A Festa de nossa Padroeira
não podia iniciar-se num dia mais solene e significativo, pois hoje na Igreja
Cristo se revela a todos os povos – isto é celebramos a solenidade da Epifania
do Senhor.
Cabe lembrar que entre
todas as orientações que o Concílio Vaticano II encaminhou ou pôs em relevo,
uma das mais importantes e significativas é indubitavelmente o apelo à unidade
fundamental da família humana (cf. por ex., GS 24; 26; 27).
Tudo isso visando à
salvação universal dada por Cristo. E às Escrituras haviam profetizado desde o
Antigo Testamento que os povos caminharão à tua luz (cf. primeira leitura).
Portanto, Israel
recebeu a missão de reunir todos os povos na descendência de Abraão e de
realizar assim a promessa do universalismo. Israel porém, acreditou
erroneamente, poder formar essa unidade com certo número de práticas
particulares: a lei, o sábado, a circuncisão.
A Igreja afirma e
acredita que só a fé de Abraão teria sido capaz de reunir todos os pagãos, e os
judeus não souberam desligá-la de suas práticas legais.
Mas a Igreja acredita
firmemente que o anúncio de um novo povo de Deus, de dimensões universais,
prefigurado e preparado no povo eleito, realiza-se plenamente em Jesus Cristo,
para quem convergem e que recapitula todo o plano de Deus (Ef 1, 9-10). Pois
Nele, tudo o que estava dividido encontra de novo a unidade (segunda leitura).
Convocando os Magos do
Oriente, Jesus começa a reunir os povos, a dar unidade à grande família humana,
que se realizará plenamente quando a fé em Jesus Cristo fizer cair as barreiras
existentes entre os homens, e na unidade da fé todos se sentirão filhos de
Deus, igualmente redimidos e irmãos (Evangelho do dia).
Este novo povo é a
Igreja, comunidade dos que creem; ela realiza e testemunha, através dos
séculos, o chamado universal de todos os homens à salvação, pela obra
unificadora de Cristo. É significativa a visão final do Novo Testamento (Ap 7, 4-12;
15, 3-4; 21,24-26): assim teremos uma multidão de raças, povos e línguas, que
saúdam a Deus, o rei das nações, e que habitarão a nova Jerusalém, onde a
família humana encontrará a unidade.
Buscando uma luz para
espiritualidade do tema de Nossa FESTA invocamos a Bem Aventurada Lindalva como
testemunha de Fé de Esperança e de Caridade. Que é o tripé da vida cristã.
Não por coincidência
os Magos, se apresentam trazendo três presentes: Ouro, Incenso e Mirra.
O que significam?
Segundo a nossa
espiritualidade Dehoniana, o Ouro representa o amor puro; quanto ao Incenso representa a ação de graça e louvor a Deus; já Mirra significa o sacrifício.
Assim podemos concluir
que hoje a Beata Lindalva oferece, com toda Igreja reunida junto à família de
Nazaré e aos Magos, o Ouro do amor puro, o louvor da singela e sublime oração e
a Mirra do seu sacrifício unido ao sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo.
E, isso ela viveu
através dos votos de Pobreza - Castidade - e Obediência. Testemunhando sua fé,
esperança e caridade em Cristo Jesus.
Finalizo citando um trecho
da Bem Aventurada Lindalva. "Tenha coragem, não pense nas coisas do mundo,
nas pessoas, nas fantasias que o mundo oferece, porque tudo isso passa, menos o
mundo de Jesus Cristo, de doação, de serviço, de sofrimento, de alegrias por
causa do Reino. Por que não dizer, que há alegria em podermos servir a Cristo
num gesto de desprendimento de si mesma para estar na disponibilidade de ver
Cristo no pobre sofrido e esquecido da sociedade".
Podemos ainda meditar
outro texto de (Rm 12, 1-2).
Bom domingo, boa tarde
e boas festas para todos paroquianos e devotos da Bem Aventurada Lindalva.
A Trindade Santíssima
nos inspire uma fé genuína que brote do Evangelho.
Todos os dias durante
esta festa teremos a oportunidade de vivenciar a espiritualidade da Bem
Aventurada Lindalva no coração da Igreja.
Lembrando os três
votos de sua consagração à Deus: Pobreza
- Castidade e de Obediência.
Na fé, esperança e
caridade.
Sob a guia trinitária vivenciaremos o louvor pelo Santo Sacrifício da Missa pela manhã e noite. Pela
vivência fraterna e na missão que nos leva à Cristo, servindo ao irmão mais
necessitado.
Celebremos, nos confraternizemos
e saiamos em missão.
Pe. Fco. Sales de Morais, scj
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