Paróquia Beata Lindalva e São Cristóvão: março 2017

sexta-feira, 31 de março de 2017

O último sinal: a ressurreição


Pe. Luiz Alípio, scj!

A Liturgia do 5º Domingo da Quaresma traz o episódio da ressureição de Lázaro (Jo 11). Na literatura joanina, a ressurreição de Lázaro é o último sinal realizado por Jesus. Os sinais (milagres) visava o despertar da fé de todas as pessoas que testemunhavam tal fato. Por outro lado, esses mesmos sinais definiam a própria pessoa de Jesus. Jesus multiplica os pães: “Eu sou o Pão da Vida” (Jo 6, 35); Jesus cura o cego: “Eu sou a Luz da vida” (Jo 8, 12); Jesus ressuscita Lázaro: “ Eu sou a ressurreição” (Jo 11, 25). A expressão “Eu sou” está associado ao nome revelado por Deus a Moises no episódio da sarça ardente: “o ‘Eu sou’ mandou dizer” (Ex 3, 14)... Com essa introdução, o evangelista João quer mostrar que Jesus é Deus. Se Jesus é Deus, então ele pode fazer tudo: transformar a agua em vinho, curas os cegos, paralíticos, coxos e mudos; multiplicar os pães; perdoar os pecadores e até mesmo ressuscitar um morto. Só Deus mesmo para fazer tais sinais.

A esperança da vida cristã é a ressureição, é o nosso destino (=meta) final. O profeta Ezequiel enxerga essa esperança ao vaticinar que “quando eu abrir as vossas sepulturas e vos fizer sair dela, saberei que eu sou o Senhor” (37, 13). Jesus faz Lázaro sair da sepultura para que os homens vejam a “Glória de Deus”. E ele continua: “Porei meu espírito em vós” (37, 14), isto é, o hálito, o sopro e a força de Deus que habita em cada um de nós. Deus é o autor da vida. É o Próprio que o anima (=ânimo, alma, aquilo que faz mover). Na segunda leitura, o Apóstolo Paulo diz a mesma coisa, mas de outra forma: “o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos mora em vós, então aquele que ressuscitou Jesus Cristo dentre os mortos vivificará também vossos corpos mortais por meio do seu Espírito que mora em vós” (Rm 8, 11). Assim, nesse episódio salvífico de Lázaro, Jesus é Senhor da vida.

A ressurreição de Lázaro é diferente da ressurreição final. Lázaro foi ressuscitado, mas morreu outra vez. A nossa ressureição final não será para essa vida que passa, mas para a vida eterna em Deus. A fé da Igreja afirma que teremos um corpo glorioso, que seremos reconhecidos na eternidade com a intensidade do amor com quem amamos no mundo e haverá uma alegria incansável e saciável na presença do Pai. O que fundamenta essa fé é a Esperança, isto é, esperamos todas essas coisas em Deus. A esperança não é falsa, como afirma o apóstolo São Paulo “A esperança não decepciona” (Rm 5, 5). O Papa Emérito Bento XVI intitulou seu livro com essa magnifica expressão SPE SALVE, Salvos na Esperança.

Posto essa ideia de ressurreição e esperança, como sinais da graça de Deus, como último sinal em nossa vida cristã, existencialmente falando, podemos passar agora para a metodologia litúrgica que nos presenteia com a quaresma para a celebração de tal acontecimento: o sinal da ressurreição. No itinerário quaresmal, nós caminhamos rumo a ressurreição passando pelo calvário. Lá no calvário, nós enterramos tudo aquilo que nos impede a uma realização humana e cristã para ressur 
 
gimos como pessoas amadurecidas, conscientes e convictas do nosso ideal cristão.

O episódio da ressurreição de Lázaro nos ajuda a viver existencialmente e liturgicamente o desfecho do final glorioso. Jesus se comove ao ver seu amigo partir. O verbo comover quer dizer “mover com o coração”, nossas ações são movidas, são perpassadas por esse sentimento nobre. Se Jesus chorou pela morte do amigo, nós também deveríamos choras nossos pecados, infidelidades, vícios e mazelas que muitas vezes são maiores que a nossa força e vontade de vencer.

