e seduz. 15Em seguida, a concupiscência concebe o pecado e o dá à luz, e o pecado, uma vez consumado, gera a morte. 16Meus queridos irmãos, não vos enganeis. 17Todo dom precioso e toda dádiva perfeita vêm do alto; descem do Pai das luzes, no qual não há mudança nem sombra de variação. 18De livre vontade ele nos gerou, pela Palavra da verdade, a fim de sermos como que as primícias de suas criaturas. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 93(94)


Bem-aventurado é aquele a quem ensinais vossa lei!
É feliz, ó Senhor, quem formais † e educais nos caminhos da lei, / para dar-lhe um alívio na angústia. – R.
O Senhor não rejeita o seu povo / e não pode esquecer sua herança: / voltarão a juízo as sentenças; / quem é reto andará na justiça. – R.
Quando eu penso: “Estou quase caindo!”, / vosso amor me sustenta, Senhor! / Quando o meu coração se angustia, / consolais e alegrais minha alma. – R.
Evangelho: Marcos 8,14-21


Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 14os discípulos tinham se esquecido de levar pães. Tinham consigo na barca apenas um pão. 15Então Jesus os advertiu: “Prestai atenção e tomai cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes”. 16Os discípulos diziam entre si: “É porque não temos pão”. 17Mas Jesus percebeu e perguntou-lhes: “Por que discutis sobre a falta de pão? Ainda não entendeis nem compreendeis? Vós tendes o coração endurecido? 18Tendo olhos, vós não vedes e, tendo ouvidos, não ouvis? Não vos lembrais 19de quando reparti cinco pães para cinco mil pessoas? Quantos cestos vós recolhestes cheios de pedaços?” Eles responderam: “Doze”. 20Jesus perguntou: “E quando reparti sete pães com quatro mil pessoas, quantos cestos vós recolhestes cheios de pedaços?” Eles responderam: “Sete”. 21Jesus disse: “E vós ainda não compreendeis?” – Palavra da salvação.
Reflexão:


Os fariseus exercem influência sobre o povo, ensinando-lhe uma ideologia nacionalista: querem, para Israel, um Messias poderoso, dominador das demais nações. Os herodianos (adeptos de Herodes) querem que Israel seja superior aos outros povos, aceitando, para isso, um rei prepotente (Herodes). É contra essa mentalidade que Jesus previne seus discípulos. Estes acompanham Jesus por toda parte e veem as obras grandiosas que ele realiza. Não obstante o privilégio de estar sempre ao lado do Mestre, seus discípulos ficam na superfície; “têm o coração endurecido”, como os fariseus. Daí a dura reprimenda de Jesus: “Vocês têm olhos e não enxergam, têm ouvidos e não escutam?”. Eles têm na barca apenas um pão (Jesus e sua mensagem), mas não o percebem. Não lhes falta nada.

(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Liturgia Diária


6ª SEMANA COMUM

(verde – ofício do dia)

Reunidos em comunidade, pedimos ao Senhor, em vez de sinais, sabedoria, a fim de seguir os seus preceitos e caminhar conforme a sua vontade.
Primeira Leitura: Tiago 1,1-11


Início da carta de são Tiago – 1Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que vivem na dispersão: saudações. 2Meus irmãos, quando deveis passar por diversas provações, considerai isso motivo de grande alegria, 3por saberdes que a comprovação da fé produz em vós a perseverança. 4Mas é preciso que a perseverança gere uma obra de perfeição, para que vos torneis perfeitos e íntegros, sem falta ou deficiência alguma. 5Se a alguém de vós falta sabedoria, peça-a a Deus, que a concede generosamente a todos, sem impor condições; e ela lhe será dada. 6Mas peça com fé, sem duvidar, porque aquele que duvida é semelhante a uma onda do mar, impelida e agitada pelo vento. 7Não pense tal pessoa que receberá alguma coisa do Senhor: 8o homem de duas almas é inconstante em todos os seus caminhos. 9O irmão humilde pode ufanar-se de sua exaltação, 10mas o rico deve gloriar-se de sua humilhação. Pois há de passar como a flor da erva. 11Com efeito, basta que surja o sol com o seu calor, logo seca a erva, cai a sua flor e desaparece a beleza do seu aspecto. Assim também acabará por murchar o rico no meio de seus negócios. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 118(119)


