O cantor
popular Zé Vicente canta: “Todas as
coisas são mistérios”. A tradução da palavra mistério não somente indica algo
incompressível, mas também algo que não tem fim, isto é, de uma profundidade infinita.
A nossa vida
é cheia de mistérios, tal como a vida de José, pai adotivo do menino Jesus. A
gravidez de Maria, por obra do Espírito Santo, causa perplexidade em José que,
por amá-la, não queria entrega-la as autoridades religiosas, na qual seria
apedrejada, mas sim, romper o noivado, a fim de preservar a vida de Maria e a
da criança em seu ventre.

Entregar-se
aos desígnios de Deus é aceitar que tudo nessa vida é mistério. Mesmo diante da
incompreensibilidade dos fatos, o amor
nos amadurece na firmeza da entrega; mesmo quando tudo parece obscuro, o amor nos motiva a caminhar; mesmo
quando tudo parecer estranho e complexo, o amor não torna fácil as coisas, apenas
é um sinal de que eu devo confiar, acreditar
de que minha história está nas mãos de Deus, e se está nas mãos de Deus,
está em boas mãos.
Portanto, a
liturgia do IV Domingo do Advento traz esse desafio para nós: entregar-se aos
desígnios de Deus. Essa entrega não se faz apenas nos momentos decisivos da
vida, pelo contrário o cotidiano nos
apresenta como o lugar da verdadeira revelação do mistério de Deus: Amor.
Pe. Luiz Alípio, scj
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