Paróquia Beata Lindalva e São Cristóvão: A vinda de Cristo é anunciada e preparada pelos profetas!

sábado, 3 de dezembro de 2016

A vinda de Cristo é anunciada e preparada pelos profetas!


Nesse 2º Domingo do Advento, a Liturgia nos apresenta dois personagens no âmbito profético: Isaias (Deus é benigno) e João Batista (Deus é bondade). O profeta Isaias é aquele que anuncia a chegada do Messias (Ungido, Cristo). Sua vinda tem tais finalidades: harmonizar todas as relações (“o lobo será hóspede do cordeiro” 11, 6. Recordamos a convivência de Jesus com a samaritana junto ao poço em João 4), a universalização do nome de Deus (“a terra estará repleta do conhecimento do Senhor” 11, 9. Jesus disse aos apóstolos: “Ide por todo mundo, e a todos pregai o Evangelho” Mt 28, 19) e por fim, o manejo com a justiça (“julgará os fracos com justiça” 11, 4.  Jesus disse: “Buscai em primeiro lugar a justiça do Reino”, Mt 6, 33). Certa vez, ouvi um monge dizer que Deus não trata ninguém por igual – isso não é justiça de Deus -, mas de acordo com as nossas necessidades. As nossas necessidades, Deus faz justiça. Longe dela está a mentira, o ódio, a corrupção, a desonestidade e a falsidade. Assim, desenhamos as três características anunciadas pelo profeta Isaias com a chegada de Cristo.
Com João Batista, há uma certa rigidez na preparação da chegada do Messias: “Convertei-vos, pois o Reino de Deus está próximo” (Mt 3, 2). Ele viveu um retiro espiritual no deserto, cujo lugar pode significar lugar de oração e profunda comunhão com Deus (Mc 1, 35); solidão, uma fuga das cidades (Mt 2, 13) ou também um lugar de tentações (Lc 1, 12-13). João Batista era um autêntico pregador: havia uma coerência entre a pregação e a vivência. A sua maneira de viver já é uma pregação. Desprovido de qualquer vaidade, insistia na conversão, no arrependimento dos pecados. Para receber o Messias, João persistia que o povo deveria se arrepender, se purificar, para receber a graça de Deus que é o próprio Cristo. Ele se mostrava avesso a hipocrisia dos religiosos da época: “raça de víboras” (Mt 3, 7), não tinha medo de anunciar a verdade, pois a verdade era como fogo que queima todo e qualquer tipo de imundície (Jo 1, 29). A sua autenticidade profética lhe custou a prisão, e por conseguinte, o martírio (Mc 6, 17-29).

Contudo, a vida de João Batista sempre permaneceu vivo no Coração da Igreja. Ele é um dos personagens fortes para esse tempo do Advento, juntamente com a suavidade de Isaias.

Pe. Luiz Alípio, scj

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