Venha a mim o vosso amor e viverei.
Antes de ser por vós provado, eu me perdera; / mas agora sigo firme em vossa lei! – R.
Porque sois bom e realizais somente o bem, / ensinai-me a fazer vossa vontade! – R.
Para mim foi muito bom ser humilhado, / porque assim eu aprendi vossa vontade! – R.
A lei de vossa boca, para mim, / vale mais do que milhões em ouro e prata. – R.
Sei que os vossos julgamentos são corretos / e com justiça me provastes, ó Senhor! – R.
Vosso amor seja um consolo para mim, / conforme a vosso servo prometestes. – R.
Evangelho: Marcos 8,11-13


Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 11os fariseus vieram e começaram a discutir com Jesus. E, para pô-lo à prova, pediam-lhe um sinal do céu. 12Mas Jesus deu um suspiro profundo e disse: “Por que esta gente pede um sinal? Em verdade vos digo, a esta gente não será dado nenhum sinal”. 13E, deixando-os, Jesus entrou de novo na barca e se dirigiu para a outra margem. – Palavra da salvação.
Reflexão:


Os fariseus não dão trégua a Jesus. Parecem não ter outra ocupação, a não ser arrumar armadilha para ver o fracasso dele. Desta vez, levantam dúvidas sobre sua pessoa e obras. Jesus nunca se omite; fala abertamente em público; não economiza ensinamentos; reparte o pão para a multidão faminta; faz prodígios que despertam o entusiasmo e a admiração de grande número de pessoas. E chegam os fariseus com essa objeção deslocada, inconveniente, desnecessária: pedem a Jesus uma comprovação de sua autoridade; pedem-lhe um sinal do céu. Cegos, eles não admitem que o Messias é o maior sinal do céu. Diante de tamanha dureza de coração e arrogância, a Jesus resta apenas suspirar “profundamente em seu espírito” e partir para a outra margem. Inútil bater em ferro frio.

(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

domingo, 11 de fevereiro de 2018

Liturgia Diária



6º DO TEMPO COMUM

(verde – 2ª semana do saltério)

Jesus se compadece da humanidade em suas misérias, e nós somos convidados a imitá-lo. Sua salvação opera por meio do agir libertador e da inclusão dos excluídos. Celebremos a páscoa de Cristo, a qual se realiza na compaixão com os sofredores e no empenho para lhes devolver a dignidade, superando preconceitos e discriminações.
Primeira Leitura: 2 Reis 5,9-14

Leitura do segundo livro dos Reis – Naqueles dias, 9Naamã chegou com seus cavalos e carros e parou à porta da casa de Eliseu. 10Eliseu mandou um mensageiro para lhe dizer: “Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e tua carne será curada e ficarás limpo”. 11Naamã, irritado, foi-se embora, dizendo: “Eu pensava que ele sairia para me receber e que, de pé, invocaria o nome do Senhor, seu Deus, e que tocaria com sua mão o lugar da lepra e me curaria. 12Será que os rios de Damasco, o Abana e o Farfar, não são melhores do que todas as águas de Israel, para eu me banhar nelas e ficar limpo?” Deu meia-volta e partiu indignado. 13Mas seus servos aproximaram-se dele e disseram-lhe: “Senhor, se o profeta te mandasse fazer uma coisa difícil, não a terias feito? Quanto mais agora que ele te disse: ‘Lava-te e ficarás limpo’”. 14Então ele desceu e mergulhou sete vezes no Jordão, conforme o homem de Deus tinha mandado, e sua carne tornou-se semelhante à de uma criancinha, e ele ficou purificado. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 31(32)


