Pe. Luiz Alípio, scj!
A Liturgia do 16º Domingo do
Tempo Comum nos apresenta a temática do
Reino de Deus em três parábolas contadas por Jesus (Mt 13, 1-23): o Reino é como um campo
onde cresceram simultaneamente o trigo e o joio; o Reino como uma pérola
preciosa; e o Reino como um fermento.
A primeira parte do Evangelho
fala do Reino como um grande campo onde cresceram o trigo e o joio. Alguém
semeou o trigo e outro, maldosamente, semeou o joio. Ambas as sementes se
parecem muito, e por se parecer, o dono do campo achou melhor esperar o tempo
da colheita para separá-los. O próprio Jesus explica o que irá acontecer no
final dos tempos por meio dessa parábola: Deus irá separar os bons dos maus.
Trazendo para nossa caminhada de Igreja, somos esse terreno no qual são
lançadas as sementes da Palavra da Vida, mas também, podemos ser receptivos às
sementes do contra-valores, das inverdades, de heresias, provocando uma certa
mistura em nossa cabeça. Se faz necessário se fechar para os semeadores do
maligno com suas propostas absurdas e violáveis a nossa condição digna de
filhos e filhas de Deus, e, sempre, deixar fecundar a semente da Palavra da
Vida e da Verdade com as nossas obras de misericórdia espirituais e corporais.
Com essa parábola do joio e do
trigo, podemos compreender que no Reino de Deus habitam pessoas que procuram
expandi-lo e, outras, malignamente, se camuflam, na intenção de confundir a
caminhada de fé. Mesmo assim, o Reino vai subsistir perante esse joio, pois o
Bem, a Verdade, a Beleza e a Caridade sempre triunfam em Deus.
Na segunda parte do Evangelho,
Jesus compara o Reino a uma pérola preciosa, isto é, as coisas de Deus são
valiosas, atraentes e exuberantes. Deus é a nossa maior riqueza. É necessário
todo esforço para buscar e adquirir essa joia tão cara.
E na terceira parte do Evangelho,
Jesus compara o Reino como um fermente cuja função é fazer crescer a massa.
Somos o fermento do Reino que cresce e se expande a partir da nossa praticidade
de Deus. Quando praticamos Deus, percebemos o volume do reino crescer: não
cresce geograficamente, mas existencialmente, em cada pessoa que saboreia o
testemunho de ser de Deus.
Portanto, por meios dessas três
parábolas somos convocados a ser: semeadores da Palavra, a valorizar a condição
real de Deus em nossa vida e a fazer crescer Deus por meio do nosso testemunho.
0 comentários:
Postar um comentário