Pe. Luiz Alípio, scj!
A
Liturgia do XV Domingo do Tempo Comum nos apresenta a temática da Palavra. No
Evangelho de hoje (Mt 13, 1-23), Jesus apresenta a parábola do semeador que
lança as sementes em diversos tipos de terrenos, contudo, apenas em terra boa a
semente produziu frutos. Os outros terrenos não tiveram o mesmo sucesso devido
a três grandes tentações contra a Palavra: o
Maligno, os sofrimentos e as perseguições, e, por fim, as preocupações da vida e as ilusões das riquezas.
Todo aquele que ouve a palavra do Reino e
não a compreende, vem o Maligno e rouba o que foi semeado em seu coração. Este
é o que foi semeado à beira do caminho.
São Pedro nos exorta em sua carta: o
diabo é como um leão que vive rugindo, procurando a quem devorar. Resisti-lhes
firmes na fé (1Pd 5, 8). A fé é o espaço de acolhimento da Palavra, onde
ela se desenvolve e matura a pessoa humana. Decerto, algumas passagens bíblicas
são complexas de serem compreendidas se lhes falta o recurso da fé, isto é, de
plena aceitação da vontade do Senhor naquilo que Ele nos diz. Quando nos falta
a fé, o Maligno nos devora com as cruéis duvidas, interrogações, indiferentismo
e frieza diante da Palavra, nos devorando existencialmente e essencialmente.
Praticar a fé é se distanciar, não dar espaço para as noites nebulosas que
assombram nossa caminhada para Deus. Acreditar que a Palavra é uma luz em
nossos caminhos, uma lâmpada a iluminar nosso existencial, afugentando as
trevas do maligno.
A semente que caiu em terreno pedregoso é
aquele que ouve a palavra
e logo a recebe com alegria; mas ele não tem raiz em si mesmo, é de momento:
quando chega o sofrimento ou a perseguição, por causa da palavra, ele desiste logo. Jesus nos adverte em certas passagens: não vos preocupeis com o dia de amanhã (Mt 6, 34); vinde a mim vós todos que estais cansados e fatigados (Mt 11, 28); coragem, eu venci o mundo! (Jo 16, 33) Os sofrimentos e as perseguições não devem ser absolutizados em nossa vida, pois nos impedem o arvorecer da Palavra. Apresentemos sim, a Palavra aos nossos sofrimentos e perseguições, a fim de que, apesar dos absurdos da vida, mantemos os olhos fixos em Jesus. A Palavra do Senhor é capaz de dar sentido as nossas dores, enfermidades, labutas e preocupações. Como diz o antigo ditado: Não diga a Deus o tamanho do seu problema, mas diga ao seu problema o tamanho do seu Deus. Ela tem o poder de suavizar nosso drama existencial, como também nos inclina perante o mistério da vida e nos aponta para Deus.
e logo a recebe com alegria; mas ele não tem raiz em si mesmo, é de momento:
quando chega o sofrimento ou a perseguição, por causa da palavra, ele desiste logo. Jesus nos adverte em certas passagens: não vos preocupeis com o dia de amanhã (Mt 6, 34); vinde a mim vós todos que estais cansados e fatigados (Mt 11, 28); coragem, eu venci o mundo! (Jo 16, 33) Os sofrimentos e as perseguições não devem ser absolutizados em nossa vida, pois nos impedem o arvorecer da Palavra. Apresentemos sim, a Palavra aos nossos sofrimentos e perseguições, a fim de que, apesar dos absurdos da vida, mantemos os olhos fixos em Jesus. A Palavra do Senhor é capaz de dar sentido as nossas dores, enfermidades, labutas e preocupações. Como diz o antigo ditado: Não diga a Deus o tamanho do seu problema, mas diga ao seu problema o tamanho do seu Deus. Ela tem o poder de suavizar nosso drama existencial, como também nos inclina perante o mistério da vida e nos aponta para Deus.
A semente que caiu no meio dos espinhos é
aquele que ouve a palavra, mas as preocupações do mundo e a ilusão da riqueza
sufocam a palavra, e ele não dá fruto. Jesus
nos adverte também: vós não podeis servir
a Deus e ao dinheiro (Lc 16, 13). Nossa maior preocupação e riqueza deveria
ser guardar e manter viva a Palavra do Senhor como resposta aos nossos desafios
diários. Do contrário, é incompatível e impossível a junção desses dois
elementos para uma vida conscientemente feliz em Deus.
Portanto,
essas três tentações são insistentes em nossa caminhada de cristãos que tem
como objetivo desistir ou interromper o processo da fecundidade da Palavra em
nosso coração. O verdadeiro cristão é aquele que cujo coração é a terra boa que
produz frutos de conversão, de justiça, de solidariedade, de verdade e de
caridade. A própria Palavra serviu como adubo para fertilizar o terreno. Foi
resistente diante dessas três tentações. Peçamos a Deus que essa Palavra
continue transformando, modificando a nossa vida e nos conservando sempre.
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