Sois, Senhor, para mim, alegria e refúgio.
Feliz o homem que foi perdoado / e cuja falta já foi encoberta! / Feliz o homem a quem o Senhor † não olha mais como sendo culpado / e em cuja alma não há falsidade! – R.
Eu confessei, afinal, meu pecado / e minha falta vos fiz conhecer. / Disse: “Eu irei confessar meu pecado!” / E perdoastes, Senhor, minha falta. – R.
Regozijai-vos, ó justos, em Deus † e no Senhor exultai de alegria! / Corações retos, cantai jubilosos! – R.
Segunda Leitura: 1 Coríntios 10,31–11,1


Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios – Irmãos, 31quer comais, quer bebais, quer façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus. 32Não escandalizeis ninguém, nem judeus, nem gregos, nem a Igreja de Deus. 33Fazei como eu, que procuro agradar a todos em tudo, não buscando o que é vantajoso para mim mesmo, mas o que é vantajoso para todos, a fim de que sejam salvos. 11,1Sede meus imitadores, como também eu o sou de Cristo. – Palavra do Senhor.
Evangelho: Marcos 1,40-45


Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 40um leproso chegou perto de Jesus e, de joelhos, pediu: “Se queres, tens o poder de curar-me”. 41Jesus, cheio de compaixão, estendeu a mão, tocou nele e disse: “Eu quero: fica curado!” 42No mesmo instante a lepra desapareceu e ele ficou curado. 43Então Jesus o mandou logo embora, 44falando com firmeza: “Não contes nada disso a ninguém! Vai, mostra-te ao sacerdote e oferece, pela tua purificação, o que Moisés ordenou, como prova para eles!” 45Ele foi e começou a contar e a divulgar muito o fato. Por isso Jesus não podia mais entrar publicamente numa cidade: ficava fora, em lugares desertos. E de toda parte vinham procurá-lo. – Palavra da salvação.
Reflexão:


Jesus se defronta com um leproso, símbolo máximo de exclusão religiosa e social. Diante da marginalização provocada por leis injustas, Jesus toma posição em defesa da vida, relativizando o código do puro e do impuro. O doente é corajoso e confiante, quebra as normas do isolamento e se aproxima de Jesus: “se queres, podes me curar”. Ele reconhece que Jesus tem o poder de reintegrá-lo ao convívio social. Jesus toca o doente: este fica curado. E Jesus, por sua vez, se torna “impuro”: é mais um excluído que tem que viver fora, em lugares desertos. Diante desse fato, somos convidados a olhar não tanto para o “milagre” em si, mas para o que ele aponta. Com esse gesto, Jesus quer derrubar as barreiras levantadas por preconceitos, criados por certas leis ultrapassadas ou pela intolerância que provocam exclusões e perseguições. A ação de Jesus se opõe à “política higienista”, que propõe varrer para o ostracismo cidadãos mendigos e “impuros”. Deus não marginaliza, é a sociedade que coloca barreiras e exclui os indesejáveis, os “leprosos”.

(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

sábado, 10 de fevereiro de 2018

Liturgia Diária



SANTA ESCOLÁSTICA – VIRGEM

(branco – ofício da memória)

A exemplo de Jesus, Escolástica (Itália, 480-547) soube pôr a caridade acima das regras e instituições humanas. Conhecida como mulher de grande contemplação, fundou o mosteiro das Beneditinas. Tinha com seu irmão, são Bento, uma relação muito santa e amigável.
Primeira Leitura: 1 Reis 12,26-32; 13,33-34


