Paróquia Beata Lindalva e São Cristóvão: outubro 2017

sábado, 28 de outubro de 2017

BRE: Reflexão XXX Domingo do Tempo Comum – “Mt 22,34-40: Um amor que não separa nem se separa”


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Por: Dom André Vital Félix da Silva, SCJ
Texto também disponível em: dehonianosbre.org
Mais uma vez os opositores de Jesus (os fariseus) se reúnem para pô-lo à prova (grego peiradzo: tentar). Como nós sabemos, os doutores da Lei dedicavam grande parte da sua vida ao estudo dos Mandamentos, e chegavam a elencar 613 mandamentos (365 proibitivos, 248 positivos). Para eles, uma das questões fundamentais era saber a ordem hierárquica desses mandamentos, ou seja, qual o mais importante dentre eles. Portanto, uma das prerrogativas para reconhecer a autoridade de um mestre era justamente a sua capacidade de ensinar aos seus discípulos os mandamentos, distinguindo-os entre maiores e menores; o próprio Jesus também faz referência a isso quando afirma: “Aquele, portanto, que violar um só destes menores mandamentos e ensinar os homens a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus” (Mt 5,19).
Contudo, o problema não era reconhecer a multiplicidade dos Mandamentos, que certamente do ponto de vista didático poderia ser uma ajuda. O grande perigo era a postura relativista a ponto de manipular, em benefício próprio, a compreensão de alguns mandamentos em detrimento de outros. O próprio Jesus denuncia esta tendência relativista: “Deus disse: Honra ao teu pai e à mãe… Vós, porém, dizeis: Aquele que disser ao pai ou à mãe: ‘Aquilo que de mim poderias receber foi consagrado a Deus, esse não está obrigado a honrar pai ou mãe’. E assim invalidastes a Palavra de Deus por causa da vossa tradição. Hipócritas!” (Mt 15,4s).
criacao2Além dessa tendência relativista, havia aqueles mestres que, apegados à letra, absolutizavam cada um dos mandamentos, rompendo a relação intrínseca que havia entre eles. Ilustram bem tal tendência os grandes debates de Jesus em relação ao Mandamento do Sábado. Os mestres da Lei interpretavam o dia consagrado ao Senhor (Shabat) como um cessar absoluto de atividades, o que seria impossível, esquecendo que o Sábado era fundamentalmente o dia de fazer memória dos grandes feitos do Senhor (a criação, o êxodo). Na perspectiva bíblica, o “descanso sabático” não era apenas um não fazer nada, caindo numa espécie de ócio espiritual, mas o Sábado era o dia por excelência de contemplar tudo aquilo que o Senhor fizera. Contemplar a obra de Deus para comprometer-se em defendê-la, preservá-la, impedir a sua destruição, que inicia quando se rompe o vínculo que há entre ela e o seu Criador.
Quando Jesus cura no sábado não está infringindo um mandamento, mas, pelo contrário, evidenciando a sua missão como o Filho do Deus que criou tudo perfeito, assim como encontramos o refrão ao final de cada dia no relato da criação: “E Deus viu que isso era bom!”. No entanto, a Obra de Deus chega ao seu clímax na criação do ser humano, no sexto dia, daí a exclamação mais enfática: “E era muito bom” (Gn 1,31). Portanto, essas curas representavam a intervenção de Deus para recuperar o que Ele fez no princípio; por isso, o povo testemunha o operar de Jesus e não tem dificuldade de reconhecer que ele age coerentemente com o modo de fazer do seu Pai. Ele mesmo declara, depois de ter curado um paralítico em dia de sábado: “Meu Pai trabalha sempre e eu também trabalho” (Jo 5,17).
shema3O povo diante das obras de Jesus faz ecoar o refrão inspirado naquele dos dias da criação: “Ele tem feito tudo bem; faz os surdos ouvirem e os mudos falarem” (Mc 7,37). Fazer os “surdos ouvirem” é recuperar a condição fundamental para conhecer as obras de Deus desde a origem, pois é ouvir a sua Palavra que comunica o seu agir: “O que nós ouvimos e conhecemos, o que nos contaram nossos pais… Os louvores de Javé e seu poder” (Sl 78,3s). A solene introdução aos Mandamentos é justamente o convite a ouvir: “Shema Israel” (Dt 5,1). É impossível, por sua vez, ter uma compreensão e vivência coerentes dos Mandamentos se os isolarmos da obra de Deus.
Jesus não reduziu em nada a totalidade da Lei de Deus ao afirmar a centralidade dos dois mandamentos, mas recuperou a chave de interpretação de toda a Escritura: “Toda a lei e os profetas dependem desses dois mandamentos”.
decalogo4Se amar é fazer o bem a alguém, como poderíamos amar a Deus, uma vez que Ele já é o Bem supremo? Então, se não somos capazes de fazer-lhe o bem, amá-lo será acolher o bem que Ele nos faz e, consequentemente, ser testemunhas disso. O maior bem que Ele nos faz é nos ter criado à sua imagem e semelhança. Por conseguinte, amar o semelhante nada mais é do que a concretização do amor a Deus que nos oferece esse grande bem. Sem o amor a Deus como fundamento do amor ao próximo, poderemos cair num narcisismo onde projetamos no outro a nossa imagem e semelhança como razão para amá-lo, fazendo do outro não um semelhante, mas uma simples cópia, adaptada psicologicamente. Porém, o mandamento: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” é o grande desafio de reconhecer que tanto eu quanto ele fomos criados à imagem e semelhança de Deus, eis o motivo porque somos iguais. Amamos o outro não porque o reconhecemos uma cópia nossa, mas porque vemos nele o que somos, isto é, imagem e semelhança de Deus. Portanto, reconhecendo e assumindo essa verdade, amaremos de modo verdadeiro e completo, sem relativismos ou absolutismos que dividem e separam, e transformam amor em egoísmo cuja lei é uma só: “Vive assim, e morrerás!