Outra cena é a solidariedade de Jesus para com a família. O exercício quaresmal - que a Igreja nos convida - define essa ação de Jesus: a caridade, isto é, socorrer os irmãos em todas as suas necessidades materiais e espirituais. Jesus oferece sua presença para consolar Marta e Maria. Nossa presença na vida dos irmãos se constitui uma marca caritativa.

Para não se alongar demais, temos a última cena em que Lázaro sai do tumulo. Ele representa o que há de mais importante na vida daquelas pessoas. O tesouro, o ouro, não pode ficar escondido ou sepultado, pelo contrário, é preciso desenterrar, despertar, acordar em nós ações valiosas que um dia fora vencida pelo pecado. A última palavra não é o pecado, mas sim a Palavra de Deus que desperta tudo aquilo que temos e somos de bons.

A quaresma é esse tempo de ouvir a voz (ler a Palavra) de Deus para abraçar o último sinal: a ressureição, o despertar da nossa vida para o Ressuscitado.

 

segunda-feira, 27 de março de 2017

Diaconato de Carlos Eduardo - em Paulista

Por Elisângela Feitosa


 

    Carlos Eduardo, hoje, Diácono Carlos... É com tamanha felicidade que a Paróquia da Beata Lindalva e São Cristóvão celebra este novo passo, e esta nova caminhada de missões. Porque também tivemos a alegria de testemunhar sua vivência até chegar aonde chegou – pudemos conviver com um homem que alegrava, que doou sua disponibilidade em missões, formações, celebrações em comunidades e tantos outros eventos durante seu estágio em nossa Paróquia.







Neste domingo (26), na Igreja de Santa Clara na cidade de Paulista, região metropolitana de Recife, representantes de nossa Paróquia junto ao Pe. Luiz Alípio foram em caravana prestigiar este momento. Carlos Eduardo recebeu o diaconato, isto é, a segunda ordem sacra inferior à de presbítero.

"Diácono é o título dado ao terceiro grau da Ordem do Sacramento, pertencente à igreja católica. Os diáconos estão encarregados de executar o "serviço do ministério de Deus", deixando de ser um simples leigo e passando a pertencer ao grupo do clero". 


Parabéns, Diácano Carlos!
 Deus abençoe!

Kairós na comunidade do Poré

           Por Elisângela Feitosa
 
Neste domingo (26) nossa Paróquia realizou na comunidade do Poré, mais uma edição do Kairós com Cristo.
E foi como sempre uma maravilha! Deus tem feito prodígios... Com fé e amor adoramos ao nosso Jesus, todos juntos em uma só voz - pedindo cada vez mais a Luz do Espírito Santo em nosso viver.







sexta-feira, 24 de março de 2017

Enxergamos melhor em Jesus


Pe. Luiz Alípio, scj!
 
A Liturgia do 4º Domingo da Quaresma nos apresenta a cura de um cego de nascença feita por Jesus (Jo 9). Nesse episódio, há uma gama de riqueza teológica joanina que nos ajuda a mantermos firmes e fortes no espirito quaresmal.

A primeira coisa a ser destacada é a palavra SINAL. Nos Evangelhos Sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas), cuja palavra significa “vista num só conjunto”, ou seja, há muitas narrativas repetidas nos três, porém, cada um ao seu modo, encontramos demasiadamente a palavra MILAGRE. Em João, se substitui a palavra milagre por SINAL. Ambas apontam para a mesma realidade: as maravilhas de Deus operadas nas pessoas. Enquanto que nos sinóticos, o milagre depende da fé, em João a fé condiciona o milagre. Ademais: no Evangelho de São João, são sete os sinais realizados por Jesus. O milagre do Evangelho aponta para uma das definições de Jesus Cristo: EU SOU A LUZ. O maior sinal é a RESSUREIÇÃO de Jesus. Assim, a caminhada quaresmal é mirar o olhar para a luz da ressureição.

