Pe. Luiz Alípio
Natal é a
festa da luz, do brilho da nossa vida; da alegria, da família, da troca de
presentes; é a festa do Amor-Humilde, da Eucaristia, da salvação. Natal é a
visita de Deus a humanidade.
É a festa
da luz porque “o povo que andava na escuridão, viu uma grande luz” (Is 9, 1).
Já não caminhamos à deriva, sem rumo. Caminhamos banhados pela luz que é Jesus.
Ele nos ensinou a sermos luzes: “brilhe a vossa luz” (Mt 5, 16).
É a festa
da alegria: “eis que eu vos anuncio uma grande alegria... nasceu para vós o
Salvador” (Lc 2, 10). É a explosão de alegria na terra e o no céu, pois Deus
veio habitar no meio de nós.
É a festa
da família: Deus quis nascer dentro de uma família. Deus é Trindade, ou seja,
ele é família: Pai, Filho e Espírito. Comunidade de amor!
É a festa
dos presentes: Deus presenteia a humanidade com a vinda do seu único Filho (Cf.
Jo 3, 17). Jesus é o Filho do coração do Pai. Foi um presente dado de coração.
O fato de dar com o coração significa que damos o melhor de nós. Como Deus fez
com a humanidade, assim também devemos fazer uns com os outros. O presente de
Deus está carregado de uma presença eterna: “Eis que eu estou convosco todos os
dias” (Mt 28, 20). Para além da troca de presentes, deve sobressair a presença
na vida do outro.
É a festa
do Amor-Humilde. O amor nasceu no silêncio, sem alarde, sem berço de ouro... um
amor que atrai muitos corações: “eis que atraio todos a mim” (Jo 12, 32);
É a festa
da Eucaristia. Encontraram o menino reclinado na manjedoura (lugar de colocar a
comida). Logo Jesus é a nossa comida. E ademais: Belém significa a Casa do Pão.
Jesus é o Pão vivo descido do céu (Cf. Jo 6, 51);
É a Festa
da Salvação. Não comemoramos o aniversário de Jesus, até porque seria sem
significado, mas, sim, celebramos o dia em que Deus resolveu ter coração,
deu-nos a redenção. O dia em que nascemos para amar e sermos salvos.
E por fim,
é a Festa da Visitação de Deus. O Deus que bate na porta da minha casa e senta
comigo para tomar a ceia (Cf. Ap 3, 20). O Deus que nos visita nos pobres e
desvalidos. O Deus que nos visita com o enriquecimento da fé. O Deus que nos
cumula de toda alegria, paz e esperança.
“Crer que
Deus se fez homem é o maior sonho que pode haver para o homem. Dir-se-ia que
foi tão grande o desejo de unir o céu e a terra, que o natal se transformou na
realização do desejo”, Ir. Carlos Carretto.
Tudo isso
se deu numa noite, naquela noite em que as estrelas vi nascer!
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