Liturgia Diária

1ª Leitura - Ex 22,20-26

Se fizerdes algum mal à viúva e ao órfão 
minha cólera se inflamará contra vós. 
Leitura do Livro do Êxodo 22,20-26
Assim diz o Senhor:
20 Não oprimas nem maltrates o estrangeiro,
pois vós fostes estrangeiros na terra do Egito.
21 Não façais mal algum à viúva nem ao órfão.
22 Se os maltratardes, gritarão por mim
e eu ouvirei o seu clamor.
23 Minha cólera, então, se inflamará
e eu vos matarei à espada;
vossas mulheres ficarão viúvas
e órfãos os vossos filhos.
24 Se emprestares dinheiro a alguém do meu povo,
a um pobre que vive ao teu lado,
não sejas um usurário,
dele cobrando juros.
25 Se tomares como penhor o manto do teu próximo,
deverás devolvê-lo antes do pôr-do-sol.
26 Pois é a única veste que tem para o seu corpo,
e coberta que ele tem para dormir.
Se clamar por mim, eu o ouvirei,
porque sou misericordioso.
Palavra do Senhor.

Salmo - Sl 17,2-3a. 3bc-4. 47.51ab (R. 2)

R. Eu vos amo, ó Senhor, sois minha força e salvação.

2 Eu vos amo, ó Senhor! Sois minha força,*
3a minha rocha, meu refúgio e Salvador!
Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga,*
minha força e poderosa salvação. R.

3bc Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga*
sois meu escudo e proteçóo: em vós espero!
4 Invocarei o meu Senhor: a ele a glória!*
e dos meus perseguidores serei salvo! R.

47 Viva o Senhor! Bendito seja o meu Rochedo!*
E louvado seja Deus, meu Salvador!
51a Concedeis ao vosso rei grandes vitórias*
51b e mostrais misericórdia ao vosso Ungido. R.

2ª Leitura - 1Ts 1,5c-10

Vós vos convertestes, abandonando os falsos deuses,
para servir a Deus esperando o seu Filho. 
Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses 1,5c-10
Irmãos:
5c Sabeis de que maneira procedemos entre vós,
para o vosso bem.
6 E vós vos tornastes imitadores nossos, e do Senhor,
acolhendo a Palavra com a alegria do Espírito Santo,
apesar de tantas tribulações.
7 Assim vos tornastes modelo
para todos os fiéis da Macedônia e da Acaia.
8 Com efeito, a partir de vós,
a Palavra do Senhor não se divulgou apenas
na Macedônia e na Acaia,
mas a vossa fé em Deus propagou-se por toda parte.
Assim, nós já nem precisamos de falar,
9 pois as pessoas mesmas contam como vós nos acolhestes
e como vos convertestes, abandonando os falsos deuses,
para servir ao Deus vivo e verdadeiro,
10 esperando dos céus o seu Filho,
a quem ele ressuscitou dentre os mortos:
Jesus, que nos livra do castigo que está por vir.
Palavra do Senhor.

Evangelho - Mt 22,34-40

Amarás o Senhor teu Deus, e ao 
teu próximo como a ti mesmo.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 22,34-40
Naquele tempo:
34 Os fariseus ouviram dizer que Jesus
tinha feito calar os saduceus.
Então eles se reuniram em grupo,
35 e um deles perguntou a Jesus, para experimentá-lo:
36 'Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?'
37 Jesus respondeu: '`Amarás o Senhor teu Deus
de todo o teu coração, de toda a tua alma,
e de todo o teu entendimento!'
38 Esse é o maior e o primeiro mandamento.
39 O segundo é semelhante a esse:
`Amarás ao teu próximo como a ti mesmo'.
40 Toda a Lei e os profetas
dependem desses dois mandamentos.
Palavra da Salvação

