Pe. Luiz Alípio
A Liturgia
desse III Domingo do Tempo Comum, nos apresenta Jesus como andarilho de Deus,
anunciando o Reino e chamando pessoas para somar forças no tal anúncio, como
também ingressarem nesse Reino.
O primeiro
anúncio de Jesus é um apelo a conversão. Na Bíblia, a conversão indica uma
mudança de rota e de mentalidade. Jesus é o novo caminho como proposta aos seus
ouvintes. Há sempre uma resistência quanto a novidade que surge. Certamente,
Jesus encontrou um bloqueio por parte dos ouvintes. Contudo, por meio de suas
curas, milagres e mensagens, o anúncio vai aos poucos atingindo o cerne do
coração humano, suscitando uma conversão, isto é, mudança de rota e
mentalidade.
O anúncio
da conversão aponta para uma causa nobre: o Reino de Deus. Há muitas definições
em torno dessa expressão ‘Reino de Deus’: indica a própria pessoa de Jesus
Cristo, sujeito e objeto do Reino. Quem está com Jesus, está dentro do Reino. O
Reino se encontra no interior de cada coração humano, aquilo que denominamos de
valores. O Reino se confunde com a Igreja, a comunidade de salvação. Não é uma
comunidade de privilegiados, mas de pessoas que se encontraram com o Cristo, em
comunidade. E por fim, o Reino é Deus vivendo, se movendo e existindo dentro de
mim. Todas essas definições apontam para a vida em Deus.
Depois
dessa proclamação – Convertei-vos, pois o Reino de Deus está próximo – Jesus
continua a caminhar e encontra com alguns pescadores, convidando-os a trabalhar
nesse Reino. Assim, Jesus constitui a comunidade dos discípulos, seguidores.
Tendo como fundamente a liturgia da Palavra desse domingo, podemos elencar o
perfil do discípulo de Cristo: ser discípulo é deixar tudo, pois o amor de Deus
é maior que o meu tudo; é não pestanejar no anúncio desse Reino; é saber
renunciar aquilo que é supérfluo na caminhada; é levar a luz da Palavra aos
recônditos dos corações dos homens; é ser ponte de comunicação, evitando toda
confusão e discórdia; enfim, é ser como Jesus, o Mestre, um andarilho de Deus.
A exemplo
dos primeiros seguidores de Jesus e seguindo os passos do nosso Mestre, somos
convidados a fazer uma atualização da nossa práxis cristã no seguimento a
Jesus.
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