E Jesus vai curar um cego de nascença. Por muito tempo, prevaleceu na mentalidade judaica o que se chama de “culpa coletiva” ou “responsabilidade coletiva”. Alguém que nascesse com alguma deficiência, seja ela qual for, estava pagando a culpa de algum ancestral. Contudo, os profetas tentam corrigir esse erro. Dentre eles, temos Ezequiel e Jeremias. Jeremias diz que “todo homem que tenha comido uvas verdes terá os dentes embotados” (31, 30), como também Ezequiel “Os pais comeram uvas verdes e os dentes dos filhos ficaram embotados. Por minha via, oráculo do Senhor Deus, não repetirei jamais este provérbio em Israel. Todas as vidas me pertencem, tanto a vida do pai, como a do filho. Pois bem, aquele que pecar, esse morrerá” (18, 2-4). Jesus legitima essa afirmação profética. Em vez da responsabilidade coletiva haverá uma retribuição pessoal, isto é, cada um responderá pela sua vida diante de Deus. Cada um é responsável pelo seu itinerário quaresmal.

Jesus cura no dia de sábado. Na cultura religiosa  judaica, o sábado é o dia do Senhor, do descanso, já observado desde a criação do mundo (Gn 1-2). Portanto, nada de trabalho nesse dia. Jesus legitima a importância do sábado, mas tenta abrir os horizontes das pessoas. Em dia de sábado, também é permitido fazer bem. Ele gostava de provocar os fariseus quando realizava alguma ação benéfica naquele dia. Mas, por que Jesus gostava de fazer milagres em dia de sábado? Porque era o dia da confraternização religiosa judaica, ele fazia assim para incluir todas as pessoas curadas para também participarem da festa. O dia mais importante já não é o sábado, mas sim o primeiro dia da semana que Jesus ressuscitou, que se chama Domingo. Com a sua ressurreição, Jesus recria o mundo, renovando a face da terra.

O Evangelho narra ainda que “Jesus cuspiu na terra, fez lama com a saliva, aplicou-a sobre os olhos do cego” (9, 6). Esse trecho lembra a criação do homem (cf. Gn 2, 6-7). Jesus recria o ser humano. Em Jesus podemos enxergar melhor. Em jesus, podemos contemplar a beleza da criação e a beleza da fé. Em Jesus podemos reencontrar o encanto da luz da vida.
 
Restituído a visão, o homem professa a fé: "Eu creio Senhor"! A fé como uma iluminação para cada um de nós.

sexta-feira, 17 de março de 2017

Uma fonte de conversão

Pe. Luiz Alípio, scj!
 
Neste 3º Domingo da Quaresma, a liturgia nos apresenta o diálogo de Jesus com a samaritana (Jo 4). Neste diálogo, percebemos muitas coisas interessantes que merecem ser destacadas para alimentarmos nosso espírito quaresmal.

A primeira coisa é a humanidade de Jesus. Ele sente sede e cansaço. Nossa fé cristã professa que Jesus é verdadeiramente divino e verdadeiramente humano. A sua humanidade mostra-se explicita. Na Quaresma, nos deparamos com a nossa humanidade: virtudes a seres mantidas e defeitos a serem corrigidos. Muitas vezes, nossos propósitos penitenciais não passam do papel escrito, pois sempre estamos acusando a nossa fraqueza de ser maior que a vontade. Humanidade não significa fraquezas e defeitos, pelo contrário, é uma gama de inteireza da pessoa. Na fraqueza podemos encontrar a força da superação (2Cor 12, 10). É preciso mais do que vontade para cumprir nossos propósitos. É necessário sentir verdadeiramente sede de Jesus para entrarmos na linha.