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

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BRE: A Importância da Missão


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Por: Pe. Pedro Silva de Moura, SCJ
     É de fundamental importância que tenhamos sempre presente em nossa memória e em nossos corações o que nos afirma o Decreto Ad Gentes do Concílio Ecumênico Vaticano II “toda Igreja é missionária e a obra de evangelização, o dever fundamental do povo de Deus” (AG 35).
     A Igreja é, por sua natureza, missionária e o decreto Ad Gentes desde o início nos indica a atividade missionária como próprio ser da Igreja. Essa missionariedade tem sua origem na missão da Trindade (Missio Dei). Deus no seu amor infinito pela humanidade envia o seu Filho a este mundo em nossa carne, e enviando o Espírito Santo que dá vida à Igreja, instala no coração dos fiéis aquele mesmo espírito que impulsionava o próprio Cristo. O Filho encarnado em nossa história transmite aos Apóstolos, e à Igreja de todos os tempos, o mandato missionário: “Como o Pai me enviou, eu também vos envio: recebei o Espírito Santo” (Jo 20,21). A razão de existir da Igreja é evangelizar; sua existência é evangelizar. O Documento de Aparecida nos afirma que a missionariedade nasce do encontro. 
     Do ardor que esse encontro suscita e que leva o discípulo missionário a responder “à vocação recebida e comunicar em todas as partes, transbordando de alegria e gratidão o dom do encontro com Jesus Cristo” (DA 14). O Papa Francisco em suas mensagens e gestos está nos mostrando uma “Igreja em saída” que toma a iniciativa de ir ao encontro sem medo, procurar os afastados, e assim, chegar às encruzilhadas para convidar os excluídos. Nós, os discípulos do presente, precisamos tomar consciência da importância da missão para que de fato aconteça a evangelização.
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domingo, 22 de outubro de 2017

BRE: Reflexão XXIX Domingo do Tempo Comum – “Mt 22,15-21: Qual a imagem que está inscrita em nós?”

Por: Dom André Vital Félix da Silva, SCJ
Texto também disponível em: dehonianosbre.org
As parábolas que meditamos nos domingos anteriores (vinhateiros homicidas e convidados descorteses) evidenciaram as atitudes negativas dos fariseus e anciãos do povo diante do Reino de Deus. Conscientes de que as denúncias feitas por Jesus se aplicavam muito bem a eles, agora “fizeram um plano para apanhar Jesus em alguma palavra”.
O primeiro campo de investida é o político: querem a opinião de Jesus sobre uma questão espinhosa e, dependendo de sua resposta, inevitavelmente o colocarão contra o povo, no caso de um sim ao pagamento do imposto a César, ou contra o governo, caso sua resposta fosse um não. O fato de discípulos dos fariseus e partidários de Herodes se unirem nesse projeto revela suas intenções espúrias, pois ambos os grupos assumem posturas opostas em relação à dominação romana. Enquanto os fariseus alimentavam a esperança de um Messias que os libertasse do poder estrangeiro e pagão, os herodianos são colaboracionistas dos romanos, em vista de se manterem no poder, ainda que muito limitado e vigiado.
A resposta de Jesus, de tom irônico, mas de forte convicção, denuncia a malícia dos seus opositores: “Por que me preparais uma armadilha?” (grego: Tí me peirádzete: por que me tentais? O mesmo verbo utilizado para a ação do diabo Mt 4,1). Tentar Jesus significa querer desviá-lo de sua missão. Assim, como os seus opositores reconhecem que Ele é Mestre verdadeiro e que ensina o caminho de Deus, também o diabo e os endemoninhados reconheciam que ele era Filho de Deus; porém, todos eles se colocam diante de Jesus para convencê-lo de que sua missão é outra.
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Jesus, ao pedir que lhe mostrassem a moeda do imposto, denuncia que o escrúpulo dos fariseus é falso, pois mesmo sendo oficialmente opositores do poder romano, faziam uso da sua moeda, já que a levam consigo. Não perguntam a Jesus no intuito de tomarem uma decisão, isto é, se deviam ou não pagar o imposto, pois já o faziam, e conheciam muito bem as consequências da sonegação. Portanto, a sua pergunta é maliciosa, querem apenas um pretexto para acusar Jesus.
O Mestre não se deixa intimidar pela pergunta capciosa nem muito menos suaviza sua resposta diante da bajulação dos seus interlocutores, mas lança-lhes um grande desafio: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.
“Dar a César o que é de César” não significa apenas restituir-lhe uma moeda, mas reconhecer o que de fato pertence a César. O paralelo entre o que é de César e o que é de Deus se faz pela pergunta central de Jesus ao pedir que lhe mostrassem a moeda: “De quem é a figura e a inscrição”. Figura (imagem) em grego é eikon (ícone), a mesma palavra utilizada pela LXX em Gn 1,26: “Façamos o homem à nossa imagem (kat eikóna) e semelhança”. Enquanto o imperador fez cunhar a sua imagem sobre a moeda, símbolo do seu domínio opressor, Deus não colocou a sua imagem em qualquer coisa que servisse de instrumento de senhorio déspota, mas criou o ser humano com liberdade e dignidade, fazendo-o à sua imagem e semelhança. Portanto, o ser humano é de Deus! É a sua imagem, e só se realiza plenamente quando está relacionado e em comunhão com a sua origem.
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Todas as vezes que se desfigura o ser humano, querendo imprimir nele uma imagem que não é a sua original, afastando-o da sua natureza intrínseca, ele se torna um objeto manipulável e servidor de sistemas totalitários opressores.
O imperador além de colocar o seu ícone na moeda, manda fazer uma inscrição para proclamar que ele mesmo é a divindade. Portanto, o sistema dominador declara-se criador e, ao mesmo tempo, o legislador para garantir as suas estratégias de poder. Se a escrita do Criador é a sua Palavra que liberta e salva, na sua multiforme manifestação chegando à sua expressão máxima na encarnação do Verbo, a inscrição do imperador é o sinal da sua arrogância que aprisiona e subjuga as pessoas, pois faz a autoproclamação de ser seu senhor absoluto, divindade que deve ser reconhecida, adorada, e à qual se deve entregar tributos (culto).
Hoje em dia vivemos a grande crise da identidade do ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus, mas deformado segundo a imagem das ideologias dominantes. Abandona-se a inscrição contida na própria natureza criada por Deus, na tentativa compulsiva de escrever por cima dela, de modo violento e opressor, forjando uma pseudo-realidade imposta pelos Césares modernos, disfarçados de bem feitores da humanidade. É preciso ter a coragem de obedecer a ordem de Jesus: Daí a César o que é de César (nada) e a Deus o que é de Deus (tudo).

