Paróquia Beata Lindalva e São Cristóvão: O lugar de Deus em mim

sexta-feira, 28 de julho de 2017

O lugar de Deus em mim


Pe. Luiz Alípio, scj!
 
A Liturgia do 17º Domingo do Tempo Comum nos apresenta a realidade do Reino de Deus como o verdadeiro lugar do homem com Deus, em sua vida e sua história.

Primeiramente, devemos entender que o Reino de Deus não é uma extensão geográfica, e muito menos um espaço físico, mas é uma realidade que se chama Jesus Cristo. Quem está com o Cristo, está no Reino; quem vive para o Cristo, vive para o Reino; quem anuncia o Cristo, expande o Reino; quem sofre por cristo, também sofre pelo Reino. O Cristo e o Reino são a mesma coisa. Certa vez Jesus disse: o Reino de Deus está no meio de vocês (Lc 17, 21), isto é, Eu estou no meio de vocês, eu estou com vocês, eu permaneço com vocês para sempre.

No Evangelho de hoje (Mt 13, 44-52), Jesus fala magnificamente desse Reino, usando parábolas a fim que a sua mensagem possa ser facilmente assimilada.

Ele diz que o Reino de Deus é como um tesouro. O tesouro causa alegria para aqueles que o adquirem. Cristo é esse tesouro que preenche o campo da nossa família com uma alegria indizível. Desse modo, o Reino é alegria contagiante em nossa vida familiar. Logo, Cristo é a alegria do nosso lar. E o lugar de Deus em minha vida será sempre em minha casa, cuja alegria alumia.

Esse mesmo Reino de Deus é como um comprador de pérolas preciosas que encontra uma grande felicidade. Essa felicidade tem nome: Deus. Deus é a felicidade da nossa existência quando, conscientemente, interiorizamos e adornamos no nosso coração com as joias de sua graça. O lugar de Deus é o derramamento de sua graça na nossa consciência, produzindo uma felicidade perfeita pela certeza de que Deus é o princípio e o fim de nossa vida.

Jesus diz ainda que o Reino de Deus é como uma rede lançada ao mar que apanha peixes bons e ruins. Lançamo-nos a Deus para encontrar, valorizar e promulgar nossas virtudes, e, simultaneamente, encontrarmo-nos com a luz divina para detectar nossos defeitos que precisam ser queimados. Cultivar e fomentar defeitos, ou simplesmente aprecia-los alegando que somos humanos, desemboca em sérias consequências de relações interpessoais e compromete a mensagem do Evangelho que é um apelo a conversão. A perfeição não é a anulação dos defeitos, mas é um caminhar rumo ao amadurecimento para Deus, com o que temos e somos, esforçando-nos a sermos melhores. O lugar de Deus em mim é a sua soberania na minha consciência.

E, por fim, o Reino dos Céus é como um pai de família que tira do seu baú coisas novas e velhas. A função do pai é administrar, guardar e zelar verdadeiramente sua família. Somos esses “pais” que administram a graça de Deus, que guardam sua Palavra e zelam pela herança espiritual, moral e princípios. O lugar de Deus em mim é ser meu Pai.

Portanto, o Reino de Deus é o lugar de Deus em mim. Deus não veio tomar todo o meu lugar, mas me oferece o melhor lugar, o seu lugar, isto é, sua presença eterna em nossa vida.

1 comentários:

Flor disse...

Que a rede lançada por Deus nos resgate, memsmo sendo esse peixe, quiça ruim, mas a ponto de nos restituir nEle, para que encontremos esse amadurecimento em Deus

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