O segundo ponto: Jesus conversa com uma mulher, pertencente a um povo “inimigo” do judeu. Jesus dialoga com o diferente, se aproxima, busca a paz e a reconciliação. São Paulo entendeu bem o recado de Jesus ao dizer: “Ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio” (Ef 2, 14). É nossa missão quaresmal fazer a mesma coisa: cutivar o desejo de reaproximação, de misericórdia para com o nosso próximo. Não construir muros de intrigas, inimizades, rancores, mágoas, mas, no dizer do Papa Francisco, levantar pontes de comunicação. Como fazer isso? Para com aqueles que temos dificuldades no relacionamento, podemos rezar por ele, ser cordial, sentir feliz com suas realizações, se houver oportunidade ajude-o concretamente.

Um terceiro ponto: no desenrolar do diálogo, o sedento (Jesus) oferece a samaritana a verdadeira água viva, isto é, o Espírito de Deus dado no Batismo. É necessario nascer do alto, do Espírito (Jo 3, 5-7), para estar saciado da presença de Deus. Jesus oferece aquilo que há de melhor para as pessoas: a salvação. Devemos oferecer também o que há de melhor neste tempo de conversão: a oração, o jejum e a caridade.

Um quarto ponto seria o reconhecimento do povoado sobre Jesus: “verdadeiramente é o salvador do mundo”! O caminho de conversão, de volta, de encantamente em Jesus suscita em nós essa expressão: Ele é o salvador e Senhor da minha vida. Só em Jesus “nós nos movemos, existimos e somos” (At 17, 28). Só em Jesus Cristo o homem encontra sua verdadeira identidade. Assim aconteceu com aquele povoado, como também acontece com milhares de pessoas. Nossa comunidade, verdadeiramente sente isso? É necessário beber da fonte para a nossa conversão diária.

Portanto, esses elementos nos ajudam a vivenciar a quaresma com mais autenticidade. No dizer do Papa Emérito Bento XVI, uma verdadeira vivencia litúrgica é uma verdadeira aula de catequese. Que a Liturgia desse 3º Domingo da Quaresma nos ajude a buscar a constante fonte da conversão.

sexta-feira, 10 de março de 2017

A Oração transfigura nossa vida


Pe. Luiz Alípio, scj!
A Liturgia do II Domingo do Tempo da Quaresma narra o episódio evangélico da transfiguração do Senhor. A mensagem quaresmal por detrás desse texto bíblico é o exercício da oração. Nesse texto, podemos encontrar elementos simbólicos que nos motivam a rezar:

- o monte: na Bíblia, o monte é o lugar por excelência de ficar mais perto de Deus. A Tradição Cristã levou tão a sério isso que, ao longo dos séculos, várias Igrejas foram construídas sobre montanhas, serras, vales, prevalecendo a ideia de estar mais próximo de Deus, por meio do silêncio. Hoje, para rezar, não precisa, necessariamente, subir ao monte físico, mas sim, subir ao monte da Palavra de Deus que está ao nosso alcance. No monte da Palavra, encontramos com Deus;

- Jesus chamou três discípulos: a oração também se faz em comunidade, na comunhão com as demais pessoas. Noutros momentos, Jesus se reservou para rezar, ou seja, a oração individual é também um profundo envolvimento com Deus. Muitas vezes, precisamos dos amigos para adentrarmos na dinâmica da oração. As amizades favorecem encontros com Deus;

- Estavam envoltos numa nuvem: na Bíblia, a nuvem significa a presença de Deus (Cf. Ex 40, 35). É o que chamamos de Teofania, ou seja, a manifestação de Deus por meios de vários elementos, nesse caso, elementos cósmicos. Os elementos da natureza servem de inspiração para nossa oração. O homem sertanejo, ao olhar para o sul contempla a chegada de nuvens carregadas, trazendo esperança de chuvas para aquela região e diz: “Lá vem chuvas, se Deus quiser”. Essa expressão se configura uma oração porque ele sente a presença de Deus naquele lugar.