sábado, 21 de outubro de 2017

Liturgia Diária

29º Domingo do Tempo Comum

22 de Outubro de 2017
Cor: Verde

1ª Leitura - Is 45,1.4-6

Tomei Ciro pela mão direita, para que
submeta os povos ao seu domínio.

Leitura do Livro do Profeta Isaías 45,1.4-6
1 Isto diz o Senhor sobre Ciro, seu Ungido:
'Tomei-o pela mão
para submeter os povos ao seu domínio,
dobrar o orgulho dos reis,
abrir todas as portas à sua marcha,
e para não deixar trancar os portões.
4 Por causa de meu servo Jacó,
e de meu eleito Israel, chamei-te pelo nome;
reservei-te, e não me reconheceste.
5 Eu sou o Senhor, não existe outro:
fora de mim não há deus.
Armei-te guerreiro, sem me reconheceres,
6 para que todos saibam, do oriente ao ocidente,
que fora de mim outro não existe.
Eu sou o Senhor, não há outro.
Palavra do Senhor.

Salmo - Sl 95,1.2a.3.4-5.7-8.9-10a.c (R. 7ab)

R. ó família das nações, dai ao Senhor poder e glória!

1 Cantai ao Senhor Deus um canto novo,*
2a cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira!
3 manifestai a sua glória entre as nações,*
e entre os povos do universo seus prodígios! R.

4 Pois Deus é grande e muito digno de louvor,*
é mais terrível e maior que os outros deuses,
5 porque um nada sóo os deuses dos pagãos.
Foi o Senhor e nosso Deus quem fez os céus. R.

7 Â família das nações, dai ao Senhor,*
ó nações, dai ao Senhor poder e glória,*
8 dai-lhe a glória que é devida ao seu nome!
Oferecei um sacrifício nos seus átrios. R.

9 Adorai-o no esplendor da santidade, *
terra inteira, estremecei diante dele!
10 Publicai entre as nações: 'Reina o Senhor!'*
pois os povos ele julga com justiça. R.

2ª Leitura - 1Ts 1,1-5b

Recordamos sem cessar da vossa
fé, da caridade e da esperança.

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses 1,1-5b

1 Paulo, Silvano e Timóteo,
à igreja dos tessalonicenses,
reunida em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo:
a vós, graça e paz!
2 Damos graças a Deus por todos vós,
lembrando-vos sempre em nossas orações.
3 Diante de Deus, nosso Pai,
recordamos sem cessar a atuação da vossa fé,
o esforço da vossa caridade e a firmeza da vossa
esperança em nosso Senhor Jesus Cristo.
4 Sabemos, irmãos amados por Deus,
que sois do número dos escolhidos.
5b Porque o nosso evangelho não chegou até vós
somente por meio de palavras,
mas também mediante a força que é o Espírito Santo;
e isso, com toda a abundância.
Palavra do Senhor.