Leitura do primeiro livro dos Reis – Naqueles dias, 26Jeroboão refletiu consigo mesmo: “Como estão as coisas, o reino vai voltar à casa de Davi. 27Se este povo continuar a subir ao templo do Senhor em Jerusalém para oferecer sacrifícios, seu coração se voltará para o seu soberano, Roboão, rei de Judá; eles me matarão e se voltarão para Roboão, rei de Judá”. 28Depois de ter refletido bem, o rei fez dois bezerros de ouro e disse ao povo: “Não subais mais a Jerusalém! Eis aqui, Israel, os deuses que te tiraram da terra do Egito”. 29Colocou um bezerro em Betel e outro em Dã. 30Isto foi ocasião de pecado, pois o povo ia em procissão até Dã para adorar um dos bezerros. 31Jeroboão construiu também templos sobre lugares altos e designou como sacerdotes homens tirados do povo, que não eram filhos de Levi. 32E instituiu uma festa no dia quinze do oitavo mês, à semelhança da que era celebrada em Judá. E subiu ao altar. Fez a mesma coisa em Betel, para sacrificar aos bezerros que havia feito. E estabeleceu em Betel sacerdotes nos santuários que tinha construído nos lugares altos. 13,33Depois disso, Jeroboão não abandonou o seu mau caminho, mas continuou a tomar homens do meio do povo e a constituí-los sacerdotes dos santuários dos lugares altos. Todo aquele que queria era consagrado e se tornava sacerdote dos lugares altos. 34Esse modo de proceder fez cair em pecado a casa de Jeroboão e provocou a sua ruína e o seu extermínio da face da terra. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 105(106)


Lembrai-vos, ó Senhor, de mim, lembrai-vos, / segundo o amor que demonstrais ao vosso povo.
Pecamos como outrora nossos pais, / praticamos a maldade e fomos ímpios; / no Egito nossos pais não se importaram / com os vossos admiráveis grandes feitos. – R.
Construíram um bezerro no Horeb / e adoraram uma estátua de metal; / eles trocaram o seu Deus, que é sua glória, / pela imagem de um boi que come feno. – R.
Esqueceram-se do Deus que os salvara, / que fizera maravilhas no Egito; / no país de Cam fez tantas obras admiráveis, / no mar Vermelho, tantas coisas assombrosas. – R.
Evangelho: Marcos 8,1-10


Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – 1Naqueles dias, havia de novo uma grande multidão e não tinha o que comer. Jesus chamou os discípulos e disse: 2“Tenho compaixão dessa multidão, porque já faz três dias que está comigo e não tem nada para comer. 3Se eu os mandar para casa sem comer, vão desmaiar pelo caminho, porque muitos deles vieram de longe”. 4Os discípulos disseram: “Como poderia alguém saciá-los de pão aqui no deserto?” 5Jesus perguntou-lhes: “Quantos pães tendes?” Eles responderam: “Sete”. 6Jesus mandou que a multidão se sentasse no chão. Depois, pegou os sete pães e deu graças, partiu-os e ia dando aos seus discípulos, para que os distribuíssem. E eles os distribuíam ao povo. 7Tinham também alguns peixinhos. Depois de pronunciar a bênção sobre eles, mandou que os distribuíssem também. 8Comeram e ficaram satisfeitos, e recolheram sete cestos com os pedaços que sobraram. 9Eram quatro mil, mais ou menos. E Jesus os despediu. 10Subindo logo na barca com seus discípulos, Jesus foi para a região de Dalmanuta. – Palavra da salvação.
Reflexão:


Do mesmo modo que Jesus partilhou pão e peixe com os judeus, agora o faz com os pagãos. Esse fato indica que o Messias estende sua obra de salvação não só a Israel, mas igualmente aos demais povos. Nenhum povo é superior a outro. Sentindo compaixão da multidão, Jesus se propõe saciar-lhe a fome. Promove, então, uma ação conjunta, que envolve a participação de todos (discípulos e multidão). Recolhe das pessoas o que podem oferecer. O número sete indica totalidade: colaboração de cada um para alimentar a todos. A partilha do pão é figura da eucaristia e expressão de amor e vida em favor de toda a humanidade. Não basta sentir compaixão pelos irmãos mais pobres; é preciso manifestar-lhes, com gestos concretos, nossa solidariedade.