- De repente apareceram Moises e Elias: eles representam a síntese da Lei e dos Profetas. A oração se faz por meio das Sagradas Escrituras, onde estão contidas os mandamentos da Lei de Deus e os textos proféticos que nos inspiram a tal. A Bíblia é um livro de oração, é Deus que nos fala: “Falamos com Deus na oração e o escutamos quando lemos as Sagradas Escrituras” (São Bernardo).

- Jesus transfigurou-se no meio deles: a oração tem o poder de mudar as pessoas. A palavra transfigurar que dizer, mudar de aparência. Tanto a oração quanto os demais sacramentos tem o poder de transfigurar, transformar todas as pessoas. Basta uma abertura a essa graça.

- Os discípulos queriam fazer três tendas: ao perceberem a glória da oração que envolvia Jesus, Moisés e Elias, os discípulos, extasiados, sugeriram passar mais tempo naquele local. Também acontece o mesmo com a gente: o momento de oração está tão bom, que não aceitamos o seu término. Queremos ficar mais e mais naquela atmosfera da oração. Mas chega o momento de descer do monte para encarar a realidade. Abastecidos, renovados e transfigurados pelo poder da oração, voltamos ao cotidiano da vida. Não voltamos a mesmice das coisas da vida, mas sim, com vontade de fazer dos momentos da vida único, exclusivo e diferente.

A oração é um dos exercícios quaresmais que desenvolvemos e aperfeiçoamos ao longo deste tempo litúrgico. É encontrar-se consigo mesmo. “É a manifestação do Nosso Salvador, Jesus Cristo que fez brilhar a vida por meio do Evangelho” (2Tm 1,10). É também ficar sob a graça de Deus. Como diz o Salmo 24: “Sobre nós venha Senhor a vossa graça”. A graça de Deus é a benção, isto é, multiplicação de auxílios e favores em nossa vida (1ª Leitura).

Que a nossa oração seja uma verdadeira busca da graça de Deus para nossa transfiguração (conversão) diária.


quinta-feira, 9 de março de 2017

Abertura da Festa de São José - Frutilândia

 Por Elisângela Feitosa
 
Nesta quinta-feira (09), deu-se inicio a mais uma festa do Padroeiro da Capela do bairro Frutilândia, viva à São José!









terça-feira, 7 de março de 2017

Formação (Estudo do Clero - Diocese de Mossoró)

      Por Elisângela Feitosa
 
  Dos dias 6-9 deste mês, está ocorrendo em Tibau/RN na Capela de Cristo Rei, o encontro de estudo do Clero da Diocese de Mossoró.
     Todos os Padres, bem como os estagiários foram convidados para este momento de formação que teve como tema "Um aprofundamento, teológico, bíblico, caquético, jurídico, pastoral do sacramento do matrimônio" com Pe. Júlio, vigário da Arquidiocese de Natal/RN. 
     Padre Luiz Alípio, nos deixa seu comentário quanto ao evento: "(...) foi estudado algumas 'querelas' que nós Padres enfrentamos no dia a dia, no processo matrimonial. Foi um encontro produtivo e proveitoso de conhecimento, em que para nós Padres foi um momento de 'atualização' para nossa vivência."


domingo, 5 de março de 2017

2º Encontrão Jovem - Compasa

       Neste domingo (05), na Compasa teve o 2º Encontrão Jovem da Paróquia da Beata Lindalva e São Cristóvão. 
Mais uma manhã de adoração, devoção, louvor, oração e amor ao Criador!


 

Missa no Porto Piató

    Neste domingo (05), as duas Paróquias da cidade realizou a Celebração de súplica a Deus por mais chuvas e também de agradecimento pela água e, por toda a criação!
     A Celebração foi no Porto Piató as 6h da manhã... 
Reunidos à comunidade estavam Pe. Luiz Alípio (Pároco da Matriz de Beata Lindalva e São Cristóvão) bem como, Pe. Dian (Pároco da Matriz de São Batista).
    Sobre o solo da Lagoa foi deixada uma cruz que marcou este dia de fé e devoção a Deus.