Evangelho - Mt 22,15-21

Dai, pois, a César o que é de
César e a Deus o que é de Deus.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 22,15-21
Naquele tempo:
15 Os fariseus fizeram um plano
para apanhar Jesus em alguma palavra.
16 Então mandaram os seus discípulos,
junto com alguns do partido de Herodes,
para dizerem a Jesus:
'Mestre, sabemos que és verdadeiro
e que, de fato, ensinas o caminho de Deus.
Não te deixas influenciar pela opinião dos outros,
pois não julgas um homem pelas aparências.
17 Dize-nos, pois, o que pensas:
É lícito ou não pagar imposto a César?'
18 Jesus percebeu a maldade deles e disse: 'Hipócritas!
Por que me preparais uma armadilha?
19 Mostrai-me a moeda do imposto!'
Trouxeram-lhe então a moeda.
20 E Jesus disse:
'De quem é a figura e a inscrição desta moeda?'
21 Eles responderam: 'De César.'
Jesus então lhes disse:
'Dai pois a César o que é de César,
e a Deus o que é de Deus.'
Palavra da Salvação.

domingo, 15 de outubro de 2017

BRE: Reflexão XXVIII Domingo Tempo Comum – “Mt 22,1-14: Quando o silêncio denuncia a própria culpa”

Por: Dom André Vital Félix da Silva, SCJ
Texto também disponível em: dehonianosbre.org
No evangelho deste domingo, com a parábola das bodas, Jesus continua a ensinar sobre o Reino dos céus, sublinhando a reação negativa da humanidade diante desse dom gratuito de Deus. Tal reação de soberba provoca consequências nefastas tanto para o presente histórico da vida da humanidade como para o seu destino eterno. De modo muito rico, retoma-se a linguagem simbólico-alegórica do banquete já conhecida no Antigo Testamento (1ª Leitura) para falar desse dom gratuito de Deus para com o seu povo, chamado insistentemente para uma vida destinada à plenitude. Estamos diante de uma verdadeira síntese da história do amor perseverante de Deus, que não se cansa de convocar o seu povo para que encontre os caminhos da justiça a fim de que participe da verdadeira vida no banquete definitivo.
Fazer uma releitura numa perspectiva alegórica da parábola não é difícil: O rei (Deus) que prepara para o seu Filho (o Messias) um banquete de núpcias (aliança) e que envia os seus servos (profetas, apóstolos) para chamar os convidados (o povo judeu), que recusam o convite. Porém, apesar dessa recusa, o banquete não será cancelado e, portanto, todos (gentios) são convidados para a festa (anúncio universal da salvação). Até aqui segue-se uma lógica muito simples, porém pode parecer chocante o fato: “Quando o rei entrou para ver os convidados, observou aí um homem que não estava usando traje de festa e perguntou: ‘Amigo, como entraste aqui sem o traje de festa?” Mas o homem nada respondeu”.
Poderíamos nos perguntar como é possível alguém que fora convidado de surpresa na esquina da rua para uma festa, da qual não tinha nem conhecimento prévio, poderia se preparar adequadamente (vestes festivas) para aquelas bodas?
Há alguns testemunhos de textos antigos da Mesopotâmia que falam do costume dos reis de presentear, à entrada da sala da festa, uma veste a cada convidado. No contexto da parábola, essa veste representa a ação de Deus para com o ser humano, ou seja, tudo o que Ele oferece e dispõe para que a humanidade se prepare para participar do seu banquete (a sua Palavra, a sua graça santificante, a presença do seu Espírito, etc.). Na própria tradição bíblica simbolicamente para falar da proteção divina se diz que Deus reveste o seu povo, os seus escolhidos: “Vestiu-me com as vestes da salvação e me envolveu com o manto da justiça” (Is 61,10; ver Ap 19,8; 22,14). Portanto, encontramos uma referência explícita à justiça ou à santidade que o próprio Deus concede a todos os que são convidados para o banquete. Significativa a parábola do Pai misericordioso que, ao receber o filho arrependido, antes mesmo de entrar em casa e fazer a festa, manda buscar a melhor túnica para vesti-lo (Lc 15,22).
Aquele homem que foi encontrado sem as vestes não pode dizer que não sabia que tinha sido convidado para uma festa de casamento, pois esta foi a ordem do rei: “Ide até as encruzilhadas dos caminhos e convidai para a festa todos os que encontrardes”. Se na Antiga Aliança um povo foi escolhido para o banquete, na Nova Aliança ninguém foi excluído do convite: “Os empregados saíram pelos caminhos e reuniram todos os que encontraram, maus e bons”. No anúncio da salvação não se pode excluir ninguém, pois cairíamos no perigo de pensar que somos nós os árbitros de Deus. Mas o apelo é para todos indistintamente, mesmo que tenhamos a tentação de classificar bons e maus.
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A exclusão daquele homem do banquete não se deu pelo fato de ele ser bom ou mau, mas porque não estava com as vestes da festa, isto é, apesar de ter sido convidado, admitido entre os convivas sem nenhuma distinção, rejeitou a veste que lhe fora oferecida à entrada da sala; ele desprezou a liberalidade do dono do banquete. Na verdade, ele não foi excluído, mas pelo contrário, foi ele mesmo que não quis aceitar as condições para participar do banquete. Ao ser convidado, mesmo de surpresa, ele sabia que era para uma festa de casamento. O dono do banquete não se admira porque aquele convidado desconhecido está na sala do casamento, mas porque entrou sem as vestes da festa, isto é, porque rejeitou o dom imprescindível para estar ali. A sua atitude arrogante não se diferencia dos primeiros convidados que “não deram atenção”. Assim, como os primeiros foram para os seus campos ou negócios, este também permaneceu no seu “mundo”, fechado ao dom da salvação, apesar de aparentemente ter aceitado participar da festa.
Ao ser perguntado como tinha entrado ali sem as vestes, o “homem nada respondeu”(em grego: ephimothn, emudeceu, do verbo colocar uma mordaça, amarrar o focinho, um cabresto). Símbolo do homem que, apesar das inúmeras iniciativas de Deus, da sua misericórdia, não quer se converter e, por isso, se parece “como cavalo ou o jumento, que não compreende, que só com rédea e freio submetem seus ímpetos…” (Sl 32,9).
Ser colocado para fora da sala do casamento é uma consequência natural de quem não aceitou entrar nela, pois não basta apenas querer entrar no Reino dos céus, mas é preciso buscá-lo antes de tudo e a sua justiça. E a justiça do reino é fazer a vontade de Deus. Portanto, essa parábola de Jesus é um grande apelo de conversão, isto é, a destinação do Reino é universal, pois ninguém está excluído, porém é preciso acolher a veste da festa colocada à disposição pelo próprio Senhor; essa representa todas as condições e exigências para uma participação plena no Reino dos céus.
São Leão Magno afirma: “o traje é a virtude da caridade: entra, portanto, nas bodas, mas sem as vestes, quem tem fé na Igreja, mas não possui a caridade” (in Homilia dos evangelhos, 36).
O nosso silêncio diante das exigências de mudança de vida, próprias da conversão ao evangelho talvez nos garanta uma casa cheia, porém com pouca gente com as vestes da festa e, portanto, impossibilitadas de participar plenamente do banquete da vida. Talvez não nos cansamos de convidar, de dizer que ninguém está excluído do Reino, mas por outro lado, amordaçados pelo politicamente correto, estamos escondendo as vestes festivas e privando os convidados de permanecerem na festa para sempre. O nosso silêncio denuncia a nossa culpa, e arriscamos de a sala se esvaziar.