(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Liturgia Diária




5ª SEMANA COMUM

(verde – ofício do dia)

Nossa felicidade e união dependem da escuta da Palavra e da observância de seus ensinamentos. O Senhor nos dê a graça de escutá-la e, com a boca e com a vida, anunciar a chegada do seu reino.
Primeira Leitura: 1 Reis 11,29-32; 12,19


Leitura do primeiro livro dos Reis – 29Aconteceu, naquele tempo, que, tendo Jeroboão saído de Jerusalém, veio ao seu encontro o profeta Aías, de Silo, coberto com um manto novo. Os dois achavam-se sós no campo. 30Aías, tomando o manto novo que vestia, rasgou-o em doze pedaços 31e disse a Jeroboão: “Toma para ti dez pedaços. Pois assim fala o Senhor, Deus de Israel: Eis que vou arrancar o reino das mãos de Salomão e te darei dez tribos. 32Mas ele ficará com uma tribo, por consideração para com meu servo Davi e para com Jerusalém, cidade que escolhi dentre todas as tribos de Israel”. 12,19Israel rebelou-se contra a casa de Davi até o dia de hoje. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 80(81)


Ouve, meu povo, porque eu sou o teu Deus!
Em teu meio não exista um deus estranho, / nem adores a um deus desconhecido! / Porque eu sou o teu Deus e teu Senhor, / que da terra do Egito te arranquei. – R.
Mas meu povo não ouviu a minha voz, / Israel não quis saber de obedecer-me. / Deixei, então, que eles seguissem seus caprichos, / abandonei-os ao seu duro coração. – R.
Quem me dera que meu povo me escutasse! / Que Israel andasse sempre em meus caminhos! / Seus inimigos, sem demora, humilharia / e voltaria minha mão contra o opressor. – R.
Evangelho: Marcos 7,31-37


Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 31Jesus saiu de novo da região de Tiro, passou por Sidônia e continuou até o mar da Galileia, atravessando a região da Decápole. 32Trouxeram então um homem surdo, que falava com dificuldade, e pediram que Jesus lhe impusesse a mão. 33Jesus afastou-se com o homem para fora da multidão; em seguida, colocou os dedos nos seus ouvidos, cuspiu e, com a saliva, tocou a língua dele. 34Olhando para o céu, suspirou e disse: “Efatá!”, que quer dizer: “Abre-te!” 35Imediatamente seus ouvidos se abriram, sua língua se soltou e ele começou a falar sem dificuldade. 36Jesus recomendou com insistência que não contassem a ninguém. Mas, quanto mais ele recomendava, mais eles divulgavam. 37Muito impressionados, diziam: “Ele tem feito bem todas as coisas: aos surdos faz ouvir e aos mudos falar”. – Palavra da salvação.
Reflexão:


Na linguagem dos profetas, surdez e cegueira simbolizam incompreensão e resistência à mensagem de Deus. Neste episódio, a surdez pode significar o obstáculo que impede os discípulos de compreender os ensinamentos de Jesus. O falar com dificuldade (tartamudear) é impedimento ou limitação para anunciar a Palavra de Deus. Os discípulos de Jesus, na verdade, continuam mantendo a mentalidade de que os judeus eram superiores aos demais povos. Não aceitam que todos são iguais no Reino de Deus. Além disso, a cena vem carregada de simbolismo batismal. Com efeito, a pessoa batizada se torna nova criatura: Jesus lhe abre os ouvidos e solta-lhe a língua, para que ela escute, pratique e faça os outros conhecer a Palavra de Deus. Que importância atribuímos ao conhecimento e leitura da Bíblia Sagrada?

(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)