Pe. Luiz Alípio
Dentro do
Tempo do Natal, celebramos a Epifania do Senhor, ou seja, a manifestação de
Jesus ao mundo.
Neste
Evangelho, repleto de símbolos, a manifestação de Jesus não se dá de maneira
esplendida, não há palanques e nem plateia bisbilhoteira, pelo contrário, o
Amor se manifesta na simplicidade e humildade. A primeira manifestação de Jesus
foi aos pastores (Cf. Lc 2, 16), estes que representam o povo judeu chamado a
uma verdadeira conversão no encontro com Cristo; a segunda manifestação se deu
com os reis magos (astrólogos, Cf. Mt 2, 11) simbolizando o povo pagão também
chamado a salvação; e por fim, Jesus se manifesta sobre as potências do mal
(Herodes, Cf. Lc 2, 7) que quer exterminá-lo, mas não consegue. Esse trecho
simboliza que nenhuma força maligna é capaz de eliminar o Amor.
Outro símbolo
é a estrela, cuja função é brilhar no céu. A humanidade é chamada a brilhar,
não ser estrelismo, mas simplesmente embelezar a vida. “A Beleza salvará o
mundo” (Balthazar). E por fim, os pastores ofereceram presentes: ouro
(realeza), incenso (divindade) e mirra (sepultamento). Os presentes prefiguram
aquilo que acontecerá com o Cristo: será sepultado, coroado de glória e voltará
a sentar-se à direita de Deus Pai, ou seja, Jesus Cristo partilha do mesmo
poder e divindade de Deus Pai.
Portanto, a
Epifania do Senhor não se dá no poderio, nas forças das armas, mas no Amor.
Manifestaremos Jesus por meio do Amor.
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