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Mensagem de Pe. Sales, scj. aos cristãos e devotos de Nossa Senhora Aparecida

"Viva a Mãe de Deus e nossa, sem pecado concebida! Viva a Virgem Imaculada, a Senhora Aparecida!"


        "A devoção a Maria é fonte de vida cristã profunda" - assim definiu o Papa João Paulo II quando pela primeira vez esteve no Brasil.
Cada vez que medito este pronunciamento me emociono. Como também, hoje se emocionou o Papa Francisco ao saudar o povo brasileiro, devoto a Nossa Senhora Aparecida.
Creio que não somente ele e eu, mas também todos os cristãos católicos que se devotam à Maria, Mãe de Deus e nossa.
     Maria, sendo Mãe de Deus, nos foi dada por seu Filho Jesus no momento extremo da sua vida para ser nossa Mãe. É exatamente por ser Mãe de Deus, que Maria é modelo para a Igreja. É, portanto, Mãe dos remidos. Porque pela sua adesão pronta e incondicional à vontade divina que lhe foi revelada, torna-se Mãe do Redentor, com uma participação íntima e toda especial na história da salvação.

Hoje à noite às 19h teremos celebração da Padroeira na comunidade Lagoa do Mato, estão todos convidados! 

Feliz feriado à todos/as, fiquem na paz!



Pe. Sales de Morais, scj!


terça-feira, 10 de outubro de 2017

Uma bagagem de fé e de amor a vocação e ao chamado a vida cristã - Entrevista com Pe. Sales, scj

            Por Elisângela Feitosa

Já se faz 1 mês, desde a Posse de Pe. Sales na Paróquia da Beata Lindalva e São Cristóvão.  Foi em 16 de agosto que nossa comunidade cristã, acolheu Pe. Francisco Sales de Morais, como Administrador Paroquial da Matriz da Beata Lindalva e São Cristóvão em Assú/RN.
            Pe. Sales, tem 52 anos e é natural de Apodi/RN. Já passou por algumas cidades, são 25 anos de vivência e convivência por vários lugares. É, portanto, rico em experiências de missões junto aos fiéis na missão de evangelizar. Ordenado como Sacerdote em 17 de março de 2001 pela Província do Sagrado Coração de Jesus em Apodi/RN (mais conhecido no Brasil como padres dehonianos). De missionário, pesquisador, Reitor... como missionário dehoniano – assumiu as funções: Vigário Paroquial, Diretor do Centro Social Pe. Dehon; Formador-Pároco-Reitor do Centro Vocacional Superior do Cristo Rei e agora, administrador paroquial em uma nova Paróquia. De fato, há muito em sua bagagem de fé e de amor a vocação e ao chamado a vida cristã.
             Confira, nossa entrevista com Pe. Sales. Ele nos conta um pouco sobre seu chamado a vocação, sobre família, os lugares onde passou, as experiências de vida devotada a missão.