Imagens: Beata Lindalva, São Cristóvão, N/Sa dos Navegantes, São José e São João Batista

sexta-feira, 3 de março de 2017

As tentações nossas de cada dia


 Pe. Luiz Alípio, scj!

A Liturgia do 1º Domingo da Quaresma traz como reflexão as tentações nossas de cada dia. No livro das origens (Gênesis), o autor mostra como o pecado entrou no mundo por meio das tentações, cuja finalidade é nos separar de Deus. Na primeira leitura, temos um quadro pintado da primeira tentação da humanidade, simbolizados nas figuras de Adão e Eva. O livro do Genesis é recheado de símbolos. O primeiro deles é o paraíso, que não é propriamente um lugar de extensão geográfica, mas simboliza a graça e presença de Deus na vida de qualquer pessoa. Estar no paraíso significa gozar da presença de Deus.

No jardim, havia uma árvore da qual Deus proibira comer. A natureza humana sempre se mostrou propensa ao que é proibido. Ela não se aquieta até experimentá-lo. Essa “árvore do conhecimento do Bem e do Mal” (Gn 2, 9) simboliza a soberba, o orgulho, a prepotência, arrogância e autossuficiência do homem para com Deus. Plasmado desses atributos, o homem vive nem necessitar da intervenção divina. Vive como se Deus não existisse.

A serpente representa todos os meios possíveis para desviar o homem dos caminhos de Deus. A personificação do mal é o diabo, cuja palavra significa aquele que divide, que rompe, que separa. Sua função é exclusivamente fomentar discórdias e conflitos na vida das pessoas, levando-os a separar-se de Deus. O diabo tentou o primeiro casal a experimentarem do pecado. Vencido pela tentação, “eles ficaram despidos” (Gn 3, 7), ou seja, envergonhados de terem desobedecidos as ordens de Deus. O pecado é essa vergonha que carregamos por desobedecer aos mandamentos de Deus.

Na segunda leitura (Rm 5, 12-19), Jesus é o novo Homem que vence toda e qualquer inclinação para o mal. Se por um homem veio a morte, por um homem também virá a vida. Se por Eva nos veio o pecado, por Maria nos veio a graça. A mensagem de Paulo é que o pecado e a morte não são as últimas palavras, mas sim a vida e a salvação por meio de Cristo Jesus.

Já no Evangelho, caminhamos na mesma trilha de pensamento: Jesus venceu todas as tentações. Ele não era de ferro, mas homem como nós. Seu apoio e força se concentraram em Deus. Assim como no livro dos Genesis prevalece muitos elementos simbólicos, essa passagem de Mateus aponta para a mesma dinâmica. Não temos o jardim, mas sim o deserto. Biblicamente, o deserto significa lugar de oração e recolhimento; mas também significa lugar de aridez e provação. O povo de Deus foi provado no deserto, ou seja, nas amarguras da vida, somos testados por Deus. Jesus estava no deserto, lugar também de tentação. Estava jejuando e orando por quarenta dias e quarenta noites (Mt 4, 2). A numerologia quarenta não significa um número quantitativo de dias, mas um tempo necessário para cumprir alguma missão. Qual era a missão de Jesus? Anunciar o Reino de Deus (Mt 4, 23). Convertei-vos, porque o Reino de Deus está perto (Mc 1, 14-15). Existencialmente falando, abster-se de comida por alguns dias, torna-nos fracos. Nesse momento aparece o Tentador, a fim de romper o clima de oração. A primeira delas tem a ver com o acúmulo de bens. Jesus foi tentado a se apropriar da materialidade para sua vida. Sua resposta é fruto da oração: não só de pão (materialidade) vive o homem, mas de toda Palavra (alimento espiritual) que sai da boca de Deus. O pão é importante na hora certa, já o pão da Eucaristia e da Palavra sustenta a fé do povo de Deus.

