Pe. Luiz Alípio
A
Liturgia do VI Domingo do Tempo Comum (Mt 5, 17-37), traz como
reflexão a conduta do homem que pode produzir vida, paz e alegria ou
produzir morte (pecado).
Mais
uma vez estamos a escutar a continuidade do Sermão da Montanha.
Nesse discurso, Jesus fala severamente sobre o comportamento do
cristão: o verdadeiro cristão é aquele que obedece aos mandamentos
(v. 19), ensina a verdade com a caridade (v. 19), que não cultiva
ódio, rancor e vingança contra seu irmão (v. 21); é aquele que
não permite que o mal se instale em seu coração (v. 22); aquele
que é amante da fidelidade e do compromisso conjugal (v. 28); e, por
fim, não coloca a culpa no divino pelas consequências do seu “sim”
e “não” (v. 37).
“Tudo o que for o contrário disso vem do maligno” (v. 37). Do
contrário, tudo é pecado. E o pecado mortal é o endurecimento no
mal. O ímpio não é somente aquele que não conhece a Lei de Deus,
e por isso não a pratica, mas, pelo contrário, é na verdade,
aquele que conhece e faz tudo errado. A isso dá-se o nome de
hipócrita.
Ser
cristão não é um toque de mágica, onde tudo se transforma, mas é
um penoso caminho de lapidação. Ser cristão é configurar-se a
Cristo, ou seja, ser um “cristo” para o irmão. O comportamento
de Cristo, em todas as circunstâncias, deu vida aos que estavam em
volta dele. Assim deve ser o cristão: expulsar o pecado e replantar
a vida. Atenção! Não é mágica, mas sim um processo que começa
de Belém a Jerusalém, da Manjedoura a Cruz, do Nascimento a
Ressureição.
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