Paróquia Beata Lindalva e São Cristóvão: A Vida nos santifica

sábado, 5 de novembro de 2016

A Vida nos santifica

A Igreja celebra neste domingo a Solenidade de todos os Santos (06 de novembro), isto é, festejamos os homens e mulheres que na terra, viveram para Deus, servindo os pobres.
O sentido mais usual da palavra santo significa separado, consagrado. Jesus é o santo, isto é, o separado, não separado dos homens, mas sim aquele que convive com todos os pecadores na intenção de separá-los de seus pecados para Deus (cf. Jo 1, 29).
Deus é santo e exige que o seu povo também o seja (Cf. Lv 20, 26), afinal, Ele criou o homem e a mulher a sua imagem e semelhança (Cf. Gn 1, 26), logo a santidade deve ser uma característica da humanidade.
O Cristão é santo. É santo porque foi santificado por Cristo (Cf. At 20, 32; 26, 18). E os meios da santificação, segundo a concepção bíblica, são a Fé (cf. Rm 15, 16), o Batismo (Cf. 1Cor 6, 11), a Oração/Escrituras (Cf. 1Tm 4, 5) e a própria união com Cristo (Jo 15).
No Evangelho de hoje, o início do Sermão da Montanha, mais precisamente as Bem-Aventuranças, os santos são os benditos, ou seja, são os pobres, os que choram, os mansos, os que amam a justiça, os que praticam a misericórdia e os promotores da paz. As bem-aventuranças é o mandamento da santidade.
Pobre não só no sentido material (na literatura bíblica, o pobre é anawin, isto é, os preferidos de Deus), mas como aqueles que dependem unicamente de Deus; os que choram devido a incredulidade da humanidade, os que são vítimas da corrupção, das injustiças, da miséria e fome; os mansos são aqueles que repudiam o uso da violência para valer seus direitos, mas sim, aqueles que agem de forma pacífica para alcança-los; os que amam a justiça, isto é, aqueles que são movidos pelo santuário sagrado da consciência; os misericordiosos são aqueles que sentem a dor do outro, que se colocam no lugar do outro, aqueles que tem a capacidade de oferecer mais uma chance, mediante o perdão;  aqueles que tem um coração puro, isto é, tem uma vida simples, não é malicioso, maldoso nem desonesto; e por fim, os amantes da paz que tem como fruto a justiça. A paz enquanto bonança, tranquilidade e harmonia entre pessoas consigo mesmas, com o cosmo e com Deus.
Esses são os critérios de santidade prescritos por Jesus. Podemos pensar também na “multidão incalculável” (Cf. Ap 7, 9) de pessoas que vivem na pele o sentido das bem-aventuranças. A santidade já começa aqui na terra. A qualidade da santidade é a detestação do pecado. O contato santifica o profano, mas o profano não destrói a santidade.


A santidade não é um privilégio, mas um contínuo e árduo caminho. Caminhamos para Deus, o Santo por excelência.


Pe. Luiz Alípio scj

1 comentários:

Anônimo disse...

Lindo!

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