1-Conte-nos sobre o seu chamado à vida dehoniana: a história vocacional e as figuras significativas que o acompanharam.
            Meu chamado a vida e vocação dehoniana se deu, porque em minha paróquia, havia um padre dehoniano (Theodoro Johannes, scj) já estava há 27 anos na paróquia. Tinha também uma freira, a Ir. Consuelo – religiosa Salesiana, que tinha uma irmã (Alice Pinto), a qual eu era bem próximo – ela me chamou e perguntou “se eu tinha vontade de ser padre” (?) Ela me encaminhou ao diretor espiritual, o Pe. da Paróquia. A partir daí eu comecei a fazer meu acompanhamento vocacional junto aos padres da congregação do SCJ. Lembro-me que Pe. Theodoro me deu um livro sobre a vida de Pe. Dehon, chamado ‘Por causa e um certo reino’ de autoria do Pe. Zezinho. Na época ele me disse: “se você entender 50% deste livro você será um bom Padre”.
Há outras figuras, que antes destes me acontecimentos, já me impulsionaram ao chamado, como a minha mãe, meu pai, meus avós e uma que considero uma figura espiritual “A figura de Santo Antônio” – que conheci sua história através de relatos de meus pais, e toda vez que ouvia, ardia em mim aquela vontade de ser Padre. Outra figura, que foi meu pai quem transmitiu isso para mim, relatando a vocação e chamado de Dom José Freire. Então, com 5 anos de idade, quando ouvia e pensava sobre esses dois personagens Santo Antônio e Dom José Freire eu sentia essa vontade de ser Padre. Fui crescendo, mas esse chamado só aconteceu aos 20 anos de idade, quando fui acompanhado pelos padres dehonianos e entrei no Seminário aos 26 anos em 1992.

2- Sua cidade natal é Apodi/RN – contudo passou por várias cidades como Jaraguá do Sul, do que mais sente saudades do lugar onde cresceu?
Gosto muito de Apodi, apesar de ser muito quente! Guardo boas recordações da minha infância, adolescência e juventude. Tenho saudades, sobretudo, de minha convivência familiar, meus pais, meus irmãos, a nossa história de superação.
Quanto as cidades que passei, no total são 25 anos divididos em várias localidades – 9 anos em Paulista/PE, quando fui para o Seminário. Depois fui para Jaraguá do Sul – onde fiz o Noviciado. Voltei para Paulista, na época do curso de Teologia, período que eu estudei em Olinda. Em 2000, quando fui ordenado Diácono fui morar em Catende/PE. Logo em seguida, em 2001 fui ordenado Sacerdote em Apodi/RN, permaneci por 1 ano e 3 meses na Paróquia de Senhora de Santa Ana. Depois fui transferido para trabalhar no Centro Social em João Pessoa, lá fiquei de 2002 a junho de 2005. Em 2005-2006 fui para Roma, para o curso de Formadores, parte em nosso colégio internacional e 6 meses na USP – 11 meses nesse processo. Em 2006 voltei a João Pessoa. Em 2007 fui para Camaragibe, permaneci até meados de 2009. Em seguida, trabalhei na formação, enquanto Reitor e superior do Centro Vocacional em Paulista/PE, onde fiquei até 2015. Voltei a Camaragibe por mais 1 ano e meio e, de lá, vim para Assú desde o mês de julho. Paróquia em que estou me adaptando, sem muitas dificuldade, porque já conheço um pouco da realidade e estou nesta busca de fortalecer e aprofundar o espirito missionário dehoniano junto aos fiéis.

3- O que mais o ajudou a viver com fidelidade a vocação dehoniana e o ministério sacerdotal?

Fidelidade, para mim, primeiro vem do nosso batismo (a consagração a Deus no mistério batismal) e a fidelidade pelos votos de pobreza e castidade e obediência – e essa inspiração de fidelidade vem do nosso fundador Pe. Dehon, bem como padres e religiosos/as que vivem a essa vocação pela consagração dos votos de pobreza, obediência e castidade.

 

4-  Qual foi o valor agregado pela consagração dehoniana e pela presença do Sagrado Coração de Jesus em seu ministério sacerdotal?