Logo depois, o diabo tenta Jesus a ter uma vida de fácil êxito, sem muito esforço, sem renúncias, contrário aquilo que ele pregou: “tome sua cruz e renuncie a si mesmo” (Lc 9, 23). O diabo promete todos os reinos da terra. Que mentira! Os reinos não pertencem a ele, o mundo nunca foi criado por ele, para ele e com ele. É o contrário, o mundo foi criado para Cristo, com Cristo e em Cristo (Cl 1, 15-20). A recompensa de seguir Jesus não implica a glória terrena, mas aquilo que há de mais precioso na labuta crista: a vida eterna.

E por fim, a terceira tentação é uma proposta de poder, prestigio e dominação. Jesus responde com outra proposta: perdoar aqueles que nos ofenderam (Mt 6, 12), aprender com ele a simplicidade e humildade de coração (Mt 11, 29) ... nas palavras do padre Dehon, “a única violência permitida por Jesus é a violência do amor”, o poder exercido em seu reinado é amar e servir. Contra a proposta mundana, Jesus nos advertiu: “entre vocês não devem ser assim” (Mt 20, 26). Com isso, Jesus rejeita todas as tentações.

Não esqueçamos que as Palavras das Sagradas Escrituras são essenciais para vencermos as propostas que agridem nossa fé: “aquele que foi tentado, nos ajuda contra as tentações” (Hb 2, 18). Se por acaso, cedermos a elas, não esqueçamos, de coração, pedir “piedade ao Senhor, pois pecamos” (Sl 50, 2).

 

 



 

quinta-feira, 2 de março de 2017

Celebração de Cinzas

        Nesta quarta-feira (1º), damos início ao Tempo da Quaresma com a Missa de Cinzas - a Igreja denomina este período como sendo quarenta dias de preparação para a Páscoa do Senhor. Um tempo de agradecimento, caridade, oração, perdão e, de verdadeira mudança em nossos corações, a fim de que possamos trilhar os caminhos do Senhor em busca de uma conversão sincera. 
         Neste dia marca o início a Campanha da Fraternidade que começa na quarta-feira de cinzas e acontece o ano todo, com tema: "Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e o lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2.15). 
         Nossa Paróquia também acolheu com alegria e carinho Frater Henrique, pertencente a Congregação do Sagrado Coração de Jesus, que fará seu estágio pastoral em nossa Paróquia e morará com o Pe. Luiz Alípio.
Pedimos a Deus que ele seja feliz em sua vivência em nossa comunidade, para que possas realizar um excelente trabalho.

             Na oportunidade, divulgamos a Programação para o final de semana em nossa Paróquia:
Quinta-feira: Escola da Fé (19h30min)
Sexta-feira: Missa do Sagrado Coração de Jesus (19h30min)
Sábado: Na Matriz (manhã) teremos a Formação de Catequistas; Formação de ingresso dos novos Coroinhas da Paróquia (as crianças e adolescentes são da área rural da cidade de Assú - poderão servir nas respectivas comunidades);
Ainda no sábado Ação Missionária no Bairro Frutilândia e divulgação da Festa de São José;
(À tarde) Reunião com catecumenos (preparação para Batismo na Vigília Pascal);
(À tarde) Missa no Dom Elizeu.
(À noite 19h30min) Missa na Matriz
Domingo:  às 6h Missa na Lagoa do Piató com as duas Paróquias (forma de clamarmos a Deus por um bom inverno, como também de tomarmos consciência do cuidado e zelo pela agua).
8h às 12h 2º Encontro de Jovens na Compasa.
17h30min Missa na Matriz e Alto São Francisco;
19h30min Missa no Frutilândia.

De 6 à 9 todo clero de Mossoró estarão reunidos para formação e estudar de aprofundamento sobre o Matrimônio segundo a Carta do Papa Francisco, será na Praia de Tibau, com Canonista da Arquidiocese de Natal.

Dia 9 Abertura da Festa de São José (Carne Gorda e Frutilândia).