Paróquia Beata Lindalva e São Cristóvão: Ser sal e luz no mundo!

sábado, 4 de fevereiro de 2017

Ser sal e luz no mundo!


Pe. Luiz Alipio


             Liturgia da Palavra desse 5º Domingo do Tempo Comum, traz como reflexão os elementos simples do nosso cotidiano com um grande significado cristão para a nossa vida: a luz e o sal.
Jesus se apresenta para nós como a Luz, isto é, é ele quem clarifica nossa vida, ilumina nossos passos, mentes e ações. Estar com Jesus significa contemplá-lo em seu esplendor, como também transmitir essa luz a outras pessoas.
Jesus manda que brilhe a nossa luz diante dos homens. Como resplandecer a luz? Por meio de gestos concretos. O profeta Isaias elenca três gestos: “ repartir o pão com o faminto, acolher pobres e peregrinos e vestir nos nus”. Tais gestos são repetidos por Jesus no Grande Discurso Final: “Vinde benditos do meu Pai...” (Mt 25). Brilhar a nossa luz é reproduzir tais ações: afugentar as trevas da fome, do preconceito, da miséria, ajudando os irmãos em todas as suas necessidades, imersos na escuridão da privação dos direitos básicos da pessoa humana. Fazendo isso, estamos iluminando a vida do irmão com a mais sublime luz: o amor.
        Contudo, nossa ação caritativa pode se tornar uma vaidade, algo falso, medíocre ou de aparência, que só é executado em datas comemorativas ou para atender interesses de alguma instituição. A nossa ação caritativa visa a “glória de Deus”. Não fazemos por nós mesmos, mas para dar glória a Deus. O pensamento de Santo Irineu contempla esse raciocínio: “A glória de Deus é que o homem viva”. E para que o homem viva é necessário fazer brilhar o amor, a caridade.
Há também outro elemento importante do qual Jesus fala: o sal. A comida não pode ficar insossa nem salgada, nem um extremo nem outro. Tal deve ser nossa fé: nem fria demais, calculista, racionalista, como também não podemos “viver mergulhado nas profundezas do mar de Deus”, como se tivéssemos anestesiado diante da dor do irmão. O ponto certo é o equilíbrio, que se dá por meios dos estudos e da oração. Equilibrar nossa fé é evitar os extremos, pois assim nossa vida se torna saudável.
           A luz e o sal representam a vida de oração, a frequência nos sacramentos, a introspecção da Palavra Divina e a caridade fraterna. Elementos que ponderam a práxis cristã.

Portanto, peçamos a Deus que esses dois elementos, o sal e a luz, representando as ações da vida cristã em boa dosagem, estejam sempre presentes, a fim de que “vejam nossas boas obras e louvem nosso Pai” (Mt 5, 16)

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