            O que se agregou a minha vocação batismal, foi a missão que se realiza na Igreja, seja pelo testemunho da vida religiosa e também como missionário do Sagrado Coração de Jesus. Estes são os valores que me fortalecem no dia a dia, para viver os votos de pobreza, castidade e obediência.

 

5- O seu mestrado foi na Universidade Católica de PE, o Sr. Se dedicou ao tema relacionado a Santíssima Trindade. Fale um pouco sobre este período de pesquisa e buscas de conhecimento.
            Esse desejo de fazer uma dissertação sobre a fé implícita no início dos primórdios da Igreja – surgiu, assim, logo quando terminei o curso de Teologia uma reflexão Teológico Pastoral e Sistemática da Santíssimo Trindade para uma profissão de fé pessoal e comunitária na eclesiologia latino americana (Comunhão e Participação). Foi assim uma motivação a mais quando escrevi meu TCC, para eu não me acomodar apenas num certo ativismo pastoral e missionário, mas também sempre em voltar a minha atenção para aquilo que a Igreja nos diz através dos ensinos da teologia. A princípio eu ia fazer uma dissertação sobre Santo Agostinho, mas por orientação dos meus professores, acabei fazendo uma dissertação sobre a evolução do Dogma Trinitário nos primeiros 5 séculos da Igreja – quando surgiram as primeiras heresias e discussões sobre o núcleo central da nossa fé.

6- Conte sobre a viajem a Roma, como foi a experiência de estudar fora do país e da responsabilidade de representar a Congregação e disseminar o que fora absorvido no Curso de Formadores na Itália.
            A experiência internacional, é sempre muito rica! Foi o primeiro curso para Formadores que a Congregação organizou no nosso Colégio Internacional em nossa casa em Roma com 20 participantes a serviço da formação. Na USP acontece a 2ª parte da formação. Lá erámos em 100, formandos advindos de vários países. No total foram 11 meses, sendo que 6 foram na nossa casa e 5 na USP – Salesiano. Experiência boa de aprofundamento antropológico, psíquico e espiritual da nossa , o que nos possibilita o compromisso com Deus e a Igreja. Excelentes conteúdos que contribuiu na minha formação pessoal e no conhecimento a nível de congregação e da sociedade de modo geral.

7- Fale um pouco de sua experiência como Reitor.
            Depois que retornei do curso em Roma fiquei trabalhando numa Paróquia como Vigário Paroquial, foi a Paróquia Virgem Mãe dos Pobres em Jardim Planalto em João Pessoa/PB. Depois disso, tive a experiência como Reitor do Seminário – e as primeiras palavras que eu disse a meu superior, foi que “para eu ser formador, ensinando e ajudando aos outros – eu também precisava de ajuda”. Ajuda no sentido de ter uma abertura em me conhecer um pouco mais. Foi um período de enriquecimento muito grande, porque acredito que na medida em que vamos ensinando, também aprendemos um pouco mais, além de aprofundar-se no que você já sabe. Foi uma fase de grandes reponsabilidades – porque além de outras competências, eu tinha que ajudar as pessoas em decisões, por exemplo. Nesse sentido, as orientações eram tomadas a luz dos ensinamentos de Jesus Cristo revelados a sua Igreja em toda história de salvação – ai vem a reponsabilidade de se tomar como instrumento de Deus para os outros e para a Igreja.

Para encerrar, Padre Sales em poucas palavras: 
Livro favorito? Tratado sobre a Trindade, de Santo Agostinho
Autor favorito? Dos mais antigos, Santo Agostinho; dos teólogos mais atuais Bruno Forte.
Um exemplo? Dom José Freire, /in memoriam.
Uma lembrança boa? Minha mãe e meu pai.
Uma lembrança não muito boa? Quando estive por 6 dias numa UTI de hospital.
Um fato engraçado? Peça que participei no noviciado, chamada “Tudo pela vocação”.
Lugar favorito? Não existe um lugar favorito. Tenho grande facilidade em me adaptar aos lugares. Roma foi um lugar que gostei muito.  Já para se morar gosto de João Pessoa, pela facilidade de locomoção e o clima.
Beata Lindalva? Mártir da Igreja.
São Cristóvão?  Exemplo de vida. Homem que escutou a palavra de Deus e pôs em prática este chamado de Deus no exercício da caridade.

8- Deixe uma mensagem aos sacerdotes da Congregação do Sagrado Coração de Jesus formandos sobre o modo de viver hoje como dehonianos.

            A fidelidade e felicidade do consagrado como irmão ou sacerdote, consiste sobretudo no encontro pessoal com Deus, que se dá principalmente, através da oração e na missão da Igreja. Um bom missionário precisa ser uma pessoa que vive na oração, assim como um bom cristão também necessita estar em oração. Porque ação de Deus em nossa vida está firmada na leitura orante da palavra revelada e ao mesmo tempo nos apelos que Deus nos faz através da sua Igreja.